Deus é Fiel

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terça-feira, 4 de outubro de 2016

Não se turbe o vosso coração, palavra de conforto de Jesus aos seus discípulos

Não se turbe o vosso coração, palavra de conforto de Jesus aos seus discípulos
Texto: 1- Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim (Jo 14.1).
As palavras de despedida de Cristo causou em seus discípulos o sentimento de tristeza e de perca. Conforme a escrita no original, me tarassestho (gr. Μη ταρασσεσθω), Jesus fala abertamente aos apóstolos, deixem de se perturbar. O motivo para tamanha perturbação era as seguintes palavras: filhinhos, ainda por um pouco estou convosco. Vós me buscareis, e, como tinha dito aos judeus: para onde eu vou não podeis vós ir, eu vo-lo digo também agora (Jo 13.33). Ao perceber a perturbação dos apóstolos o Senhor Jesus outorga palavras de conforto distribuídas em três conselhos:
Primeiro conselho, a ausência do Mestre seria confortada com o amor entre os apóstolos (Jo 13.34,35). Segundo conselho, Jesus voltará (Jo 14.1-3,18). E por último, o terceiro conselho, Jesus enviaria o Consolador (Jo 14.16,17,26).
A igreja nos dias atuais também passa por momentos de perturbação, logo é necessário que os cristãos vivenciem as promessas proferidas pelo Senhor Jesus e com estas promessas os crentes sejam renovados em força para vencer os principados e potestades nos lugares celestinas, e como resultado deverão permanecer firmes até o fim.
Conselhos que antecede e sucede ao de não turbar o coração
Três são os conselhos que objetiva confortar os discípulos, porém o foco deste estudo está no segundo conselho, não retirando a importância dos demais para a compreensão do ministério particular de Cristo. O conselho que antecede fala de amor mútuo entres os apóstolos e o que sucede descreve a respeito do envio do Espírito Santo.
1- Conselho antecedente, a ausência de Cristo confortada com o amor entre os apóstolos. A Igreja em Coríntios aprendeu com o apóstolo Paulo que o amor não busca os seus interesses, não se irrita, nunca falha, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (1 Co 13.4-8). Os apóstolos deveriam suportar a ausência de Jesus Cristo então este conselho foi digno de vir em primeiro lugar! Pois, qual consolo pode ser maior para os órfãos do que o amor mútuo? Mesmo em um mundo tão desanimador e triste, enquanto os irmãos em aflição forem verdadeiros uns para com os outros em solidariedade e ajuda recíproca, terão uma infalível fonte de alegria no deserto da tristeza (BRUCE, p.413).
2- Conselho que sucede, o Consolador será enviado para conduzir os crentes em toda verdade. Em continuidade a esta série de estudos a temática a respeito do Consolador terá um bloco exclusivo. Portanto, conforme as palavras de Cristo o Consolador ficará para sempre com os cristãos, pois é conhecido e habita nos crentes, e terá como missão ensinar e lembrar os crentes de tudo que foi ensinado (Jo 14.16,17, 26).
Não se turbe o vosso coração (Jo 14.1-3)
O segundo conselho pode ser resumido nas seguintes palavras: não vos deixareis órfãos; voltarei para vós (Jo 14.18).
Além de escutarem a respeito da partida de seu Mestre os discípulos foram informados a respeito da traição que sucederia de um deles e também da negação que seria proferida pelo apóstolo Pedro a Cristo. Portanto, era uma noite incomum no colegiado apostólico. Para consola-los em meio à turbação, Jesus assim ensina: credes em Deus, credes também em mim; na casa de meu Pai a muitas moradas; e, vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também.
1- Crede em Deus, credes também em mim (v.1). Coração turbado, vida desolada e o fracasso em todas as áreas tem uma solução simples, porém profunda, o crer em Deus. A travessia do mar Vermelho teve como solução simples, porém profunda, o crer em Deus. Assim são caracterizadas as ações dos crentes do passado e do presente nas convicções mais fortes em Deus, pois a questão deferida está na pessoa em que os cristãos deveriam e devem crer.
Crer em Deus faz com que os cristãos pensem de forma correta. Pensar da forma correta é a base de uma atitude correta, e nós começamos a pensar da forma correta quando pensamos em Deus. Assim, em todo o capítulo 14 do Evangelho de João vemos Jesus, o Mestre eterno, falando a nós acerca de Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 265).
 2- Na casa de meu Pai a muitas moradas (v.2). Estas palavras foram tão importantes para o apóstolo Pedro que posteriormente assim escreve: bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável e que se não pode murchar, guardada nos céus para vós (1 Pe 1.3,4). No presente o cristão enfrentará tribulações, já no futuro o cristão terá um lugar de descanso, consolo e paz.
3- Jesus retornará (v.3). A segunda vinda de Cristo será dividida em duas fases: na primeira, Ele virá para arrebatar a Igreja, e na segunda, Ele virá com a Igreja para governar sobre a terra por mil anos. Portanto, o arrebatamento será no abrir e fechar de olhos e tem como propósitos: a ressurreição dentre os mortos (1 Co 15.22,23), a transformação dos vivos (1 Co 15.51,52), o arrebatamento dos fiéis e a apresentação da Igreja a Cristo na qualidade de esposa (Ap 19.7-9).
Com palavras motivacionais conclui-se esta análise Bíblica: não se preocupe, existe um lugar maravilhoso esperando por nós. Lá não haverá doença, nem morte, nem traumas ou sofrimento algum. Haverá então uma alegria maravilhosa e sensacional, com as maiores surpresas a cada dia da eternidade. Não se preocupe porque Jesus voltará com poder, glória e majestade, acompanhado de milhões de anjos, justamente nesta época de medo, insegurança e angústia. Está chegando o grande dia em que o Senhor virá nos buscar (HAYNES, p.553).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Antigo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
BRUCE. A.B. O Treinamento dos Doze. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
HAYNES, Gary. Manual bíblico de promessas. Belo Horizonte: Atos, 2010.

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