Do
deixar ao desejar para alcançar o pleno crescimento
Texto: Deixando, pois, toda a malícia, e todo o
engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações, Desejai
afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não
falsificado, para que por ele vades crescendo; (1Pe
2.1,2).
O crescimento do cristão se dá por meio de
uma vida santificada, sendo que a santidade se concretiza na vida daqueles que
buscam a Deus em oração, leitura da Bíblia e permanência na assembleia dos
santos, ambiente onde a Palavra é pregada e ensinada.
Entretanto, todo cristão autenticamente
convertido deseja crescer, porém para a ratificação deste, é necessário
abandonar alguns elementos que são nítidos na vida daquele que não teme ao
Senhor.
O que se deve abandonar?
Conforme o apóstolo Pedro cinco elementos
deverão ser abandonados: toda malícia (mau), todo engano (mentira), fingimento,
inveja e todas as murmurações (críticas injustas).
1- Abandonar
toda a malícia. Malícia corresponde a todo desejo em
praticar o mal para com os outros. Portanto, é um vício que se associa com
pessoas de mau caráter em que a perversidade e a depravação são reinantes em
suas atitudes (Rm 1.29). Denota o desejo para a maldade assim como ações que
propaguem a maldade.
2-
Abandonar todo o engano. Engano corresponde com atitudes
mentirosas, isto é, a prática do forjar a verdade. O nono mandamento do
Decálogo diz que não é permitido dar falso testemunho (Êx 20.16). Mentira tem
como significado, palavra de negação da verdade, de fato são negações falsas
ditas a alguém ou sobre alguém. O falso testemunho está no mesmo nível dos pecados
de assassinato, adultério e de furto.
Engano condiz com truques e artimanhas
desenvolvidas para enganar o próximo.
3-
Abandonar todo fingimento. Fingir ser o que não é, e fingir viver
o que não vive, são atitudes que proporcionam e revelam a morte espiritual, o
grande exemplo para os cristãos na atualidade no que corresponde ao fingimento são
os casos de vida mentirosa de Ananias e Safira (At 5.3).
Pedro
usa essa palavra no plural para expressar que toda atitude para esconder as más
intenções contra alguém atrás de uma máscara de santidade é errada e tem de ser
evitada (ALLEN; RADMACHER; HOUSE, p. 692).
4- Abandonar
a inveja. Inveja é o mesmo que cobiça, e é regularmente traduzida
em algumas versões pelas seguintes expressões: avareza, avidez, intuito
ganancioso e principalmente pela palavra concupiscência. Entretanto, inveja
poderá ser definida como a disposição que sempre estar pronta a sacrificar o próximo
em lugar de si mesmo em todas as coisas, não meramente em negócios de dinheiro.
A cobiça nasceu no momento em que Lúcifer
desejou ser maior que Deus (Is 14. 12-20). Adão e Eva desobedeceram a Deus por
causa da concupiscência (Gn 3. 1-5). E por causa da inveja Abel foi assassinado
pelo seu irmão Caim (Gn 4.5).
5-
Abandonar todas as murmurações. Em algumas versões o termo “murmurações”
é substituído por “críticas injustas”, que pode ser categoricamente definido
por: persistir em reclamar, falar mal de outrem em voz baixa ou em segredo e
também em questionar de maneira maliciosa. Murmurações são palavras ditas para denegrir ou acabar com a reputação de alguém
(ou seja, calúnias) (ALLEN; RADMACHER; HOUSE, p. 693).
O que se deve desejar?
O cristão deve desejar o conhecimento
proveniente da Palavra de Deus. Pois, este conhecimento proporciona crescimento
espiritual. Porém, a palavra, desejai, no presente escrito de Pedro corresponde
a ansiar com todo o ser pela Palavra, não apenas para aprendê-la, mas principalmente
para amadurecer na fé.
Por fim, o desejo de Deus presente nos
escritos da Primeira Epístola de Pedro 2.1-10, corresponde com o abandono dos
cristãos das coisas deste mundo e com o despertar do desejo de está totalmente com
Deus. Também convém com o vivenciar dos cristãos como filhos de Deus e não no
viver como pessoas comuns a este mundo que corrobora com a maldade, a mentira,
a inveja, o fingimento e com a murmuração.
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Antigo
Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
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