A Sublimidade
das Bênçãos Espirituais em Cristo
A verdade prática permite compreender que Deus nos elegeu em Cristo antes da fundação do mundo para que
desfrutássemos das bênçãos espirituais. O termo eleição do grego
προγινωσκω significa, já conhecer ou ter conhecido no passado, em outras
palavras significa prever ou antever. A eleição didaticamente pode ser divida e
entendida da seguinte maneira:
A eleição é preventiva,
isto é, Deus utiliza vários meios para impedir a operação do mal na vida
daqueles que o teme.
A eleição é permissiva,
isto é, Deus outorga liberdade ao homem para que este realize as escolhas
conforme o livre-arbítrio que possui.
A eleição é diretiva,
Deus outorga liderança sobre a vontade humana.
A eleição é determinativa,
isto é, Deus executa conforme a sua soberania (PEDRO apud POMMERENING, 2017, p.
89).
Lembrando que a presente lição tem como
objetivo geral: Esclarecer as bênçãos espirituais
concedidas por Cristo Jesus. E como objetivos específicos:
Refletir a respeito da
nossa nova posição em Cristo.
Evidenciar a realidade de
uma vida cristocêntrica neste mundo.
Explicar que o Espírito
Santo desempenha importante papel no plano da salvação.
I – A NOVA POSIÇÃO EM CRISTO
O presente tópico está parafraseado no
seguinte versículo:
Bendito o Deus de nosso Senhor
Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares
celestiais em Cristo (Ef
1.3).
Que tem como ponto fundamental segundo alguns
analistas da Bíblia Sagrada a adoração, o recebimento das bênçãos espirituais,
e sendo estas bênçãos em Cristo. Cristo, pois Ele é a condição de mudança de vida
para todos os que se achegam até a presença de Deus.
Logo no início da carta, Paulo
começou a louvar a Deus, que o escolheu antes da fundação do mundo [...].
As bênçãos do cristianismo
são, sobretudo, espirituais. Deus não promete saúde, riqueza e prosperidade aos
cristãos no Novo Testamento. A expressão nos lugares celestiais sugere que o
cristão, vivendo em qualquer lugar do mundo, já está, neste momento, em um
sentido espiritual assentado com Cristo nos céus (ALLEN; RADMACHER;HOUSE, p.502).
II – UMA VIDA CRISTOCÊNTRICA
NESTE MUNDO
Conclui ao estudar o tópico em apreço:
A vontade divina é revelada
segundo o beneplácito que agrada a Deus.
Todas as coisas são
submissas a autoridade e soberania do Senhor Jesus.
O grande propósito da
eleição é conduzir as pessoas a adorarem ao Senhor Jesus.
Sendo
que a descrição mistério (v.9) corresponde ao aspecto da vontade de Deus que
anteriormente não era conhecida pelo ser humano, mas que por intermédio da obra
de Jesus no calvário tornou-se notória: Porque não quero,
irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o
endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja
entrado (Rm 11.25).
Já no que se trata da dispensação cuja
definição inspirada na tradução grega outorgará como significado, regra da casa,
ou seja, corresponde ao modo como Deus administrou
ou dispôs toda a história para cumprir Seu plano de salvação da humanidade, o
qual tem fases distintas, embora o Senhor nunca mude. Neste contesto,
dispensação provavelmente se refere ao tempo em que Deus estabelecerá Seu Reino
eterno (ALLEN; RADMACHER;HOUSE, p.503).
Sendo que biblicamente as sete dispensação
são:
Dispensação da Inocência (período correspondente
a Adão anteriormente a consumação do pecado).
Dispensação da Consciência (período da manifestação
do pecado à instauração do governo humano).
Dispensação Governo Humano (os primeiros
governos da terra).
Dispensação dos Patriarcas (nomes marcantes
correspondem a este período: Abraão, Isaque...).
Dispensação da Lei (todo período
correspondente ao regimento da Lei).
Dispensação da Graça (momento de vigência da
Igreja inicia-se com a obra vicária de Cristo).
Dispensação do Reino (a última dispensação).
III – O ESPÍRITO SANTO,
PENHOR DA NOSSA HERANÇA
Em quem também vós estais,
depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e,
tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; O
qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para
louvor da sua glória (Ef
1.13,14).
Os versículos acima destacam dois pontos
fundamentais que são: os cristãos fostes selados com o Espírito Santo e o
Espírito Santo é o penhor da herança cristã.
Sobre o primeiro ponto assim sintetiza
Baptista:
[...] Os que recebem o
Espírito Santo são identificados por Deus como pertencentes a Cristo. Esses crentes
são assinalados como propriedade particular de Cristo, a Cabeça da Igreja.
Deste modo, o Espírito Santo testifica quem são os filhos de Deus (Rm
8.9,15-16), e o maligno não lhes toca (1 Jo 5.18).
(2020, p.30).
Já o segundo ponto, o Espírito Santo é o
penhor, compreende que penhor pode ser também descrito como anel de noivado. Logo,
o Espírito Santo é o pagamento antecipado para a concretização do casamento
entre Cristo e a Igreja.
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H.
Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo
Testamento. Rio de Janeiro: Editora
Central Gospel, 2013.
BAPTISTA,
Douglas Roberto de Almeida. A Igreja
Eleita, Redimida pelo Sangue de Cristo e Selada com o Espírito Santo da
Promessa. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
POMMERENING,
Claiton Ivan. A obra da Salvação, Jesus
Cristo é o caminho a verdade e a vida. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário