Adorando a Deus em Meio a
Calamidade
Conforme a verdade prática, a nossa fé em Deus leva-nos a adorá-lo em meio às crises e
dificuldades. Fé é o firme fundamento das coisas que se esperam
e a prova das coisas que se não veem (Hb 11.1). Crises e dificuldades são
obstáculos que limitam ações, mas que não descrevem o fim para aqueles que
esperam em Deus, sendo assim o cristão deverá em toda circunstância adorar ao
Senhor.
I – REINO DO NORTE E DO SUL
A palavra de Deus não volta vazia (Is 55.11)
para cumprimento profético o reino de Israel se dividiu, pois assim Deus usou o
profeta Aías (1 Re 12.15). Todavia, há atitudes vivenciadas no contexto
histórico que ocasionou tal discrepância nacional.
1-
Roboão, o rei da divisão do reino. O nome Roboão significa ele
faz o povo aumentar, porém com atitude egoísta ocorreu o contrário no longo da
sua administração, Israel se dividiu. Roboão é descendente direto de Davi com
isto o mesmo faz parte do cumprimento da promessa de Deus a Davi. A aliança de
Deus com Davi é incondicional e assegura três coisas a nação israelita: um
trono, um reino e um rei (2 Sm 7. 8-17).
2-
As causas da divisão do reino. Salomão em meio a sua
sabedoria foi conduzido por desejos carnais. Nos livros de Provérbios e de
Eclesiastes o rei Salomão expõe regras básicas para uma vida bem sucedida,
portanto na prática o próprio Salomão buscou ser bem sucedido nos prazeres da
carne e também na busca do poder. Tais atitudes proporcionou ao rei Salomão
alianças iníquas com nações pagãs (1 Re 11.1,2). No decorrer das alianças realizadas por
Salomão o seu coração foi pervertido e conduzido ao pecado da idolatria (1 Re
11.8). O que ocasionou a indignação do Senhor para com Salomão, e por isso o
reino seria rasgado da mão do filho de Salomão (1 Re 11.9-13). Se a primeira
causa da divisão do reino de Israel foi o pecado de Salomão a segunda causa era
propósito de Deus para manter um remanescente fiel através de Judá (1 Re
11.13).
3-
Cumprimento profético nos dias de Roboão. O erro de Roboão foi
o de não saber escolher o conselho ideal para a solução do problema vigente.
Dois são os tipos de conselhos proferidos: o conselho que outorga êxito (1 Re
12.7) e o conselho que outorga o insucesso. O primeiro não se caracteriza com o
que o indivíduo quer ouvir, porém é o conselho que o indivíduo necessita. Já o
segundo é o tipo de conselho que todos desejam ouvir, todavia não é o tipo de
conselho que dará fruto. Que tipo de conselho define as suas escolhas?
4-
Situação pós-divisão do reino de Israel.
A-
Reino do sul. Também conhecido como o reino de Judá,
formado pelas tribos; Judá e Benjamim. No total o reino do sul teve 20 reis em
uma única dinastia. Com duração aproximada de 350 anos. E teve como capital
política e religiosa a cidade de Jerusalém. Dentre os 20 reis do reino do sul
poucos fizeram o que era reto aos olhos do Senhor, dentre eles Ezequias e
Josias (2 Re 18,3;22.2). Ao contrário
da retidão destes líderes os demais seguiram os maus caminhos do reino do norte
e em destaque o rei Manassés. Pelos pecados cometidos pelos reis e pelo povo do
sul, Deus proferiu através de Isaias o cativeiro de Judá (Is 6.11,12;39.6) e
por meio de Jeremias a duração do cativeiro (Jr 25.11,12).
B-
Reino do norte. Também conhecido como reino de Israel
formado por dez tribos e teve como primeiro rei Jeroboão. Em todo período
histórico do reino do norte 19 foram o número dos monarcas, porém não de uma
mesma dinastia, mas de 9 dinastias diferentes. Jeroboão por medo de perder a
liderança fundou um falso sistema religioso, fazendo dois bezerros de ouro e
pondo os em Betel e em Dã (1 Re 12. 26-30). Portanto, com Onri foi fundada a
cidade de Samaria que mais tarde seria a capital política do reino do norte. Portanto,
no ano de 722 a.C o reino do norte tornou-se cativo da Assíria (1 Re 17. 6,7).
II – O REI JOSAFÁ
Em 2º Crônicas 17.1-19, percebe-se atitudes inteligentes
de Josafá que se transformaram em benefícios.
Primeira atitude andou nos primeiros caminhos
de Davi (v.3).
Segunda atitude buscou a Deus e andou nos
mandamentos do Senhor (v.4). Como benefícios recebidos pelas duas atitudes
iniciais o Senhor confirmou o reino de Josafá e este teve riquezas e glória em
abundância (v.5).
Terceira atitude exaltou-se o seu coração em
seguir os caminhos do Senhor (v.6).
Quarta atitude enviou os mestres para ensinarem
a Lei do Senhor ao povo (vv.7-9). Todos os reinos das terras que estavam em
roda de Judá temeram o Senhor e outorgavam presentes ao rei Josafá.
Ele entendeu de início que o
seu reino prosperaria se voltasse a servir a Deus. Então ele enviou seus príncipes
por todas as terras do reino de Judá para ensinarem ao povo acerca do Deus de
Israel mediante a obediência e o respeito à Lei e aos mandamentos do Senhor. Para
tirar o povo da crise econômica e espiritual, Josafá cria fortemente que só
haveria uma reforma verdadeira e segura se o povo voltasse a reconhecer a
soberania de Deus. Seus príncipes, sacerdotes e levitas se dedicaram a visitar
todos os lugares do reino ensinando a Palavra de Deus (CABRAL, p.115).
III – JOSAFÁ E SEUS INIMIGOS
Em meio aos benefícios recebidos da parte de
Deus o rei Josafá passou a confiar em suas forças tomando decisões sem a
direção divina. Fato ratificado na ação de Josafá em se aparentar com Acabe. Sobre
a aliança desenvolvida com Acabe veio a Palavra do Senhor ao rei Josafá por
meio do profeta Jeú: devias tu ajudar ao
ímpio e amar aqueles que ao Senhor aborrecem?
Na crise vivenciada por Josafá verificada nas
ameaças dos inimigos percebe-se que o rei compreendeu que em todas as
circunstâncias é necessário que o homem, por maior ou menor que seja, deverá
buscar o Senhor, e Josafá apregoa um jejum em toda nação de Judá. Logo, em meio
aos inimigos os judeus não precisariam lutar, mas crer no Senhor, pois estariam
seguros (2 Cr 20.20).
Referência:
CABRAL,
Elienai. O Deus de toda provisão,
esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises. Rio de
Janeiro: CPAD, 2016.
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