Deus é Fiel

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segunda-feira, 20 de março de 2017

Culto de Doutrina: A transformação da água em vinho, primeiro milagre realizado por Jesus

A transformação da água em vinho, primeiro milagre realizado por Jesus
Texto: Disse-lhes Jesus: enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima. E disse-lhes: tirai agora e levai ao mestre-sala. E levaram... Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele (Jo 2.7,8,11).
A água e o vinho são dois elementos importantes para a compreensão de alguns significados próprios do cristianismo. Purificação e alegria da salvação são definições simbólicas destes elementos. Porém, o texto em análise relata a respeito do primeiro milagre de Jesus que permite ao leitor da Bíblia identificar: a realização de uma cerimônia com a presença do mestre-sala, a presença de convidados ilustres, a importância do diálogo entre Jesus e Maria, e por fim, o real sentido do milagre da transformação da água em vinho.
A cerimônia
A realização de um casamento nos tempos Bíblicos, período do Senhor Jesus, era desenrolado em três acontecimentos: acordo legal realizado pelos pais, procissão do noivo e convidados até a casa da noiva, e por último, o retorno à casa do noivo, local onde seria realizada a comemoração.
A comemoração do casamento durava até uma semana e os noivos se vestiam e eram tratados como realeza. Sendo que o mestre-sala era o encarregado de recepcionar bem os convidados, levando-os às mesas e cuidando no contexto geral da cerimônia.
O relato encontrado em João corresponde com o terceiro acontecimento da realização de um casamento.
Os convidados
Provavelmente Maria tinha parentesco com a família anfitriã da cerimonia. Logo, por este motivo Jesus e seus discípulos foram também convidados.
Jesus não tinha ainda se manifestado como o Messias, porém, a sua mãe tinha pleno conhecimento que a chegada deste dia não iria demorar.
Assim como Jesus foi convidado para as bodas no início de seu ministério terreno é necessário que os futuros casais convidem a Jesus para fazer parte de suas vidas conjugais. Na narrativa Bíblica é demonstrado que o vinho acabou. A ausência de vinho corresponde com a ausência de vida, de abundância, de esperança e de alegria.
A presença de Jesus outorga ao ser humano vida, abundância, esperança e alegria.
Na ausência de vinho Jesus ordenou que a água fosse colocada nas seis talhas, ou seja, se cada talha tinha duas ou três metreta, e se cada metreta possuía em média 30 a 40 litros de água, foram depositadas em média 480 a 720 litros de água.
Na ausência de vinho a água foi utilizada. Na ausência de alegria é necessário que o cristão busque a purificação no Senhor Jesus.
O diálogo entre Jesus e Maria
O presente diálogo permite compreender que há uma informação clara a respeito do reconhecimento de Maria a respeito da divindade de Jesus e do respeito de Jesus para com Maria.
Na fala de Maria “não tem vinho” indica que ela estava informando ao filho a respeito do que estava acontecendo, e assim Ele agiria conforme a sua sabedoria e vontade.
Porém, a resposta de Jesus foi: mulher o que tenho eu contigo? O termo mulher correspondia a uma forma respeitosa de se dirigir a alguém. A resposta de Jesus não foi uma negação à situação e nem uma forma de desrespeito a sua mãe. É tanto que ela responde aos empregados: fazei tudo quanto ele vos disser; frase que demonstra que a tonalidade de Jesus a Maria indicava que Ele faria alguma coisa.
O verdadeiro sentido da transformação
Há três aspectos para explicar o verdadeiro sentido da transformação: aspecto real, aspecto ministerial e aspecto aplicativo.
Aspecto real corresponde com o real sentido literal do fato Bíblico narrado, ou seja, corresponde com o acontecimento que era a cerimônia das bodas. A ausência do vinho seria humilhante para os noivos.
Já o aspecto ministerial se confirma com a seguinte frase, os seus discípulos creram nele (v.11), fato que indica que muitas vezes o seguir vem antes de crer.
Por fim, o aspecto aplicativo define que Jesus é poderoso para transformar o caráter do indivíduo e outorgar alegria da salvação, pois sem Jesus não há vida, não há prosperidade, não há esperança e não há alegria. Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galileia e manifestou a sua glória (v.11). Ao manifestar o seu poder criador, Jesus estava testemunhando a verdade de sua missão e a grandeza de sua natureza; e seus discípulos, cuja fé era muito viva, procuravam um novo motivo para crer nele e unir-se mais intimamente ao Mestre! (FILLION, 2016, p. 90).
Referência:
FILLION, Louis-Claude. Enciclopédia da vida de Jesus: a nação de Jesus, Cristo antes da encarnação e a vida oculta de Jesus – Volume 2. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2016.

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