Conhecendo os dois livros de Samuel
Mais um trimestre
para honra e glória do Senhor, e também para a edificação da Igreja de Jesus
Cristo, sendo que as Lições Bíblicas deste trimestre terão como tema central: O Governo Divino em mãos humanas: liderança do povo de
Deus em 1º e 2º Samuel.
A primeira lição tem
como texto áureo: E disse ela: Ache a tua serva graça em teus
olhos. Assim, a mulher se foi seu caminho e comeu, e o seu semblante já não era
triste (1 Sm 1.18).
E tem como objetivo
geral:
Expor a introdução aos livros de Samuel.
E como objetivos
específicos:
Apresentar o contexto histórico de 1 e 2
Samuel.
Pontuar a autoria e data de 1 e 2
Samuel.
Explicar a teologia dos livros de
Samuel.
Apontar Samuel como o divisor de águas
em Israel.
I – CONTEXTO
HISTÓRICO DE 1 E 2 SAMUEL
Os dois livros narram
a história de Israel, desde os últimos anos do período dos Juízes até os últimos
dias do governo de Davi. Cronologicamente abrange 130 ou 140 anos de narrativa
bíblica, demonstrando o valor histórico, assim como o valor teológico para a
compreensão da ação divina em prol de seu povo em ratificar as promessas feitas
aos patriarcas, que nestas obras, a promessa também será reafirmada a pessoa de
Davi. Com a descrição de firmar: um reino, um trono e um rei (Este Rei
corresponde ao Senhor Jesus Cristo).
As obras em apreço
também apresentam três grandes personagens: Samuel, Saul e Davi.
Com
Samuel, aprendemos que o crescimento e a estabilidade do nosso ministério
dependem de nosso servir com obediência e sinceridade, ser verdadeiro no falar
(1 Sm 3.19-21). Com o rei Saul, aprendemos que podemos estar vulneráveis a
forças demoníacas, entre outros transtornos, quando não confiarmos em Deus,
quando nos deixamos levar pela sede de poder. Seu insucesso resultou da não
obediência à voz divina (1 Sm 14.26). Já com Davi, aprendemos que podemos
perder grandes privilégios ao nos envolvermos com o pecado. Esse procedimento
quase lhe custou a vida e o trono (GOMES,2019, p. 13).
Por fim, os livros
deixa para os leitores da modernidade uma importante lição: obedecer é melhor
que do que o sacrificar (1 Sm 15.22).
II –
AUTORIA E DATA
A pesar de haver
questionamento a respeito da autoria das obras, a tradição judaica, assim como
a cristã outorga a Samuel a autoria dos capítulos 1 ao 24 do primeiro livro e
dos demais capítulos como do segundo livro aos personagens Natã e Gade.
É notável
que Samuel tem destaque não somente por ser profeta e escritor, mas, sim,
porque através dele foi que se deu a ação da unção dos primeiros dois reis de
Israel por ordem do Senhor, o que prosseguirá com outros profetas, culminando
com o ato solene de João Batista ungir a Jesus Cristo como uma consequência profética
(Mt 3.14-16) – (GOMES, 2019,
p.9,10).
Já a situação
espiritual do período é caracterizada pela idolatria e imoralidade no período
do sacerdote Eli; pela não continuidade do temor do povo para com Deus na alternância
das lideranças; fato que só se corroborou no governo de Davi que se apresentou
forte, sendo que o segredo da força de Davi estava em buscar socorro em Deus.
III –
A TEOLOGIA NOS LIVROS DE SAMUEL
Três são os
principais pontos teológicos dos livros em apreço: a soberania divina, o pecado
e o pacto dravídico.
A soberania divina
corresponde com a liberdade e habilidade de Deus em fazer tudo que deseja e que,
também corresponde com o reino do Senhor sobre toda a obra criada. Os decretos
do Senhor permite que os cristãos aprendam que Deus é soberano sobre tudo e
sobre todos.
Sobre o pecado como
doutrina presente no livro se aprende:
As consequências dos
pecados dos filhos de Eli.
O erro de Saul em
buscar orientação com a feiticeira (1 Sm 28.6).
As consequências dos
pecados de Davi. Mesmo que Deus usou de
misericórdia e graça para com Davi, perdoando seus pecados quando foram
confessados (2 Sm 12.13), porém as consequências foram sérias e inevitáveis:
ele teve que arcar com todas e de maneira caríssima (GOMES,
2019, p.21).
Por fim, o pacto de
Deus para com Davi abrange o reino de Jesus, linhagem eterna; firmeza do trono,
confirmada a sucessão no trono por descendentes de Davi; e, um rei eterno, isto
é, o Rei Jesus.
IV –
SAMUEL: O DIVISOR DE ÁGUAS
O nome Samuel tem
como significado, o nome de Deus. Personagem bíblico que foi fundamental na
transição do período dos juízes para a monarquia, que em seu ministério
sacerdotal proporcionou a unidade do povo. Exerceu o ministério profético, sacerdotal
e desenvolveu a atividade de um grande juiz, sendo o último juiz da narrativa
histórica do povo de Israel.
Portanto, com uma
vida cedida à vontade de Deus, Samuel ensina à igreja do Senhor Jesus a confiar
em Deus e a depender da ação divina em qualquer circunstância.
Referência:
GOMES, Osiel. O
Governo Divino em mãos humanas, liderança do povo de Deus em 1º e 2º Samuel.
Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
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