Ministério Público: Autoridade de Jesus sobre
as Enfermidades e sobre a Natureza
Texto: Jesus
foi por toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas deles, pregando as boas novas
do Reino e curando todas as enfermidades e doenças entre o povo (Mt 4.23).
Ao ler o
Novo Testamento o cristão perceberá que autoridade de Jesus se manifesta em
cinco circunstâncias específicas, que são: a) No perdoar pecados – autoridade
de Deus. b) No curar as pessoas – autoridade sobre as enfermidades. c) No
expulsar demônios – autoridade sobre o mundo espiritual. d) No acalmar o vento
– autoridade sobre a natureza. e) Em possuir a chave do inferno e da morte –
autoridade sobre a morte e o inferno.
Também se
torna notório que os milagres operados por Jesus possuem quatro categorias: 1ª
categoria é o de Curas - objetivo “creiais que Jesus é o Cristo, o filho de
Deus”. 2ª categoria é o de Autoridade sobre a
natureza. 3ª categoria é o de Libertação - Jesus não só expulsava demônios, mas
também perdoava os pecadores. 4ª categoria é a da ressurreição. Logo, as duas
primeiras categorias merecem inicialmente a atenção por descreverem a
autoridade de Jesus sobre as enfermidades e sobre a natureza.
Autoridade de Jesus sobre as Doenças
Os quatro
Evangelhos deixam de maneira categórica a compreensão de que as curas
ministradas pelo Senhor Jesus representavam um ponto essencial do ministério
público do Mestre. A respeito das curas ministradas por Jesus dois pontos
merecem atenção: Jesus curou na diversidade das doenças e na diversidade da
nacionalidade das pessoas; e, Jesus utilizou da multiforme maneira para curar.
1- Jesus curou. O Senhor curou na diversidade,
primeiramente, na diversidade de doenças: O Senhor não era especialista de um
tipo específico de enfermidade, mas de fato Ele curava todos os que se
aproximavam dEle, ou seja, Jesus curou paralítico (Mt 9.2-8), cego (Mt
20.29-34), e dentre outros um hidrópico (Lc 14.1-4). Em segundo, Jesus curou na
diversidade da nacionalidade e da condição socioeconômica das pessoas: o servo
do centurião romano (Mt 8.5-13), o filho do oficial do rei (Jo 4.46-54), a
filha da mulher cananeia (Mt 15.21-28) e dentre outros a sogra de Pedro (Mt 8.14,15).
2- As
multiformes maneiras que Jesus utilizava para curar. Jesus
curou por meio de palavras: levanta-te, e toma o teu leito, e vai para tua casa
(Mc 2.11). Assim como Jesus curou por meio de contato físico e até mesmo com a
própria saliva (Jo 9.6).
Autoridade de Jesus sobre a
natureza
Considerando os milagres operados por Jesus
em que há demonstração de autoridade dEle sobre a natureza pode-se afirmar que
nove são os acontecimentos: Acalmando a tempestade (Mt 8.23-27); a alimentação
dos 5.000 homens (M 14.13-21); o caminhar sobre a água (Mt 14.22-33); a
alimentação dos 4.000 homens (Mt 15.32-39); a moeda na boca do peixe (Mt
17.24-27); a figueira seca (Mt 21.18-22); a pescaria (Lc 5.1-11); a água
transformada em vinho (Jo 2.1-11); e, a pesca de peixe após a ressurreição – de
Jesus – (Jo 21.1-14). Portanto, tomando como base a ação de Jesus em acalmar a
tempestade, pode-se compreender: o valor de duas perguntas, dois graves
problemas e o sono de Jesus.
1- O
valor de duas perguntas. E
disse-lhes: onde está a vossa fé? E eles, temendo, maravilharam-se, dizendo uns
aos outros: quem é este, que até aos ventos e à água manda, e lhe obedecem? (Lc
8.25). No presente versículo as duas perguntas merecem total atenção. A
primeira pergunta foi feita pelo Senhor Jesus: onde está a vossa fé? Havia um
dilema real que era a existência de uma tempestade que poderia chegar até 6
metros, porém, o Mestre estava com os discípulos e os mesmos deveriam confiar
no Senhor que é Poderoso e tem total poder sobre a natureza. Já a segunda
pergunta foi realizada da parte dos discípulos: quem é este, que até aos ventos
e à água manda, e lhe obedece? Esta pergunta permite aos servos conhecer ao
Senhor, pois Ele está no controle de todas as coisas.
2-
Dois graves problemas. Em quatro versículos o evangelista
Lucas narra o episódio em que Jesus apazigua a tempestade. Porém, ao examinar o
texto com cautela dois problemas serão notórios: a tempestade e a água na
embarcação.
Tempestade corresponde com desajuste ou com
anormalidades. Há possibilidade de que as ondas tenham chegado a seis metros o
que provocou insegurança e impossibilidade de reação por parte dos discípulos.
A insegurança era tamanha que Pedro, João, André e Tiago pescadores estavam
aflitos com a situação, pois eles sendo profissionais poderiam manter a calma e
tranquilizar os demais companheiros. As ondas ocasionaram o segundo problema
que foi a presença da água na embarcação. Quando o problema é externo haverá
possibilidade de conquista, mas quando o problema torna-se interno poderá haver
ausência de atitude. Myer Pearlman assim aplica o texto “a vitória não depende
de circunstâncias externas, mas de nossa atitude íntima”. Na narrativa, a
circunstância externa era a tempestade e a interna a presença da água.
3- O
sono de Jesus. Ao relatar que Jesus dormia o evangelista
Lucas deixa claro a humanidade de Jesus e também a confiança que o Mestre tinha
no Pai. Pois, a humanidade do Messias é notória, assim como todo ser humano,
Ele nasceu, cresceu, teve sede, dormiu, chorou e se relacionou (Mt 1.25; Lc
2.52; Jo 19.28; Mc 4.38; Jo 11.35).
Por fim, em seu ministério Jesus demonstrou
dependência e obediência ao Pai. Sendo Ele ungido pelo Espírito Santo, foi
obediente ao Pai em toda obra. Sendo assim nos dias hodiernos cabe à igreja
clamar com fé, pois a promessa é que as orações serão respondidas se forem
feitas no nome de Jesus, pois a Igreja possui a unção e a missão real, a de
realizar no nome de Jesus milagres para glória de Deus (Jo 14.14).
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