Deus é Fiel

Deus é Fiel

domingo, 26 de julho de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical – Edição Especial: Zorobabel Recomeça a Construção do Templo


Zorobabel Recomeça a Construção do Templo
A verdade prática permite compreender que Sob o poder de Deus, a Igreja torna-se imbatível no cumprimento das tarefas que Cristo lhe entregou. Sendo que o Texto Áureo corrobora para entender que Deus determinou que abençoaria o Seu povo, mas este deveria reconhecer que o Senhor era sua fonte de prosperidade (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 1390). Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral: Compreender como se deu a reconstrução do Templo sobre a liderança de Zorobabel.
E como objetivos específicos:
Mostrar como Deus levantou os profetas Ageu e Zacarias para incentivar o povo a reconstruir o Templo.
Saber que o ministério profético é uma prova da manifestação de Deus.
Explicar o ministério profético a luz da Bíblia.
I – DEUS SUSCITA OS PROFETAS AGEU E ZACARIAS
Ageu foi levantado por Deus ao ministério profético no período histórico de Israel conhecido de pós-exílio e objetivou seu ministério na reedificação do templo, que há 14 anos tinha sido suspenso.
Já o profeta Zacarias teve também o seu ministério profético em exercício no período pós-exílio, o que corresponde que teve como temática ministerial, a valorização que deveria outorgar os judeus para com o templo.
Em suma, Zacarias foi contemporâneo de Ageu e, juntos foram motivadores para a reconstrução do templo.
No que corresponde aos personagens Zorobabel e Josué, pode-se afirmar:
Zorobabel foi o líder político do povo e teve como obras: a restauração do culto verdadeiro (Ed 3) e a reedificação do templo. Templo este que ficou conhecido na história como o Templo de Zorobabel.
Josué, líder religioso e foi o sumo sacerdote no período pós-exílio.
II – O MINISTÉRIO PROFÉTICO, UMA PROVA DA MANIFESTAÇÃO DE DEUS
Deus se manifestou no Antigo Testamento por intermédio dos profetas, e dois são fundamentais para a compreensão do ministério profético no Velho Concerto: Moisés e Elias.
No que tange a pessoa de Moisés, a primeira coisa a se observar é a fé, pois pela fé Moisés contemplou as maravilhas de Deus em abrir as águas do Mar Vermelho e em destruir o exército egípcio (Hb 11.29). As maravilhas de Deus em abençoar o povo israelita não se limitaram no milagre do Mar Vermelho. Deus por seu amor incondicional ao povo outorgou maná dos céus, água doce, longevidade das roupas e sandálias dos judeus que cresceram acompanhando o desenvolvimento físico das pessoas (Dt 8.2-4).
Entretanto, Moisés é considerado o maior vulto do Antigo Testamento e isto só se tornou possível por Moisés ser temente a Deus. No contexto histórico Moisés se notabilizou como historiador, libertador, estadista, poeta, moralista e legislador do povo israelita. Grandes coisas, Deus fará quando o seu povo sem reservas confiar na sua atuação.
A respeito de Elias pode-se afirmar que a sua fé é notória quando o mesmo conclama os profetas de Baal para um duelo que tinha como finalidade provar quem de fato era o verdadeiro Senhor, o Deus de Abraão ou Baal. Sendo que o próprio nome Elias já indica que Deus é Deus, e era neste Deus verdadeiro e justo que Elias confiava.
O presente tópico também descreve a respeito do dom de profecia. É necessário lembrar que o dom de profecia corresponde com a mensagem verbal inspirada pelo Espírito Santo na língua conhecida pelo mensageiro e pelo destinatário. Sendo que a mensagem é divina.
III – O MINISTÉRIO PROFÉTICO À LUZ DA BÍBLIA
O profeta era o elo entre Deus e o homem, ou seja, o ministério profético corresponde à atividade de entregar a mensagem de Deus a quem lhe é direcionada. No Antigo Testamento a palavra de Deus foi direcionada a líder político (1 Sm 15.10-23), a líder religioso (1 Sm 2.27-36) e a profeta (1 Re 13.20-22) por meio do ministério profético.
Função do ministério profético. Sendo o profeta o elo entre Deus e o homem. A função do profeta era tornar conhecida a vontade de Deus. Sendo que para isto o profeta ouvia a voz de Deus e transmitia ao homem, portanto, a função do profeta se resume em: primeiro, ouvir a voz de Deus e em segundo transmitir.
Virtudes dos profetas. Virtude é à disposição de um indivíduo em praticar o bem e trata-se de hábitos constantes que proporcionam ao indivíduo uma vida bem-sucedida. Enfim, virtudes são nomeações de qualidades.
a) Submissão. A primeira qualidade analisada no ministério profético é a submissão. Um grande exemplo de submissão como qualidade é o profeta Eliseu. Em 2 Reis 3.11, ocorre a primeira obra realizada por Eliseu que foi lavar as mãos do profeta Elias. Eliseu reconheceu que um ministério bem-sucedido é construído sobre bases bem fortificadas, que são resumidas na palavra serviço. Servir é o passo inicial para receber a porção dobrada da Unção de Deus.
b) Coragem. Não temer. O profeta no seu ministério não poderá temer ameaças provindas de homens e nem mesmo do diabo. A coragem é fundamental para a concretização ministerial. Um grande exemplo de coragem é demonstrado no ministério profético de Natã (2 Sm 12.7-12) que não temeu ao rei Davi e entregou a mensagem Divina.
c) Dependência de Deus. Como terceira virtude, será notória no ministério e na vida dos profetas a dependência de Deus. De fato Deus chama, e aos chamados Deus capacita, aos capacitados Deus envia, aos enviados Deus supre as necessidades. E assim foi com os profetas. Homens dependentes de Deus em tudo: desde a vida civil (Os 1.2, Jr 16. 1,2) à alimentação (1 Re 17.9).
Referência:

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

domingo, 19 de julho de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical – Edição Especial: A Construção do Templo Enfrentou Oposição


A Construção do Templo Enfrentou Oposição
A verdade prática permite compreender que Se confiarmos verdadeiramente em Deus, venceremos todas as resistências do Maligno. Sendo que o Texto Áureo corrobora para entender que Neemias voltou a trabalhar imediatamente, e o povo, cujo coração se inclinava a trabalhar, acompanhou-o (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 751). Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral: Mostrar que a nossa confiança em Deus nos faz vencer as resistências do Maligno.
E como objetivos específicos:
Mostrar como se deu o lançamento dos alicerces do Templo.
Saber que os samaritanos se opuseram à construção do Templo.
Explicar a falta de resistência dos judeus.
E, discorrer a respeito da reação dos samaritanos quando os judeus cessaram a obra.
I – OS ALICERCES DO TEMPLO SÃO LANÇADOS
No período pós-exílio as mensagens proféticas estavam voltadas para a construção do templo. O sucesso da construção do templo de Zorobabel teve como personagens importantes os profetas Ageu e Zacarias.
O profeta Ageu tanto no exercício do seu ministério como na sua obra enfatizou a respeito da construção do templo. Sendo que o livro de Ageu se divide em quatro partes:
Primeira (capítulo 1), exortação a reconstruir o templo;
Segunda (Ag 2.1-9), profecias acerca do novo templo;
Terceira (Ag 2.10-19), admoestação dirigida aos sacerdotes a respeito da impureza do povo e das ofertas;
E, quarta (Ag 2. 20-23) profecia a respeito da escolha de Zorobabel.
Portanto, no pós-exílio a mensagem principal do período é a respeito da restauração no que corresponde com a reconstrução do templo.
Vale ressaltar que a conclusão do templo de Zorobabel durou vinte anos depois do regresso dos israelitas do cativeiro babilônico.
O presente subtópico relata da Igreja como o mistério de Deus, ou seja, a revelação do mistério foi outorgada por Deus ao apóstolo Paulo. O que permite compreender que não se trata de uma concepção mediante a ciência humana. Lembrando que Paulo de blasfemo, ele se tornou um santo; de fariseu, um apóstolo; e de perseguidor de cristãos, um perseguido por pregar sobre Cristo. Em seguida, coube ao poder e à autoridade divina capacitar Paulo para que este trabalhasse como um ministro de Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 507).
Portanto, o mistério revelado é a Igreja, o Corpo de Cristo.
Corpo este que permite a unidade de distintos povos, isto é, a unidade dos judeus com os gentios. Unidade esta corroborada pela ausência de distinção étnica e até ausência de distinção econômica. Verdade ratificada na história, pois no período da Igreja Apostólica, exclusivamente na Era Sombria, percebia se que:
[...] o escravo era tratado igualmente como o livre. Um escravo podia chegar a ser bispo, enquanto seu amo e senhor não passava de simples membro (HURLBUT, 2001, p. 42).
II – OS SAMARITANOS OPÕEM-SE À CONSTRUÇÃO DO TEMPLO
O presente tópico outorga dois saberes importantes: primeiro, define quem são os samaritanos e segundo, descreve a ação dos samaritanos no período do regresso dos judeus do cativeiro babilônico.
Portanto, os samaritanos eram descendentes de uma mistura de gente que o rei da Assíria tinha deslocado para as cidades da Samaria, depois de ele ter levado as dez tribos do Reino do Norte em cativeiro para a Assíria (2 Rs 17.23) (Revista, p. 27).
No que corresponde com a ação dos samaritanos compreende que eles tentaram frustrar os judeus no que se tratava da reconstrução do templo.
O povo da terra é outra maneira de referir-se aos samaritanos, que se tornaram inimigos diligentes do programa de reconstrução de Israel nos vários anos seguintes. Debilitaram o povo judeu, talvez com ameaças e tentativas de corte de suprimentos, e alugaram contra ele conselheiros ou advogados, provavelmente para representá-los contra a comunidade judaica na corte persa, persistindo com esses ataques até ao reinado de Dario, cerca de 14 anos depois (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 733).
III – COMO SE EXPLICA A FALTA DE RESISTÊNCIA DOS JUDEUS
A ausência da resistência dos judeus poderá ser descrita por dois personagens: Zorobabel, por confiar em sua própria força (Zc 4.6), e Josué, pois estava com as vestes manchadas (Zc 3.3).
Sobre as vestes manchadas de Josué pode afirmar que:
Sendo o sumo sacerdote representante do povo perante Deus (Êx 28.29), de modo algum poderia permanecer imundo ou impuro (Êx 28.2; Lv 21.10-15). As vestes sujas de Josué significam, literalmente, sujas de fezes (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 1396).
Já no que se refere à pessoa de Zorobabel e a confiança em sua própria força, entende-se que a reconstrução do templo, que já havia de fato começado (Ed 5.1,2; Af 1.14), não seria realizada por esforço ou recurso humano, mas, sem, pelo poder do Espírito de Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 1397).
IV – A REAÇÃO DOS SAMARITANOS, QUANDO OS JUDEUS CESSARAM A OBRA
Enquanto os judeus se entristeceram, os samaritanos se alegraram quando a obra da reconstrução do templo cessou. Porém, a alegria dos ímpios é de pouca duração.
No que tange ao desânimo dos judeus entende-se que eles acharam que não era a vontade de Deus a reconstrução do templo (Ag 1.2), assim como se preocuparam em trabalhar em suas próprias casas e esqueceram-se de se dedicarem na reconstrução da casa do Senhor (Ag 1.9).
Por fim, deve-se compreender que Deus requer dos seus servos confiança e dedicação. Confiança na Palavra do Senhor e dedicação na boa obra a qual Deus tem vocacionado os seus santos.
Referência:
HURLBUT. Jesse Lyman. História da Igreja Cristã. São Paulo: Editora Vida, 2001.
LIÇÕES BÍBLICAS EDIÇÃO ESPECIAL. Os Princípios Divinos em Tempos de Crise: A reconstrução de Jerusalém e o Avivamento Espiritual como exemplos para os nossos dias. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
_______________________. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

domingo, 12 de julho de 2020

A Obra Missionária se faz com e por amor


A Obra Missionária se faz com e por amor
Texto: E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros.
Tornou a dizer-lhe segunda vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Disse-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas. 
Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas (Jo 21.15-17).
O versículo mais citado no meio cristão diz:
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16).
A ênfase perceptível no versículo é o amor de Deus, porém o amor em si é demonstrado por atos, sendo que o ato no presente texto é a doação do único Filho de Deus. Entrega esta para morrer e outorgar salvação à humanidade.
Portanto, a obra missionária se desenvolve com e por amor, sendo Deus o exemplo perfeito para o desenvolvimento da obra missionária, pois Ele amou o mundo e doou o Seu Único Filho, pois missão se concretiza e se notabiliza com a doação de amor.
A Obra Missionária e o Amor de Deus
Deus é amor (1 Jo 4.8). E por amar a humanidade Deus se fez carne, Deus agiu e age, e por fim, Deus ratifica as suas promessas.
1. A Encarnação do Verbo. A encarnação do Verbo descreve que Deus ama a humanidade, logo Deus se fez presente no meio dos homens. Sobre a doutrina da encarnação é necessário saber que:
Deu-se a encarnação quando a Segunda Pessoa da Trindade tomou a nossa forma e substância para executar o plano redentivo de Deus (Jo 1.12). O processo, que se constitui no maior mistério das Sagradas Escrituras, em nada lhe alterou a divindade.
Jesus é o verdadeiro homem e o verdadeiro Deus.
A encarnação constitui-se no segundo pilar da história sagrada. O primeiro é o êxodo dos filhos de Israel. Sem este mistério, não poderia haver Evangelho (ANDRADE, p.113).
Ao se tornar homem Jesus compreendeu melhor a condição humana para exercer a compaixão, do grego metripatheia, isto é, moderar nas paixões, ser gentil e compassivo.
2. A Obra de Cristo. As obras de Jesus Cristo descrevem a ação de Deus que ama a humanidade e atua para com a salvação dos homens. Em especial a morte de Jesus foi uma morte vicária, isto é, morte substituta. Os homens estavam condenados em seus delitos, porém Deus por amou estabeleceu o plano de salvação para todos os que receberem a Jesus como Salvador (At 4.12).
3. A Ressurreição de Jesus. Jesus ressuscitou ao terceiro dia, logo, a promessa de Deus se cumpre. A promessa que o missionário deverá se firmar é em saber que Jesus salva. Pois, a Palavra deverá ser pregada para que vidas sejam salvas em Jesus.
A Obra Missionária revela o Amor de Deus
Ágape, amor de Deus. O termo amor do latim, amorem, corresponde à dedicação afetiva. Philis, amor entre amigos. A amizade poderá ser exercida entre pessoas de sexos diferentes, entre crianças, entre parentes e assim por diante. Todavia, por mais que o indivíduo tenha inúmeros amigos, o amigo de fato se revelará no dia da angústia. O amigo será aquele que rejeitará as emoções pecaminosas e levará o próximo para mais perto de Deus (Pv 17.17).
Jesus por três vezes perguntou a Pedro se o ama. O interessante é que na escrita do Novo Testamento em grego nas duas primeiras vezes Jesus perguntou a Pedro se o amava utilizando o termo amor divino (ágape) e Pedro respondeu a Jesus que sim, utilizando como resposta o amor entre amigo (philis). Porém, na terceira vez Jesus perguntou utilizando o termo amor entre amigos (philis), Pedro chora, pois compreendeu que negou a Jesus e não demonstrou o amor entre amigos no momento da angústia do Mestre, porém, mesmo assim em lágrimas respondeu que o amava (philis).
Em suma, a obra missionária acontece com e por amor. Sendo assim Pomerening diferencia a manifestação do amor de Deus da manifestação do amor dos homens, da seguinte maneira:
O amor de Deus manifesta-se terno e compassivo, muito acima do amor humano, que é apenas responsivo (2017, p. 43).
O amor demonstrado pelo ser humano é responsivo por indicar a condicionalidade.  Porém, o amor de Deus tem como objetivo a salvação dos pecadores mediante a propagação do Evangelho do Senhor Jesus, por isso, o amor de Deus é terno e compassivo.
Referência:
ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
POMMERENING, Claiton Ivan. A obra da Salvação, Jesus Cristo é o caminho a verdade e a vida. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

sábado, 11 de julho de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical – Edição Especial: O Despertamento Renova o Altar


Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical – Edição Especial: O Despertamento Renova o Altar
A verdade prática permite compreender que Satanás jamais derrotará o crente cujo altar é constantemente renovado pelo Espírito. Fato corroborado pelo Texto Áureo, em que Elias chama o povo para se aproximar, e em seguida o profeta repara o altar que estava quebrado. A ação do profeta em concertar o altar proporcionou a vitória do profeta de Deus sobre a crença no deus Baal que se perpetuava sobre parte dos israelitas.
Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral: Identificar o que caracteriza o verdadeiro despertamento espiritual.
E como objetivos específicos:
Elucidar aos alunos o significado do altar para o Antigo Pacto.
Entender que Cristo é o centro da nossa comunhão com Deus.
Comprovar que nem todos os despertamentos de hoje têm as características mencionadas de um verdadeiro despertamento.
I – O DESPERTAMENTO CONDUZ O HOMEM AO ALTAR
Para os judeus após o regresso do cativeiro o altar correspondia com a liberdade à naturalidade da adoração, pois o altar descrevia o acesso a Deus por meio do sacrifício. E lembrando que os despertamentos no Antigo Pacto se iniciaram ou se relacionaram com a restauração do altar:
Elias no confronto com os profetas de Baal (1 Rs 18.30).
Ezequias ao assumir o trono de Judá (2 Cr 29.3).
E os judeus ao regressarem do cativeiro (Ed 3.3).
Porém, o contexto histórico Bíblico no que corresponde o termo altar, outorga as seguintes compreensões:
Primeira compreensão: Noé foi o primeiro personagem Bíblico a construir um altar.
Segunda compreensão: os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó também construíram altares (Gn 12.6-8; 13.18; 22.9-13; 26.23-25; 33.18,20; 35.1-7).
Terceira compreensão: o altar utilizado no Tabernáculo e no Templo foi construído por Bezalel e era constituído de madeira de acácia e de cobre (Êx 27.1-8).
Quarta compreensão: Evidentemente, o altar de cobre foi destruído pelo povo da Babilônia, após a queda de Jerusalém (2 Rs 25.14). Antes que o segundo Templo fosse construído, os exilados que haviam retornado reconstruíram o altar no pátio e restabeleceram seu uso adequado (Ed 3.1-6) (DICIONÁRIO BÍBLICO WYCLIFFE, 2018, p. 82).
II – CRISTO, O CENTRO DA NOSSA COMUNHÃO COM DEUS
Jesus é o centro da comunhão entre os cristãos e o Pai. E por ser o centro desta comunhão compreende que Jesus morreu na cruz em uma morte vicária, que proporcionou a reconciliação e redenção eterna para todos os que aceitarem a Cristo como salvador.
Sendo que a morte vicária se caracteriza em ser:
[...] substitutiva, no sentido de alguém que toma o lugar de outro, como bem afirma Isaías: “[...] mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (Is 53.6 – conforme ainda 2 Co 5.21; 1 Pe 2.24; 3.18), portanto, Cristo morreu pelos nossos pecados; Ele, porém, era sem pecado (POMMERENING, 2017, p. 55).
Já o termo presente para definir reconciliação no NT grego é καταλλαγή que resumidamente significa troca ou mudança, isto é, com base na mensagem do Novo Testamento percebe-se que corresponde com a troca de inimizade para amizade. De fato a reconciliação é possível por meio do favor divino.
A reconciliação é uma obra da graça de Deus somente possível como consequência da obra de Cristo. Ela é necessária porque nosso relacionamento com Deus estava rompido, pois o homem pecador não pode ter comunhão com o Deus santo (Is 6.5) (2017, p. 56).
Jesus no calvário exclamou: está consumado. Logo, percebe-se que Jesus disse que estava paga a dívida que limitava os que creem a se aproximarem de Deus. Portanto, a redenção por parte divina se concretizou, cabe agora ao ser humano aproximar-se de Deus, pois a redenção altera o estágio de escravidão do pecado para que o indivíduo viva uma vida liberta de toda obra do pecado, sendo que a redenção é plena, isto é, a redenção é abrangente, os benefícios da redenção abrange a eternidade.
III – CUIDADO COM AS IMITAÇÕES
Um bom exemplo para compreender a necessidade dos cuidados para com as imitações é o episódio que ocorreu com o monarca Davi em que subentende a diferença entre inovar e renovar.
Davi e a inovação. Pela instrução Divina a Moisés, caberia aos levitas à missão de guardar e conduzir a arca do Senhor. Esta de fato era a liturgia cerimonial do conduzir a arca. Porém, Davi como rei de Israel gozando do status adquirido proporcionou mudança no conduzir a arca. Olhando de maneira simplista o conduzir a arca por meio de carro e bois (2 Sm 6.3,6) não afetaria em nada, mas é de fato o nada que provoca catástrofes sociais, naturais, econômicas e até mesmo, espirituais. Ao inovar a liturgia consagrada pelo e ao Senhor os israelitas presentes que somavam trinta mil visualizaram a morte de Uzá (2 Sm 6.8).
Davi e a renovação. O incidente proporcionou na vida do monarca a renovação. Ser avivado é uma questão possível para aqueles que querem. No dia a dia muitas são as catástrofes que servem para despertar e renovar a vida daqueles que estão parados. Após o incidente Davi preocupado faz a seguinte interrogação: Como virá a mim a arca do Senhor? (2 Sm 6.9) ao passar três meses e saber que a casa de Obede tinha sido abençoada Davi faz conforme o querer de Deus, “e sucedeu que, quando os que lavavam a arca do Senhor tinham dado seis passos, sacrificava ele bois e carneiros cevados (2 Sm 6.13).
Portanto, a cada cristão cabe uma determinada função, lembrando que cada função deverá ser conduzida conforme o propósito de Deus. A função de Davi era proporcionar segurança aos levitas no momento em que eles conduzissem a arca e também servir ao Senhor com cântico. Porém, Davi fez o que não cabia a ele, inovar a liturgia consagrada por Deus.
Quando a ação é inovar, percebe-se que não altera um simples estilo de vida, mas a ação proporciona a alteração de uma prática consagrada a Deus.
Referência:
DICIONÁRIO BÍBLICO WYCLIFFE. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
POMMERENING, Claiton Ivan. A obra da Salvação, Jesus Cristo é o caminho a verdade e a vida. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical – Edição Especial: Despertamento Espiritual – Um Milagre

Despertamento Espiritual – Um Milagre

A verdade prática permite compreender que O despertamento espiritual é uma consequência da submissão à vontade de Deus. Logo, submissão à vontade de Deus indica que o cristão desenvolve na prática o andar de maneira humilde, passiva e dependente de Deus.

Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral: Reconhecer a origem de um despertamento espiritual e suas finalidades.
E como objetivos específicos:
Explicar aos alunos os objetivos dos despertamentos espirituais.
Enumerar as finalidades do despertamento.
Ilustrar que Deus cumpre com suas palavras.
I – O DESPERTAMENTO ESPIRITUAL EMANA DO PRÓPRIO DEUS
Deus despertou a Daniel para orar em prol do povo eleito e também despertou a Ciro para agir em prol da liberação dos judeus. Portanto, não foi à ação humana que proporcionou o despertamento, mas sim o próprio Deus que proporcionou o despertamento humano para manifestar a sua glória sobre o seu povo.
O versículo em análise no presente tópico assim está escrito:
No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do SENHOR, pela boca de Jeremias), despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, [...] (Ed 1.1).
Para que se cumprisse a palavra do Senhor, por boca de Jeremias. Jeremias tinha profetizado que o cativeiro babilônico duraria, pelo menos, 70 anos (Jr 25.12-14). Isto de fato ocorreu (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.728).
A grande ênfase que o comentário outorga é que Ciro foi despertado pelo Senhor, ou seja, Deus conduziu o rei a fazer o que estava determinado: proporcionar o regresso dos judeus a Jerusalém.
II – AS FINALIDADES DO DESPERTAMENTO
Conforme Jeremias o cativeiro duraria 70 anos e segundo a mensagem de Isaías 44.28, 45.1 Deus levantaria Ciro, o qual é chamado de pastor e de ungido. Nenhuma palavra do Senhor volta vazia, sem cumprimento (Is 55.11), pois Jeremias profetizou um pouco mais de 70 anos antes do cativeiro, e o profeta Isaias profetizou cerca de 200 anos antes o nascimento de Ciro. E conforme os fatos posteriores, Ciro outorgou autorização aos judeus para voltarem para Jerusalém e reedificarem a cidade e também o templo (Ed 1.1,2).
Sendo assim, a primeira finalidade do despertamento era a restauração nacional de Israel, porém, a restauração nacional sem a restauração espiritual proporcionaria por fatos cotidianos o regresso dos israelitas a uma vida medíocre. Era necessário então um despertamento espiritual.
O despertamento espiritual conduz o cristão a buscar as coisas de Deus, a andar e viver no Espírito, porém não ser despertado a uma vida espiritual proporciona ao indivíduo o andar no pecado.
Andar no pecado corresponde a viver na sentença da condenação produzida pelo pecado. É ser penalizado pelo pecado. É ser dominado pelo poder do pecado. E é também ser convivente com a presença do pecado. Entretanto, despertado espiritualmente corresponde a ser livre da pena, poder e presença do pecado.
III – DEUS CUMPRE AS PROMESSAS
Há promessas que são individuais, isto é, para o indivíduo; porém, há promessas que são coletivas, ou seja, corresponde com um grupo, podendo ser para com uma nação específica ou até mesmo para com todas as nações.
Para Abraão Deus prometeu um filho, promessa individual, 25 anos após a promessas se cumpriu.
Por intermédio de Jeremias o Senhor prometeu libertar o povo do cativeiro babilônico, promessa coletiva, 70 anos após a promessa se cumpriu.
Logo, o presente tópico tem com finalidade outorgar a compreensão que fiel é quem prometeu (Hb 10.23).
A confissão da nossa esperança é o testemunho da expectativa confiante do crente em relação ao seu futuro. Prometeu, aqui, pode referir-se à promessa de Deus de entrarmos em Seu repouso (Hb 4.1) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.657).
IV – O DESPERTAMENTO TORNA OS HOMENS OBEDIENTES À PALAVRA
Com o regresso os judeus abandonaram as práticas que os conduziram ao cativeiro, assim como foram despertados a cultuarem a Deus. Fato também importante para a compreensão é saber que as orgias babilônicas não influenciaram os filhos da promessa. Pois, os cultos seguiram conforme a ordenança divina.
Por fim, com o profeta Habacuque aprende-se que o avivamento é causa e consequência da Palavra, pois assim ele escreveu: ouvi Senhor a tua palavra e temi. Em suma, na ausência da Palavra não haverá avivamento, mas a Palavra de Deus produz o verdadeiro avivamento.
Referência:
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

sábado, 4 de julho de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical – Edição Especial: Daniel Ora por um Despertamento


Daniel Ora por um Despertamento
A verdade prática permite compreender que O crente dedicado à oração pode exercer influência no céu, na Terra e até contra os poderes malignos. Associando a verdade prática à pessoa de Daniel percebe-se que ele é apresentado na sua própria obra com três características básicas: como homem público, como homem de oração e como profeta.

Como homem público Daniel se destacou pela sabedoria e pelo compromisso às atividades assumidas. Como homem de oração em meio à afronta dos inimigos para silenciá-lo o profeta continuou seu costume de orar a Deus diariamente e por três vezes. Como profeta Daniel entra no cenário como profeta que notificou a Israel a respeito da libertação da nação dos seus inimigos.
Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral: Conscientizar os alunos sobre a necessidade de estudar a Palavra e orar em busca de um despertamento, proveniente de Deus, nesses dias trabalhosos.
E como objetivos específicos:
Apresentar os motivos que levaram Daniel a ser despertado para a oração.
Pontuar a resposta divina às orações de Daniel.
Destacar o resultado de um despertamento proveniente de Deus.
I – DANIEL FOI DESPERTADO PARA ORAR
Possuir uma vida consagrada ao Senhor indica que Daniel se santificava para agradar a Deus. Consagração ou separação para o uso do Senhor. Separado ao ministério profético Daniel permaneceu fiel a Deus até mesmo em período de ameaças contra a sua vida.
Tendo Daniel como modelo o cristão deverá se santificar por três motivos:
Primeiro motivo; há uma necessidade da santidade por que, por meio do pecado original todos pecaram e se distanciaram de Deus.
Segundo motivo; é necessário santificar para servir ao Senhor. Deus é Santo, logo quem serve ao Senhor tem que se santificar a cada dia.
Por fim, o terceiro motivo, descreve que sem santificação ninguém verá o Senhor.
Compreende-se que uma vida santificada outorga ao cristão a capacidade para enfrentar combates em oração, pois a oração proporciona força ao cristão assim como o possibilita a se aproximar do Senhor que é a fonte de toda vitória sobre o mal.
II – A RESPOSTA ÀS ORAÇÕES DE DANIEL
O presente tópico enfatiza que Deus responde as orações a Ele desenvolvidas e conforme o apóstolo Paulo as orações são respondidas por Deus da seguinte maneira: tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos (Ef 3.20).
O apóstolo Paulo utiliza o termo περισσοϛ (perissos) que tem como significado estar a mais, exceder, ultrapassar em número ou em medida, resumidamente pode ser definido em ser mais que o suficiente. Outros termos que podem definir a palavra abundantemente no Novo Testamento são: deixar sobrar, superabundar, abundar ricamente, riqueza de alguém, e ir além de certa medida.
O muito mais abundantemente de Deus é pós-estabelecido ao dia da angústia e é o resultado das orações e dos pensamentos desenvolvidos em Cristo Jesus.
No que corresponde à resposta as orações dos israelitas as conquistas foram:
Todos livres para retornarem a Judá (Ed 1.3).
Permissão para reconstruir o templo.
As despesas para a construção poderiam ser tiradas dos tributos.
E por fim, a devolução dos vasos sagrados (Ed 1.7).
III – O RESULTADO DE UM DESPERTAMENTO PROVENIENTE DE DEUS
O versículo em análise no presente tópico assim está escrito:
No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do SENHOR, pela boca de Jeremias), despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, [...] (Ed 1.1).
Para que se cumprisse a palavra do Senhor, por boca de Jeremias. Jeremias tinha profetizado que o cativeiro babilônico duraria, pelo menos, 70 anos (Jr 25.12-14). Isto de fato ocorreu (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.728).
A grande ênfase que o comentário outorga é que Ciro foi despertado pelo Senhor, ou seja, Deus conduziu o rei a fazer o que estava determinado: proporcionar o regresso dos judeus a Jerusalém.
Referência:
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.