Deus é Fiel

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segunda-feira, 6 de abril de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical: A Sublimidade das Bênçãos Espirituais em Cristo


A Sublimidade das Bênçãos Espirituais em Cristo
A verdade prática permite compreender que Deus nos elegeu em Cristo antes da fundação do mundo para que desfrutássemos das bênçãos espirituais. O termo eleição do grego προγινωσκω significa, já conhecer ou ter conhecido no passado, em outras palavras significa prever ou antever. A eleição didaticamente pode ser divida e entendida da seguinte maneira:

A eleição é preventiva, isto é, Deus utiliza vários meios para impedir a operação do mal na vida daqueles que o teme.
A eleição é permissiva, isto é, Deus outorga liberdade ao homem para que este realize as escolhas conforme o livre-arbítrio que possui. 
A eleição é diretiva, Deus outorga liderança sobre a vontade humana.
A eleição é determinativa, isto é, Deus executa conforme a sua soberania (PEDRO apud POMMERENING, 2017, p. 89).
Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral: Esclarecer as bênçãos espirituais concedidas por Cristo Jesus. E como objetivos específicos:
Refletir a respeito da nossa nova posição em Cristo.
Evidenciar a realidade de uma vida cristocêntrica neste mundo.
Explicar que o Espírito Santo desempenha importante papel no plano da salvação.
I – A NOVA POSIÇÃO EM CRISTO
O presente tópico está parafraseado no seguinte versículo:
Bendito o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo (Ef 1.3).
Que tem como ponto fundamental segundo alguns analistas da Bíblia Sagrada a adoração, o recebimento das bênçãos espirituais, e sendo estas bênçãos em Cristo. Cristo, pois Ele é a condição de mudança de vida para todos os que se achegam até a presença de Deus.
Logo no início da carta, Paulo começou a louvar a Deus, que o escolheu antes da fundação do mundo [...].
As bênçãos do cristianismo são, sobretudo, espirituais. Deus não promete saúde, riqueza e prosperidade aos cristãos no Novo Testamento. A expressão nos lugares celestiais sugere que o cristão, vivendo em qualquer lugar do mundo, já está, neste momento, em um sentido espiritual assentado com Cristo nos céus (ALLEN; RADMACHER;HOUSE, p.502).
II – UMA VIDA CRISTOCÊNTRICA NESTE MUNDO
Conclui ao estudar o tópico em apreço:
A vontade divina é revelada segundo o beneplácito que agrada a Deus.
Todas as coisas são submissas a autoridade e soberania do Senhor Jesus.
O grande propósito da eleição é conduzir as pessoas a adorarem ao Senhor Jesus.
 Sendo que a descrição mistério (v.9) corresponde ao aspecto da vontade de Deus que anteriormente não era conhecida pelo ser humano, mas que por intermédio da obra de Jesus no calvário tornou-se notória: Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado (Rm 11.25).
Já no que se trata da dispensação cuja definição inspirada na tradução grega outorgará como significado, regra da casa, ou seja, corresponde ao modo como Deus administrou ou dispôs toda a história para cumprir Seu plano de salvação da humanidade, o qual tem fases distintas, embora o Senhor nunca mude. Neste contesto, dispensação provavelmente se refere ao tempo em que Deus estabelecerá Seu Reino eterno (ALLEN; RADMACHER;HOUSE, p.503).
Sendo que biblicamente as sete dispensação são:
Dispensação da Inocência (período correspondente a Adão anteriormente a consumação do pecado).
Dispensação da Consciência (período da manifestação do pecado à instauração do governo humano).
Dispensação Governo Humano (os primeiros governos da terra).
Dispensação dos Patriarcas (nomes marcantes correspondem a este período: Abraão, Isaque...).
Dispensação da Lei (todo período correspondente ao regimento da Lei).
Dispensação da Graça (momento de vigência da Igreja inicia-se com a obra vicária de Cristo).
Dispensação do Reino (a última dispensação).
III – O ESPÍRITO SANTO, PENHOR DA NOSSA HERANÇA
Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória (Ef 1.13,14).
Os versículos acima destacam dois pontos fundamentais que são: os cristãos fostes selados com o Espírito Santo e o Espírito Santo é o penhor da herança cristã.
Sobre o primeiro ponto assim sintetiza Baptista:
[...] Os que recebem o Espírito Santo são identificados por Deus como pertencentes a Cristo. Esses crentes são assinalados como propriedade particular de Cristo, a Cabeça da Igreja. Deste modo, o Espírito Santo testifica quem são os filhos de Deus (Rm 8.9,15-16), e o maligno não lhes toca (1 Jo 5.18). (2020, p.30).
Já o segundo ponto, o Espírito Santo é o penhor, compreende que penhor pode ser também descrito como anel de noivado. Logo, o Espírito Santo é o pagamento antecipado para a concretização do casamento entre Cristo e a Igreja.
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
BAPTISTA, Douglas Roberto de Almeida. A Igreja Eleita, Redimida pelo Sangue de Cristo e Selada com o Espírito Santo da Promessa. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
POMMERENING, Claiton Ivan. A obra da Salvação, Jesus Cristo é o caminho a verdade e a vida. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

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