Ética Cristã e Sexualidade
A presente lição tem
como objetivo geral mostrar que a sexualidade é uma dádiva
divina que deve ser usufruída dentro dos parâmetros instituídos pelo Criador. Tendo
como versículo chave: venerado seja entre
todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e
aos adúlteros Deus os julgará (Hb 13.4).
O casamento, conforme
Hebreus 13.4, é imaculado, logo deve assim se manter, pois Deus tratará
julgamento para os que se entregam à prostituição e ao adultério.
I – SEXUALIDADE:
CONCEITOS E PERSPECTIVAS BÍBLICAS
1- Conceito de Sexo e Sexualidade.
2- O sexo foi criado por Deus.
3- A sexualidade é criação divina.
Comentário:
O presente tópico tem
como objetivo apresentar o conceito de sexualidade
segundo uma concepção bíblica.
A palavra-chave para
o presente tópico é sexualidade, termo
que corresponde ao conjunto dos fenômenos da vida sexual, ou qualidade sexual,
em fim, são os fenômenos ligados ao sexo. O sexo em si não é pecado se o mesmo
for realizado no casamento. Porém, antes ou fora do casamento o sexo deixa de
ser uma bênção e passa a ser uma maldição. Como bênção o sexo proporciona maior
harmonia entre os cônjuges e é o meio pelo qual Deus em sua bondade outorga a
possibilidade da vida se perpetuar, ou seja, por meio do sexo há a procriação,
porém o sexo tem finalidades além da procriação.
Já como maldição o
sexo é realizado fora do casamento. De tal ação se percebe o aumento de DST que
dentre tantos é mais um dos problemas sociais. Logo, o sexo passa a ser um meio
de dor e angústia social.
No Antigo Testamento
três pontos são destacáveis sobre a questão sexual entre o homem e a mulher,
são elas:
Primeiro, se uma
pessoa tivesse relação sexual antes ou fora o casamento deveria ser apedrejado.
Em segundo, o
sacerdote deveria se casar com uma virgem.
E por terceiro, a
virgindade era valorizada e necessária.
II –
O PROPÓSITO DO SEXO SEGUNDO AS ESCRITURAS
1- Multiplicação da espécie humana.
2- Satisfação e prazer conjugal.
3- O correto uso do corpo.
Comentário:
Discutir
os propósitos do sexo segundo as Escrituras Sagradas é o
objetivo do segundo tópico.
O sexo como
intimidade corresponde ao conhecimento que os cônjuges possuem sobre ambos.
Identifica-se com avanços sem se envolverem em pecados da carne. Trata-se da
alegria provinda do ato, pois existem pessoas que veem no ato sexual uma
obrigação e não em uma fonte de prazer e alegria. Uma psicóloga afirmou: “é muito comum ver no meu consultório mulheres que se
submetem ao desejo do outro sem ter vontade só por medo de perdê-lo. Isso faz
com que ela passe a temer o sexo.” Se a cama não for uma bênção será uma
maldição.
Portanto, na concepção biológica o sexo é um ato reprodutivo, já na
psicologia o sexo descreve um ato de união.
[...]
Desse modo, a completa satisfação sexual envolve emoções, sentimentos, carícias
e prazer para ambos os cônjuges. De acordo com as Escrituras, o romance e o dom
da sexualidade devem ser usados para o prazer mútuo dentro do contexto do
casamento monogâmico e heterossexual (BAPTISTA, p. 95).
A respeito da heterossexualidade e a monogamia ratifica Soares.
A heterossexualidade
é o relacionamento conjugal com aprovação divina dentro do casamento. Quando Deus
disse: “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.28), estava se
referindo ao casal “macho e fêmea” (v.27). Isso diz respeito à procriação, que
é possível pelo ato conjugal entre um homem e uma mulher (p.154).
A monogamia
é o sistema que estabelece o casamento de um homem com uma única mulher e
vice-versa, estabelecido por Deus na criação: “apegar-se-á à sua mulher” (Gn
2.24) (p.155).
III – O CASAMENTO COMO LIMITE ÉTICO PARA O SEXO
1- Prevenção contra a
fornicação.
2- O casamento e o
leito sem mácula.
Comentário:
Conscientizar
a respeito do casamento como limite ético para o sexo é o objetivo específico do terceiro e último
tópico.
Conforme a narrativa Bíblica há quatros tipos de pecados que
correspondem com atos sexuais que estão diretamente ligados com a desobediência
do sétimo mandamento “não adulterarás” (Êx 20.14).
1- Adultério. Em algumas versões o
termo utilizado é prostituição (pornéia), isto é, imoralidade sexual. Para
muitos eruditos a prática do adultério corresponde com a traição entre casais
e, de fato adultério tem como significado dormir em cama estranha.
2- Fornicação. A relação sexual
entre jovens sem haver a venda do corpo e sem corresponder com a traição de um
terceiro se resume em fornicação.
3- Impureza. Correspondem com
pecados sexuais, atos pecaminosos e vícios. Porém, este tipo de pecado é
alimentado por pensamentos e desejos da alma (Ef 5.3, Cl 3.5).
4- Lascívia. Corresponde com o
pecado da sensualidade. Tal prática conduz as pessoas ao ponto de perderem a
vergonha. Por isso, tornou se natural no presente contexto civilizatório à
falta de decência e a perca do pudor.
O casamento é o limite ético para o sexo, porém quando este não é
afetado pela concupiscência e pela carência. A concupiscência dos olhos e da carne são
fatores decisivos para as traições conjugais. Por isso, cabe a cada um dos
cônjuges a vigilância e o dever de não alimentar a mente com pensamentos
contrários ao bem estar conjugal e assim também não alimentar a visão com meios
que se transformará em transtorno familiar. Já a carência corresponde com a não
atenção de um dos cônjuges para a necessidade da intimidade do casal.
A sequência fundamental da vida
do cristão deverá ser: Deus,
família e ministério. O primeiro rebanho do
pastor é a sua família. Para com a família o cristão deverá prestar os cuidados
fundamentais que são deveres do pastor.
Referência:
BAPTISTA, Douglas. Valores Cristãos, enfrentando as questões morais de nosso tempo.
Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
SOARES, Esequias. A
Razão da nossa fé: assim cremos, assim vivemos. 1. ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2017.
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