A
Obra Missionária se faz com e por amor
Texto: E,
depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas,
amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo.
Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros.
Tornou a dizer-lhe segunda vez: Simão, filho
de Jonas, amas-me? Disse-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe:
Apascenta as minhas ovelhas.
Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de
Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E
disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe:
Apascenta as minhas ovelhas (Jo 21.15-17).
Porque Deus amou o mundo
de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê
não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16).
A ênfase perceptível no versículo é o amor de
Deus, porém o amor em si é demonstrado por atos, sendo que o ato no presente
texto é a doação do único Filho de Deus. Entrega esta para morrer e outorgar
salvação à humanidade.
Portanto, a obra missionária se desenvolve
com e por amor, sendo Deus o exemplo perfeito para o desenvolvimento da obra
missionária, pois Ele amou o mundo e doou o Seu Único Filho, pois missão se
concretiza e se notabiliza com a doação de amor.
A Obra Missionária e o Amor
de Deus
Deus é amor (1 Jo 4.8). E por amar a
humanidade Deus se fez carne, Deus agiu e age, e por fim, Deus ratifica as suas
promessas.
1. A
Encarnação do Verbo. A encarnação do Verbo descreve que Deus ama
a humanidade, logo Deus se fez presente no meio dos homens. Sobre a doutrina da
encarnação é necessário saber que:
Deu-se a encarnação quando
a Segunda Pessoa da Trindade tomou a nossa forma e substância para executar o
plano redentivo de Deus (Jo 1.12). O processo, que se constitui no maior
mistério das Sagradas Escrituras, em nada lhe alterou a divindade.
Jesus é o verdadeiro homem
e o verdadeiro Deus.
A encarnação constitui-se
no segundo pilar da história sagrada. O primeiro é o êxodo dos filhos de
Israel. Sem este mistério, não poderia haver Evangelho (ANDRADE, p.113).
Ao se tornar homem Jesus compreendeu melhor a
condição humana para exercer a compaixão, do grego metripatheia, isto é,
moderar nas paixões, ser gentil e compassivo.
2. A
Obra de Cristo. As obras de Jesus Cristo descrevem a ação de
Deus que ama a humanidade e atua para com a salvação dos homens. Em especial a
morte de Jesus foi uma morte vicária, isto é, morte substituta. Os homens
estavam condenados em seus delitos, porém Deus por amou estabeleceu o plano de
salvação para todos os que receberem a Jesus como Salvador (At 4.12).
3. A
Ressurreição de Jesus. Jesus ressuscitou ao terceiro dia,
logo, a promessa de Deus se cumpre. A promessa que o missionário deverá se
firmar é em saber que Jesus salva. Pois, a Palavra deverá ser pregada para que
vidas sejam salvas em Jesus.
A Obra Missionária revela o
Amor de Deus
Ágape, amor de Deus. O termo amor do latim,
amorem, corresponde à dedicação afetiva. Philis, amor entre amigos. A amizade
poderá ser exercida entre pessoas de sexos diferentes, entre crianças, entre
parentes e assim por diante. Todavia, por mais que o indivíduo tenha inúmeros
amigos, o amigo de fato se revelará no dia da angústia. O amigo será aquele que
rejeitará as emoções pecaminosas e levará o próximo para mais perto de Deus (Pv
17.17).
Jesus por três vezes perguntou a Pedro se o
ama. O interessante é que na escrita do Novo Testamento em grego nas duas
primeiras vezes Jesus perguntou a Pedro se o amava utilizando o termo amor
divino (ágape) e Pedro respondeu a Jesus que sim, utilizando como resposta o
amor entre amigo (philis). Porém, na terceira vez Jesus perguntou utilizando o
termo amor entre amigos (philis), Pedro chora, pois compreendeu que negou a
Jesus e não demonstrou o amor entre amigos no momento da angústia do Mestre,
porém, mesmo assim em lágrimas respondeu que o amava (philis).
Em suma, a obra missionária acontece com e
por amor. Sendo assim Pomerening diferencia a manifestação do amor de Deus da
manifestação do amor dos homens, da seguinte maneira:
O amor de Deus
manifesta-se terno e compassivo, muito acima do amor humano, que é apenas
responsivo (2017, p. 43).
O amor demonstrado pelo ser humano é
responsivo por indicar a condicionalidade.
Porém, o amor de Deus tem como objetivo a salvação dos pecadores
mediante a propagação do Evangelho do Senhor Jesus, por isso, o amor de Deus é
terno e compassivo.
Referência:
ANDRADE,
Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico,
com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
POMMERENING,
Claiton Ivan. A obra da Salvação, Jesus
Cristo é o caminho a verdade e a vida. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
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