Subsídio
para aula da E.B.D: A Provisão de Deus no Monte do
Sacrifício
O texto áureo confirma a fé de Abraão em
Deus. Conhecendo a pessoa de Deus o patriarca sabia que não era agradável ao Senhor
o sacrifício de pessoas. Porém, Abraão não questionou e foi obediente até o
fim.
O nome de Deus presente no capítulo em estudo
é Jeová-Jireh, o Senhor Proverá.
Nesse nome, Jeová se
manifestou a Abraão como aquele que provê todas as necessidades dos seus
servos. Isso aconteceu quando Abraão estava preparando-se para oferecer seu
filho Isaque em sacrifício sobre um altar de pedras, conforme o pedido de Deus (CABRAL, p.14).
I – FÉ PARA SUBIR O MONTE DO
SACRIFÍCIO
Abraão foi provado no limite da capacidade
humana: oferecer em sacrifício o seu único filho. Percebe-se que anteriormente
ao nascimento de Isaque o patriarca já tinha um filho com Agar (Gn 16). Porém,
a descrição a respeito de Isaque ser o único filho, corresponde em ser Isaque o
filho da promessa, o filho que outorgou o riso de Deus a Abraão e a Sara.
O sacrifício deveria ser no Monte Moriá, do
hebraico Moriyah, significa escolhido por Deus. No monte escolhido por Deus, o
patriarca Abraão, homem escolhido por Deus deveria oferecer o seu filho, Isaque
em sacrifício, sendo também Isaque escolhido por Deus, o cumprimento profético
ao patriarca.
Possivelmente Abraão, Isaque e os servos do
patriarca caminharam por uma distância de 80 km, percurso desenvolvido em três dias
(Gn 22.4). Sendo que o início da caminhada tinha ocorrido pela madrugada, pois as tarefas difíceis e penosas geralmente eram executadas de
manhã por causa do intenso calor do meio-dia nessa região (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 62).
II – PROVAÇÃO NO MONTE DO
SACRIFÍCIO
Do início da caminhada até o local do
sacrifício percebem-se três palavras que sintetiza a história Bíblica: amor,
obediência e fé.
Deus queria provar se havia
ainda alguma coisa mais forte no coração de Abraão, algum sentimento que fosse
capaz de superar o amor a Deus (CABRAL,
p.47).
Não há erro algum no ato de um pai amar os
seus filhos, porém amar a Deus deverá está acima de todas as coisas. Quando Deus
pediu ao patriarca o seu filho, estava naquele momento provando no máximo os
sentimentos de Abraão, assim também nos dias atuais, Deus prova os sentimentos
de seus filhos para confirmar o amor destes para com Ele.
Abraão passou nessa prova,
porque não discutiu com Deus seu pedido, mas dispôs-se a obedecer-lhe sem
reservas (CABRAL, p. 47).
Abraão não questiona o pedido de Deus. O patriarca
obedece a Deus. O segredo para viver o melhor de Deus está presente na ação do
patriarca Abraão. Não é cabível ao cristão questionar o agir de Deus, mas obedecer
aos decretos divinos.
Em Gênesis 22.5, nota-se a fé de Abraão:
E disse Abraão a seus
moços: ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e, havendo
adorado, tornaremos a vós.
Tornaremos a vós é descrição verbal do
patriarca que confirma a sua fé em Deus.
Há três possibilidades para
explicar essas palavras de Abraão: (1) ele estava mentido para os servos, a fim
de ganhar tempo; (2) ele estava tão desiludido que não raciocinava mais quando
falava; (3) ele realmente acreditava que voltaria com o seu filho. (de acordo
com Hebreus 11.17,19, essa é a teoria mais correta.) Abraão ouvira, muitas
vezes, a promessa de Deus de formar uma nação a partir de Isaque..., e ele
ainda acreditava nesta promessa (RADMACHER; ALLEN; HOUSE,
p. 62).
Nos momentos finais Deus prover, assim foi com
o patriarca Abraão, logo de uma maneira sobrenatural,
suas palavras (Abraão)
sobre a provisão divina para o holocausto se
tornaram realidade (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 63).
III – JESUS, O CORDEIRO DE
DEUS NO MONTE DO SACRIFÍCIO
Segundo a tradição cristã os malfeitores que
foram crucificados com Jesus eram chamados de Dimas e Gestas. E a cruz de Jesus
pesava aproximadamente 130 quilos. Foi Ele crucificado na hora terceira (Mc
15.25) e morto um pouco mais da hora nona (Mc 15.34-37).
Três atitudes são ilustradas pelas pessoas que
se aproximaram da cruz de Cristo. A primeira atitude corresponde com os
soldados que se posicionaram com indiferença.
A segunda atitude refere aos religiosos que posicionaram em oposição. Já
a terceira atitude corresponde com os próximos de Jesus que esteve ao lado dEle
no pé da cruz, isto se refere a simpatia.
A morte de Jesus foi uma expiação pelos
pecados da humanidade. Expiar o pecado é cobri-lo, apaga-lo e perdoar o
transgressor.
A morte de Jesus também foi uma propiciação,
isto é, foi o aplacar da ira de Deus, pois o sacrifício de Jesus proporciona
reconciliação com Deus e justificação mediante o sangue derramado pelo Cordeiro
de Deus que tira o pedado da humanidade. Logo, a morte de Jesus foi uma
substituição (Rm 5.6). Por fim, a morte de Jesus na cruz foi redenção e
reconciliação para todos aqueles que se aproximarem da mensagem do evangelho.
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl
D. HOUSE, H. Wayne. O
Novo comentário Bíblico Antigo Testamento. Rio de Janeiro:
Editora Central Gospel, 2013.
CABRAL,
Elienai. O Deus de toda provisão,
esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises. Rio de
Janeiro: CPAD, 2016.
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