Deus é Fiel

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terça-feira, 10 de setembro de 2019

Subsídio para a aula da E.B.D: A Mordomia das Obras de Misericórdia


A Mordomia das Obras de Misericórdia
O cristão tem o privilégio de exercer a misericórdia junto aos necessitados como expressão do amor de Deus. Esta é a verdade prática que introduz a lição a respeito da mordomia das obras de misericórdia, portanto a presente aula outorgará noções fundamentais a respeito da prática das boas obras por parte dos cristãos, não como meio para alcançar a salvação, mas como requisito que expressa que os cristãos são salvos em Cristo Jesus.
O objetivo geral da lição é mostrar que o cristão tem o privilégio de executar obras de misericórdia.
I – SIGNIFICADO DE MISERICORDIA
O presente tópico tem como objetivo específico conceituar a palavra misericórdia. Lembrando que misericórdia é a qualidade do amor e da compaixão, vista em especial no perdão divino do pecado humano; Deus, em sua misericórdia, protege os pecadores daquilo que eles merecem (GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA, p.809).
A palavra misericórdia do grego eleos, permite compreender a compaixão de Deus para com aquele que sofre por necessidade específica, que se encontra em estado de angústia e sem soluções favoráveis para com suas dívidas. Percebe-se que a misericórdia de Deus corresponde com o favor imerecido para com os homens, pois estes seriam condenados, mas no prover do amor divino encarnado na misericórdia permite que estes sejam justificados e santificados em Cristo.
II – A MORDOMIA DA MISERICÓRDIA CRISTÃ
Discorrer sobre a mordomia da misericórdia cristã é o objetivo do presente tópico. Tópico dissertado com cunho aplicativo na parábola do Bom Samaritano, parábola que apresenta os seguintes personagens: um viajante, os salteadores, o sacerdote, o levita, o samaritano e o hospedeiro.
O viajante de Jerusalém para Jericó é o personagem que receberá a atenção do samaritano, isto é, a demonstração de amor, porém é o mesmo personagem que recebeu a rejeição por parte do sacerdote e do levita, apesar de ter sido violentado pelos os salteadores.
Os salteadores representam aqueles que possuem como filosofia de vida: o que é seu é meu. Ou seja, os ladrões vivem por tirarem o que pertence ao próximo.
O sacerdote e o levita terão na parábola a mesma descrição filosófica: o que é meu é meu, logo não pertence ao próximo.
Portanto, o samaritano descreve na ação a filosofia de vida pertencente aos servos de Deus, o que é meu é seu, isto é, filosofia de vida que expressa a realidade do amor ao próximo.
Já o hospedeiro corresponde aquele que está de prontidão para receber e atender com dedicação os necessitados.
Para Champlin o próximo:
a) [...] pode ser uma pessoa inteiramente desconhecida. (b) O próximo pode ser uma raça diferente, e até mesmo desprezada.  (c) O “próximo” pode ser pessoa de outra religião, até mesmo conhecida como herética. (d) Contudo, os cuidados de Deus por toda a humanidade devem manifestar-se na vida de todos quantos são chamados pelo nome (apud GABY & GABY, 2018, p. 96).
Portanto, a ação do samaritano pode ser sintetizada com duas palavras: compaixão e caridade.
Compaixão é o ato de não ser indiferente ao próximo, enquanto a piedade corresponde em sentir a dor do próximo sem necessariamente se envolver com a solução do problema enfrentado pelo necessitado, já a compaixão se relaciona em por em prática à piedade pelo próximo, isto é, é a ação desenvolvida para solucionar o problema enfrentado pela pessoa carente. Fato que é visível com o personagem do bom samaritano que cuidou do viajante necessitado.
A caridade como termo linguístico tem sofrido variações significativas, a palavra no período bíblico tinha como significado o amor, porém na atualidade corresponde com ações voltadas a auxílio aos mais carentes. O bom samaritano demonstrou o amor ao próximo, logo foi caridoso para com o necessitado.
O samaritano da parábola não somente aproxima-se do jovem moribundo, não somente se compadece do mesmo, mas decide curá-lo, dar-lhe atendimento de emergência e conduzi-lo a uma estalagem. O amor do samaritano ao próximo é expresso em atitudes, em ações e não teme suportar os gastos quando promete ao estalajadeiro pagar todas as despesas que porventura tiver com o jovem ferido (GABY & GABY, 2018, p. 99).  
III – CUIDADOS NA PRÁTICA DAS BOAS OBRAS
Por fim, o último tópico tem como objetivo pontuar os cuidados na prática das boas obras. 
O primeiro cuidado é saber que as boas obras não têm como objetivo a promoção dos crentes, mas o foco é glorificar a Deus, pois por meio da prática da boa ação os cristãos também pregam as boas novas em Cristo Jesus.
Já o segundo cuidado é saber que as boas obras são obras de amor que de maneira incondicional é outorgada aos necessitados, sendo ater mesmo, os inimigos.
E por último, cuidado doutrinário, as obras não são praticadas para alcançar a salvação, mas ao contrário são desenvolvidas pelos cristãos por estes já terem a salvação, logo, este é o real sentido em que Tiago transmite em sua carta a importância da execução das obras: não para ser salvo, mas por já ser salvo em Cristo Jesus.
REFERÊNCIA
GABY, Wagner Tadeu. GABY, Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus: As verdades e princípios divinos para uma vida abundante. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

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