Instrução aos discípulos a uma vida de
oração
Texto: 13- E
tudo quanto pedires em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no
Filho. 14- Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei (Jo
14.13,14).
Ao
escrever ao jovem Timóteo o apóstolo Paulo o instrui a respeito da oração (1 Tm
2.1-8), utilizando quatro termos para definir e explicar a maneira em que se procedem
as orações desenvolvidas pelos cristãos. Admoesto-te,
pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de
graças por todos os homens (v.1). Como o apóstolo Paulo instruiu o jovem
Timóteo, assim também Cristo instruiu os discípulos a respeito da importância
da oração.
Conceito de oração
Oração
é definida pela palavra diálogo, isto é, conversa que se dá entre o cristão e a
pessoa de Deus. A oração não é sacrifício, mas ao contrário é um privilégio
outorgado aos que descobriram o seu valor. A oração não pode ser desenvolvida
por palavras soltas, isto é, ditas ao vento, mas a oração deve ser o momento em
que o cristão fala com Deus e escuta a voz de Deus. Pois, oração não é um
monólogo em que apenas uma pessoa fala, se o crente tem algo a falar, tem muito
que ouvir da parte de Deus. Portanto, na oração Deus também fala aos teus.
A oração proporciona
1- Encorajamento. Há
pessoas limitadas em ações por não terem uma vida de plena consagração a Deus
em oração. A oração em si proporciona encorajamento, pois o ser humano percebe
que há hostes espirituais nos lugares celestiais que fazem de tudo o que é
possível para desencorajar os servos do Senhor (Dn 10.12-14).
O
cristão é encorajado a tomar decisões após a oração (At 10.23). É notório que
os resultados são provenientes de escolhas e não há melhor maneira para tomar
decisões do que após consultar a vontade do Senhor. Pois, as decisões tornarão em
bênçãos ou em maldições para as futuras gerações.
2- Confiança. Ao
ter uma vida de constante oração o cristão revela que possui intimidade com
Deus e também confia na ação miraculosa do Senhor. Nota-se a confiança no
Senhor presente nas palavras de Davi: pai
de órfãos e juiz de viúvas é Deus no seu lugar santo. Deus faz que o solitário
viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões; mas os rebeldes
habitam em terra seca (Sl 68.5,6), Ainda
que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu
estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam (Sl 23.4). Portanto,
quem ora confia em Deus.
3- Renovo. A
oração proporciona renovo físico e espiritual. O rei Ezequias estava enfermo
com uma doença mortal e a palavra do Senhor através do profeta Isaías para o
monarca era: põe a tua casa em ordem,
porque morrerás e não viverás (Is 38.1). Porém, após a oração feita por
Ezequias, a palavra do Senhor veio como renovo físico: ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; eis que acrescentarei aos teus
dias quinze anos (Is 38.5).
São
inúmeras pessoas que ao curvarem os joelhos se encontram, desanimadas e
desacreditadas. Pois, não possuem forças para orar, entretanto é nesta hora que
ocorre um dos fatos marcantes do ministério do Espírito Santo que é a intercessão
pelo cristão (Rm 8.26).
Termos utilizados por Paulo
Admoesto-te, pois, antes de
tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por
todos os homens (1 Tm 2.1).
Deprecações,
isto é, súplicas em favor da necessidade pessoal ou de outra pessoa. Orações,
ou seja, diálogo ou preces. Intercessões sugere aproximar-se com confiança
colocando-se no lugar de outro, isto é, interceder é pedir em favor de alguém. E
por último, ações de graças, isto é, uma atitude de louvor a Deus por todos os
feitos e benefícios desenvolvidos para com os teus.
Jesus e os discípulos
No
ministério particular de Jesus com os discípulos percebe-se a presença do verbo
pedir.
1- Pedirdes em meu nome (Jo
14.14). Há explicações coerentes no que corresponde ao ato de
pedir no nome do Senhor Jesus.
A
primeira explicação é visível literalmente na história da Igreja onde os
crentes têm concluído as orações no nome de Jesus, o nome que está acima de
todos os nomes ( ).
Já
a segunda indica intimidade entre os cristãos e o Senhor Jesus, reconhecimento
da autoridade do nome de Jesus pelos cristãos e harmonia entre a ação da oração
com o caráter de Cristo.
2- Pedireis tudo o que
quiserdes (Jo 15.7). O segredo para ter a oração respondida pelo
Senhor Jesus é o permanecer diante dEle e o obedecer a Palavra dEle.
3- Pedi e receberei para que
a vossa alegria se cumpra (Jo 16.24). A palavra de Jesus outorga
segurança aos que oram, pois quem pede recebe, e quem recebe, recebe para que haja
o cumprimento da alegria.
Os
discípulos não teriam mais a presença física de seu Mestre, mas, não estariam
impossibilitados de conversarem com Ele, isto porque por meio da oração
continuaria a relação harmônica do Mestre para com os discípulos, pois a oração
proporciona intimidade e conhecimento da e para com a pessoa na qual se ora.
Sendo, que o cristão ora, pede, intercede no nome de Jesus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário