A Mordomia das Obras de Misericórdia
O
cristão tem o privilégio de exercer a misericórdia junto aos necessitados como
expressão do amor de Deus.
Esta é a verdade prática que introduz a lição a respeito da mordomia das obras
de misericórdia, portanto a presente aula outorgará noções fundamentais a
respeito da prática das boas obras por parte dos cristãos, não como meio para
alcançar a salvação, mas como requisito que expressa que os cristãos são salvos
em Cristo Jesus.
O objetivo geral da lição é mostrar
que o cristão tem o privilégio de executar obras de misericórdia.
I – SIGNIFICADO
DE MISERICORDIA
O presente tópico tem
como objetivo específico conceituar a
palavra misericórdia. Lembrando que misericórdia é a qualidade do amor e da compaixão, vista em especial no perdão
divino do pecado humano; Deus, em sua misericórdia, protege os pecadores
daquilo que eles merecem (GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA,
p.809).
A palavra
misericórdia do grego eleos, permite compreender a compaixão de Deus para com
aquele que sofre por necessidade específica, que se encontra em estado de angústia
e sem soluções favoráveis para com suas dívidas. Percebe-se que a misericórdia
de Deus corresponde com o favor imerecido para com os homens, pois estes seriam
condenados, mas no prover do amor divino encarnado na misericórdia permite que
estes sejam justificados e santificados em Cristo.
II –
A MORDOMIA DA MISERICÓRDIA CRISTÃ
Discorrer
sobre a mordomia da misericórdia cristã é o objetivo do presente tópico. Tópico dissertado com cunho aplicativo
na parábola do Bom Samaritano, parábola que apresenta os seguintes personagens:
um viajante, os salteadores, o sacerdote, o levita, o samaritano e o
hospedeiro.
O viajante de
Jerusalém para Jericó é o personagem que receberá a atenção do samaritano, isto
é, a demonstração de amor, porém é o mesmo personagem que recebeu a rejeição
por parte do sacerdote e do levita, apesar de ter sido violentado pelos os
salteadores.
Os salteadores
representam aqueles que possuem como filosofia de vida: o que é seu é meu. Ou
seja, os ladrões vivem por tirarem o que pertence ao próximo.
O sacerdote e o
levita terão na parábola a mesma descrição filosófica: o que é meu é meu, logo
não pertence ao próximo.
Portanto, o
samaritano descreve na ação a filosofia de vida pertencente aos servos de Deus,
o que é meu é seu, isto é, filosofia de vida que expressa a realidade do amor
ao próximo.
Já o hospedeiro
corresponde aquele que está de prontidão para receber e atender com dedicação
os necessitados.
Para Champlin o
próximo:
a)
[...] pode ser uma pessoa inteiramente desconhecida. (b) O próximo pode ser uma
raça diferente, e até mesmo desprezada.
(c) O “próximo” pode ser pessoa de outra religião, até mesmo conhecida
como herética. (d) Contudo, os cuidados de Deus por toda a humanidade devem
manifestar-se na vida de todos quantos são chamados pelo nome (apud
GABY & GABY, 2018, p. 96).
Portanto, a ação do
samaritano pode ser sintetizada com duas palavras: compaixão e caridade.
Compaixão é o ato de
não ser indiferente ao próximo, enquanto a piedade corresponde em sentir a dor
do próximo sem necessariamente se envolver com a solução do problema enfrentado
pelo necessitado, já a compaixão se relaciona em por em prática à piedade pelo
próximo, isto é, é a ação desenvolvida para solucionar o problema enfrentado
pela pessoa carente. Fato que é visível com o personagem do bom samaritano que
cuidou do viajante necessitado.
A caridade como termo
linguístico tem sofrido variações significativas, a palavra no período bíblico
tinha como significado o amor, porém na atualidade corresponde com ações
voltadas a auxílio aos mais carentes. O bom samaritano demonstrou o amor ao
próximo, logo foi caridoso para com o necessitado.
O
samaritano da parábola não somente aproxima-se do jovem moribundo, não somente
se compadece do mesmo, mas decide curá-lo, dar-lhe atendimento de emergência e
conduzi-lo a uma estalagem. O amor do samaritano ao próximo é expresso em
atitudes, em ações e não teme suportar os gastos quando promete ao
estalajadeiro pagar todas as despesas que porventura tiver com o jovem ferido (GABY
& GABY, 2018, p. 99).
III
– CUIDADOS NA PRÁTICA DAS BOAS OBRAS
Por fim, o último
tópico tem como objetivo pontuar os
cuidados na prática das boas obras.
O primeiro cuidado é
saber que as boas obras não têm como objetivo a promoção dos crentes, mas o
foco é glorificar a Deus, pois por meio da prática da boa ação os cristãos
também pregam as boas novas em Cristo Jesus.
Já o segundo cuidado
é saber que as boas obras são obras de amor que de maneira incondicional é
outorgada aos necessitados, sendo ater mesmo, os inimigos.
E por último, cuidado
doutrinário, as obras não são praticadas para alcançar a salvação, mas ao
contrário são desenvolvidas pelos cristãos por estes já terem a salvação, logo,
este é o real sentido em que Tiago transmite em sua carta a importância da
execução das obras: não para ser salvo, mas por já ser salvo em Cristo Jesus.
REFERÊNCIA
GABY, Wagner Tadeu. GABY, Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus: As verdades e
princípios divinos para uma vida abundante. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA. Rio de Janeiro:
CPAD, 2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário