Deus é Fiel

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segunda-feira, 13 de março de 2017

Subsídio para aula da E.B.D: Quem ama cumpre plenamente a Lei Divina

Quem ama cumpre plenamente a Lei Divina
A verdade prática afirma que amar a Deus e ao próximo é cumprimento plenamente a Lei divina.
A presente lição tem como palavra chave: amor. No grego αγάπη, que tem como significado amor, afeição, estima a mais sublime virtude cristã.  Refere-se ao amor de Deus ou de Cristo aos homens Rm 5.8. Também se define como sendo a essência de Deus 1 Jo 4.8, 16. Assim também como pode caracterizar o amor de homens, a Deus ou a Cristo, Jo 5.42; ou a outras pessoas 2 Co 8.7 (GINGRICH & DANKER, 1993, p. 10).
I – A SINGULARIDADE DO AMOR AGÁPE
No grego há ainda dois tradicionais termos para a palavra amor, são eles: philéo e eros (palavras transliteradas).
Philéo é a palavra mais nobre no grego secular para expressar o amor (BARCLAY, 2010, p.61). O termo philein se associa com beijar e acariciar, logo, o amor quando definido por philia poderá diminuir e o calor se esfriar. Porém, este tipo de amor é mais utilizado ao relacionar o sentimento entre amigos, que pode se esfriar ou aumentar. Sendo assim os cristãos deverão orar por seus amigos.
Já a palavra eros é caracteristicamente para o amor entre sexos, o amor de um rapaz para com uma jovem; sempre há um lado predominantemente físico, e sempre envolve o amor sexual (BARCLAY, 2010, p.60).
Conforme o evangelista João um dos atributos morais de Deus é o amor.
Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor (1 Jo 4.8).
O caminho mais excelente, o caminho do amor, segundo o qual somos exortados a andar, identifica as características que Deus nos revelou na sua Pessoa e na sua obra (1 Co 12.31-13.13). Se seguirmos o seu exemplo, produziremos o fruto do amor, e andaremos de tal maneira que os dons 9charismata) do Espírito Santo cumprirão em nós os seus propósitos (HORTON, 1996, p. 138).
Santidade e o Amor se definem como atributos morais de Deus, pois são atributos que expressam a majestade da natureza divina.
Deus é santo, e assim como Ele é, cabe a cada cristão o dever de se santificar (Jo 17.17; 1Pe 1.16).
Deus é amor (1 Jo 4.8). O amor como atributo expressa a natureza de Deus. Cinco são os aspectos do atributo do amor de Deus: complacência, compaixão, afeição, benevolência e misericórdia.
O aspecto do amor da complacência ensina que Deus concorda com a oração dos fiéis e usa de benevolência para com os teus (Mt 17.5).
O amor da compaixão ensina que a ação de Deus está associada com a aflição dos que por Ele são amados (Êx 3.9).
O amor da afeição ensina sobre o aspecto da relação íntima entre Deus e o seu povo (Jo 17.23).
Já o aspecto da benevolência se define na ação divina em outorgar e usar de bondade (Lc 6.35).
Por fim, o quinto aspecto do amor divino é a misericórdia. Do substantivo hesed (transliteração do hebraico), corresponde com a benignidade, o amor firme, a graça, e com a palavra misericórdia, fidelidade, bondade e devoção. Já o substantivo – eleos – presume necessidade por parte de quem a recebe, e recursos adequados para satisfazer a necessidade daquele que a mostra. Deus age com misericórdia. As misericórdias do Senhor proporcionam ao cristão a possibilidade de sonhar e de lutar para que o melhor de Deus se concretize.
II – AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO
Há três dimensões para compreender a ação do amor.
Dimensão vertical, amor a Deus. O amor a Deus por parte do homem deve ser exclusivo (Mt 6.24), alicerçado na gratidão (Lc 7.42), obediente (Jo 14.15) e comunicativo (BARCLAY, 2010, p. 74).
Dimensão horizontal, amor ao próximo. O amor ao próximo é definitivamente fruto do Espírito.
Dimensão interior, amor a si mesmo. O indivíduo só poderá amar a Deus se amar a si mesmo. Da mesma forma o indivíduo só amará o próximo se a amar a si mesmo.
III – SOB A TUTELA DO AMOR, REJEITEMOS AS OBRAS DAS TREVAS
Segundo a narrativa bíblica o homem não foi criado com e nem no pecado, mas o pecado entrou no mundo pela desobediência do homem ao quebrar a aliança que tinha feito com Deus. Nesta aliança entre Deus e Adão existia uma promessa, a vida; uma condição, a obediência; e uma pena, a morte. Com a desobediência o homem sofreu a morte. No caso de Adão sofreu a morte moral, espiritual e posteriormente com 930 anos a morte física.
As consequências do pecado não se limitaram ao primeiro casal. Pelo pecado de um só homem todos pecaram e assim as consequências passaram a todos os homens. Ao desobedecerem, tanto Adão como Eva, perceberam que estavam nus (Gn 3.7), tiveram medo de Deus e se esconderam (Gn 3.8-10), e por fim foram expulsos do jardim (Gn 3.23,24).
Porém, o amor é o antídoto contra o pecado, pois quem ama não peca contra Deus e nem peca em denegrir a imagem de Deus, isto é, o seu próximo. O amor conduz os cristãos à obediência, pois quem ama a Deus obedece a Palavra de Deus.
Em fim, para concluir utilizamos a escrita da introdução da revista: a maior marca de uma igreja não é sua teologia, seu templo, tradições, mas sim o seu amor para com o Senhor Jesus e para com o próximo.
Referência:
BARCLAY, W. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2010.
GINGRICH, F. Wilbur. DANKER, Frederick W. LÉXICO DO NOVO TESTAMENTO GREGO / PORTUGUÊS. São Paulo: Edições Vida Nova, 1993.

HORTON, S.M. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

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