Jesus,
o Caminho, a Verdade e a Vida
Texto: 6- Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e
a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim (Jo
14.6).
O
presente versículo é um dos textos mais lindo no que corresponde trabalhos
evangelísticos. Tomé demonstra desconhecer o caminho, Felipe demonstra
desconhecer o Pai. Tomé apresenta o desconhecimento antes de Cristo citar João
14.6, enquanto Felipe após a citação do referente versículo.
Conforme
Jesus o conhecimento liberta, logo o desconhecimento aprisiona as pessoas aos
costumes pecaminosos. O conhecimento do Caminho, da Verdade e da Vida conduzirá
o homem a ter um encontro real com Deus.
Tomé e Felipe em meio às dúvidas
1- Tomé de interrogador a
declarador. O apóstolo Tomé era ansioso e céptico. No momento
em que Jesus transmitia aos discípulos a respeito de sua partida o aluno Tomé
apresenta a seguinte dúvida: Senhor, nós
não sabemos para onde vais e como podemos saber o caminho? (v.5). Em resposta a dúvida de Tomé o Senhor
Jesus outorga uma declaração que tem como objetivo identificar a riqueza do
plano divino para a humanidade.
Porém,
Tomé em outro momento marcante da vida de Jesus faz uma declaração que desmonta
qualquer ensinamento contrário à divindade de Cristo: Senhor meu, e Deus meu! (Jo 20.28).
Portanto,
com o apóstolo das dúvidas se aprende que as declarações são desenvolvidas por
parte daqueles que conhecem o agir de Deus. Ao conhecer o plano divino e ter
certeza da ressurreição de Jesus o apóstolo Tomé reconhece então a aceitação do
Pai para com a vida, obra e palavras de Jesus.
2- Filipe e o
desconhecimento do Pai. O desconhecimento de Filipe para com a
pessoa do Pai demonstra que o apóstolo desconhecia as verdades a respeito da
trindade e da encarnação do verbo.
Para
com a dúvida de Filipe assim respondeu Jesus:
Estou há tanto tempo
convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como
dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está
em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que
está em mim, é quem faz as obras. Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim;
crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras (Jo
14:9-11).
Com
as palavras de Jesus aprende-se que Ele é o próprio Deus.
O
senhor chamou a atenção de Filipe porque ele mesmo deveria saber a resposta
para sua pergunta.
Quem me vê a mim vê o Pai. O
Senhor explicou novamente, e com toda a paciência, que Ele estava revelando-lhe
Deus (v.7). Era impossível não entender o que Jesus estava dizendo. Ele estava
afirmando claramente ser Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE,
p. 266).
Jesus o Caminho, a Verdade e a Vida
As
três entradas de acesso ao Tabernáculo tinha em sequência os seguintes nomes:
caminho, verdade e vida. Logo, quando Jesus afirmou ser o Caminho, a Verdade e
a Vida, estava afirmando ser Ele o sacrifício que conduziria a humanidade ao
Pai, a direção perfeita que santificaria os crentes e sendo Ele o próprio Deus.
Jesus se tornou o caminho
para o Pai por meio da Sua morte e ressurreição. Cristo também é a verdade e a
vida. Por ser a verdade, Ele é a revelação de Deus. Por ser a vida, Ele é a
ligação entre Deus e nós (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 266).
1- Eu sou o Caminho. Por
ser o Caminho Jesus torna-se a direção ao Pai e isto por meio da morte e
ressurreição. Para as ciências humanas todos os caminhos levam o homem a Deus,
porém conforme a Bíblia Sagrada apenas Jesus o Caminho que leva o indivíduo à
presença de Deus.
Em comparação
ao período veterotestamentário percebe-se que o pátio do Tabernáculo media 22
metros de largura por 45 metros de comprimento e tinha uma única entrada. A
única entrada ao pátio passou a ser chamada de caminho. E no pátio havia o
altar dos holocaustos e a pia para purificação.
O
altar possuía quatro pontas projetadas como de chifre de animal que significava
poder e proteção através do sacrifício. Já a pia era utilizada para purificação
onde ocorria a lavagem cerimonial. Para adentarem ao lugar da habitação de Deus
os sacerdotes deveriam se lavar na pia.
Sendo
Jesus o Caminho, logo Ele próprio é o sacrifício que exerce poder e proteção
para todos aqueles que chegaram e chegarão à sua presença (Jo 1.12). Quando a
lança perfurou o Senhor Jesus saiu água, isto indica que Ele é a Água da Vida.
2- Eu sou a Verdade. A
segunda entrada do Tabernáculo se chamava verdade, isto é, revelação, portanto
sendo Jesus a revelação do Pai percebe-se que Ele próprio é o verbo encarnado
que revela o Pai. No lugar santo do Tabernáculo havia três utensílios: mesa dos
pães (representava Jesus como o Pão da vida), o castiçal (representava Jesus
como a luz do mundo. No evangelho de João (1.1-18) encontra-se a introdução do
livro. E na introdução duas coisas são marcantes: a identidade do Verbo e as
obras do Verbo. Conforme os versículos 3, 9, 13, e 18 as obras do verbo são
criar, iluminar, regenerar e revelar. Portanto, Jesus é a luz que ilumina o
mundo), e o Altar do Incenso (representava Jesus como o mediador da Nova
Aliança).
3- Eu sou a Vida.
Verdade que indica ser Jesus o próprio Deus. No lugar Santo do Santo havia a
Arca da Aliança, que representava Jesus, sendo Ele o próprio Deus. Na arca
estavam as pedras da lei, o maná (a presença do maná indicava a providência de
Deus para com os israelitas) e também a vara de Arão.
Por
fim, se a porta de acesso ao pátio era chamada de Caminho, a porta de acesso ao
Lugar Santo era chamada de Verdade e a porta de acesso ao Santo dos Santos era
chamada de Vida. Por isso, Jesus disse: Sou o Caminho, a Verdade e a Vida.
Ninguém vem ao Pai senão por mim (Jo14.6).
Referência:
ALLEN,
Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Antigo Testamento. Rio de Janeiro:
Editora Central Gospel, 2013.
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