A Providência de Deus em tempos
de Difíceis
Com fortes palavras o comentarista inicia a
lição de número dois: estamos
vivendo em um mundo em crise. Mas o Reino de Deus não está em crise.
Percebe que as crises tornaram-se comuns em
todos os recintos, e assim, alcança todos os níveis até os ministeriais, pois a
crise hoje em dia se manifesta no âmbito social, econômico, político,
espiritual e ministerial. Porém, mesmo em meio às crises a Igreja de Cristo
desfruta do imenso amor de Deus.
I – PROVISÃO DIVINA EM UM
MUNDO CAÓTICO
No primeiro tópico fica claro que a provisão
de Deus é diária, a obediência faz com que o cristão experimente a provisão de
Deus, e para receber a provisão divina é necessário que o crente creia.
A provisão de Deus é diária. O deserto é lugar de
manifestação e de revelação. No deserto as pessoas serão manifestadas, não a
quem elas aparentam ser, mas quem de fato elas são. Logo, isto é uma revelação
direta. Nos dias atuais com o avanço tecnológico e com os efeitos da globalização
a sociedade não busca entender e aceitar o ser humano, mas querem conhecer o
que as pessoas possuem. Não o que tem, mas quem são as pessoas. No deserto por
quarenta anos Deus supriu a necessidade de Israel enviando maná e cordonizes. Nos
dias atuais não é diferente, Deus continua a prover na vida de cada crente
diariamente.
A obediência faz com que o cristão experimente a provisão de Deus. Elias
foi obediente à voz de Deus indo ao ribeiro de Querite. Por ter sido obediente,
o profeta Elias recebeu de Deus o suprimento diário de suas necessidades.
O caminho da desobediência
é descendente. Um abismo chama outro abismo. De queda em queda, de deslize em
deslize, esse profeta fujão vai parar no fundo do poço, ou seja, na barriga de
um grande peixe (LOPES, p.47).
Para receber a provisão divina é necessário que o crente creia. Crede no Senhor, vosso Deus, e estareis seguros; crede
nos seus profetas e prosperarei (2
Cr 20.20b). A viúva em Sarepta creu na palavra do profeta Elias e com os seus
olhos contemplou a provisão divina até que as chuvas voltaram a cair.
Não importa como o mundo se encontra, Deus
proverá o melhor para os que permanecerem fiéis a Ele.
II – UM MUNDO CAÓTICO
Primeira João 5.19, é o versículo base para a
compreensão do presente tópico, pois assim está escrito: sabemos que somos de
Deus e que todo o mundo está no maligno. O versículo divide em duas partes:
somos de Deus e o mundo está no maligno.
Os apóstolos são de Deus,
ou seja, Ele é a fonte de suas atitudes e posturas (1Jo 2.19). Satanás não toca
naquele que nasceu de Deus (1 Jo 5.18), mas tem todo o mundo em suas garras e
sob seu domínio (RADMACHER; ALLEN;
HOUSE, p. 738).
Somos de Deus. Frase que tem como significado, somos
salvos em Deus. A salvação é estuda em três tempos: passado (a entrega do
indivíduo à Cristo), presente (uma vida de santificação), e futura (quando o
cristão encontrar com o Senhor Jesus Cristo).
O mundo está no maligno. Frase que explica muitas das
ocorrências de ordem espiritual na sociedade como, por exemplo: roubo,
assassinatos e dentre outros a violência.
A globalização, uma ideia
inteligente desses tempos, é um modo de preparar o mundo para o advento do
Anticristo. Não é um termo isolado e técnico dos cientistas políticos. Tem na
sua estrutura um plano diabólico que esconde as verdadeiras razões satânicas
sob o manto colorido da união das nações, do ecumenismo religioso, da liberdade
individual das pessoas (CABRAL,
p.24).
Mudanças no contexto político e econômico muitas
das vezes terão o domínio da ordem espiritual, isto é, o controle de Satanás. Crises
são resultados das escolhas humanas, porém, não se pode tirar a ordem
espiritual como explicação de inúmeras crises.
III – CARACTERÍSTICAS DO
MUNDO ATUAL
Os fatores culturais que caracterizam a
sociedade atual estão resumidos nas seguintes palavras: humanismo, relativismo
e secularização.
Percebe-se que as características do mundo
atual têm produzido danos para com os princípios éticos dos cristãos. Pois, os humanistas
tornam se amantes de si mesmos; os relativistas negam toda lei que tem como
objetivo orientar a vida das pessoas, principalmente se estes estiverem base no
legado cristão; e, a secularização, que se caracteriza por ser uma força
intelectual e espiritual que objetiva contradizer as verdades bíblicas.
Tais fatores culturais instigam o orgulho, a
avareza, a fornicação, a desestruturação familiar, e por fim, a separação dos
crentes para com o criador.
Assim conclui Cabral:
Para um mundo em crise,
nenhuma outra instituição será capaz de responder aos anseios da humanidade
senão a Igreja de Cristo (p.31).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl
D. HOUSE, H. Wayne. O
Novo comentário Bíblico Antigo Testamento. Rio de Janeiro:
Editora Central Gospel, 2013.
CABRAL,
Elienai. O Deus de toda provisão,
esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises. Rio de
Janeiro: CPAD, 2016.
LOPES,
Hernandes Dias. Jonas, um homem que
preferiu morrer a obedecer a Deus. São Paulo: HAGNOS, 2008.
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