Abraão, a Esperança do Pai da
Fé
Abraão é um dos maiores vultos da história da
humanidade. Dele descendem os judeus e os árabes. Estes últimos por parte de
Ismael. De Abrão, pai da altura passou a ser chamado Abraão, que tem por
significado pai de uma multidão de nações (Gn 17.5). Foi chamado aos 75 anos de
idade (Gn 12.4), teve o nome mudado aos 99 anos de idade (Gn 17.1) e teve o seu
filho aos 100 anos de idade (Gn 21.5).
Dentre as características de Abraão três em
especial chamam atenção: primeira, foi chamado de amigo de Deus (Is 41.8);
segunda característica, é chamado de o fiel Abraão (Gl 3.9) e por fim, como
terceira característica, é considerado como o pai de todos nós (Rm 4.16).
I – A CHAMADA DE DEUS
Conforme a narrativa Bíblica três são os
tipos de chamados de Deus na vida daqueles que se aproximam do Senhor: Deus os chama para serem salvos, Deus os chama para servir e
Deus os chama para serem glorificados.
Logo, se percebe que Abraão foi chamado por
Deus, pois Deus tinha como projeto resgatar o homem do pecado. Para a
concretização deste projeto Deus chamou Abraão, e desde surgiria a Israel, e de
Israel nasceria o Salvador da humanidade.
Quando Deus chama alguém, este alguém está
sendo vocacionado para fazer parte do projeto divino.
Abraão ao obedecer o chamado estaria sendo
porta-voz da bênção do Senhor para muitas vidas. Mas, para que as bênçãos se
tronassem reais na vida dos membros das nações era necessário que o patriarca
acreditasse no projeto divino. Pois, o chamado de Abraão foi pela
fé (Hb 11.8). Isto indica que o patriarca não poderia palmilhar por vista (2 Co
5.7), mas por ser justo viveu pela fé (Rm 1.17) e o mesmo sabia que sem fé é
impossível agradar a Deus (Hb 11.6).
II – A PROVISÃO DE DEUS
O chamado de Deus para com Abraão exigiu do
patriarca a mudança de localidade. Mudança de Ur dos caldeus para Canaã (Gn
11.31). A primeira mudança que Deus requer do ser humano ao chamá-lo é que o mesmo
mude de atitudes. Atitude é a tendência de uma pessoa em julgar tais objetos
como bons ou ruins, desejáveis ou indesejáveis. Portanto, há atitudes que
menosprezam o próprio ser das pessoas, tais como atitudes egoístas, que não
visualizam a vontade de Deus para si.
A renúncia da terra, da parentela e da casa
são demonstrações do preço elevado pago por Abraão (Gn 12.1). Abraão renunciou
a terra natal, o conforto do lar, os amigos, o tradicional estilo de vida, o
direito de habitar entre os teus, o direito de ter uma velhice tranquila e o
direito de dirigir a sua própria vida. Renunciar é abrir mão de bens pessoais
para servir a outros conforme a vontade de Deus.
Na jornada de Abraão uma lição divina
torna-se notável: as promessas de Deus não são garantia de que
não enfrentaremos crises, dificuldades e oposições (Revista, p.24).
Abraão foi provado: primeiro em deixar sua
terra; segundo, em conviver com a realidade da escassez da terra e a
esterilidade de sua esposa por 25 anos após receber a promessa divina. E havia fome naquela terra; e desceu Abrão ao Egito, para
peregrinar ali, porquanto a fome era grande na terra (Gn 12.10).
O cristão deverá ter atitude, porém esta
atitude não poderá invalidar a Palavra de Deus. Abraão desce ao Egito e por
esta atitude quase perdeu a esposa e assim perderia a promessa divina. Tal fato
não ocorreu por causa da ação do Senhor, pois Deus não desistiu de seu plano
para com o Abraão. Logo, assim também Deus não desistiu dos alunos da EBD,
mesmos que estes tenham cometido alguns erros.
III – AS PROMESSAS DE DEUS
NA VIDA DE ABRAÃO
E far-te-ei uma grande nação,
e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E
abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti
serão benditas todas as famílias da terra (Gn
12.2,3).
No presente texto há três descrições claras
da benção de Deus na vida de Abraão:
A benção de Deus em Abraão
seria multiplicativa, progressiva e abrangente.
Multiplicativa em se tratar que de Abraão
surgiria uma grande nação, isto é, de um indivíduo um povo. Também, por
multiplicar inúmeras bênçãos na vida do patriarca.
Progressiva por se tratar do reconhecimento
da pessoa de Abraão no decorrer da história.
E por fim, abrangente, pois não só à nação
que surgiria do patriarca que seria abençoada, mas também todas as famílias da
terra se tornariam abençoadas no patriarca Abraão.
Deus supre a caminhada. Tal afirmativa é
notória na vida de Abraão, pois o mesmo aos setenta e cinco anos era
incompleto, em se tratando, da ausência de um filho. Deus chama o patriarca. O
patriarca obedece, logo vem o primeiro resultado, o nascimento do filho da
promessa.
Porém, antes que a promessa do filho se
concretizasse Deus mudou o nome de Abrão para Abraão. Quando o ser humano
obedece ao chamado, primeiramente Deus muda o nome do mesmo, retirando todo o
significado de dor, sofrimento, angústia e de exaltação, para um nome que
indique bênção.
Abraão não ficou preso em um passado
esquecido por seus sucessores. Todavia, a experiência de vida de Abraão em
conhecer e obedecer ao chamado de Deus para a sua vida fez do mesmo um dos
personagens mais ilustre da história da humanidade. A importância do patriarca
não estar limitada na escrita bíblica, ganhou campo e dimensão gigantesca. Tal
dimensão foi conquistada pela obediência ao chamado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário