Deus é Fiel

Deus é Fiel

sábado, 11 de julho de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical – Edição Especial: O Despertamento Renova o Altar


Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical – Edição Especial: O Despertamento Renova o Altar
A verdade prática permite compreender que Satanás jamais derrotará o crente cujo altar é constantemente renovado pelo Espírito. Fato corroborado pelo Texto Áureo, em que Elias chama o povo para se aproximar, e em seguida o profeta repara o altar que estava quebrado. A ação do profeta em concertar o altar proporcionou a vitória do profeta de Deus sobre a crença no deus Baal que se perpetuava sobre parte dos israelitas.
Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral: Identificar o que caracteriza o verdadeiro despertamento espiritual.
E como objetivos específicos:
Elucidar aos alunos o significado do altar para o Antigo Pacto.
Entender que Cristo é o centro da nossa comunhão com Deus.
Comprovar que nem todos os despertamentos de hoje têm as características mencionadas de um verdadeiro despertamento.
I – O DESPERTAMENTO CONDUZ O HOMEM AO ALTAR
Para os judeus após o regresso do cativeiro o altar correspondia com a liberdade à naturalidade da adoração, pois o altar descrevia o acesso a Deus por meio do sacrifício. E lembrando que os despertamentos no Antigo Pacto se iniciaram ou se relacionaram com a restauração do altar:
Elias no confronto com os profetas de Baal (1 Rs 18.30).
Ezequias ao assumir o trono de Judá (2 Cr 29.3).
E os judeus ao regressarem do cativeiro (Ed 3.3).
Porém, o contexto histórico Bíblico no que corresponde o termo altar, outorga as seguintes compreensões:
Primeira compreensão: Noé foi o primeiro personagem Bíblico a construir um altar.
Segunda compreensão: os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó também construíram altares (Gn 12.6-8; 13.18; 22.9-13; 26.23-25; 33.18,20; 35.1-7).
Terceira compreensão: o altar utilizado no Tabernáculo e no Templo foi construído por Bezalel e era constituído de madeira de acácia e de cobre (Êx 27.1-8).
Quarta compreensão: Evidentemente, o altar de cobre foi destruído pelo povo da Babilônia, após a queda de Jerusalém (2 Rs 25.14). Antes que o segundo Templo fosse construído, os exilados que haviam retornado reconstruíram o altar no pátio e restabeleceram seu uso adequado (Ed 3.1-6) (DICIONÁRIO BÍBLICO WYCLIFFE, 2018, p. 82).
II – CRISTO, O CENTRO DA NOSSA COMUNHÃO COM DEUS
Jesus é o centro da comunhão entre os cristãos e o Pai. E por ser o centro desta comunhão compreende que Jesus morreu na cruz em uma morte vicária, que proporcionou a reconciliação e redenção eterna para todos os que aceitarem a Cristo como salvador.
Sendo que a morte vicária se caracteriza em ser:
[...] substitutiva, no sentido de alguém que toma o lugar de outro, como bem afirma Isaías: “[...] mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (Is 53.6 – conforme ainda 2 Co 5.21; 1 Pe 2.24; 3.18), portanto, Cristo morreu pelos nossos pecados; Ele, porém, era sem pecado (POMMERENING, 2017, p. 55).
Já o termo presente para definir reconciliação no NT grego é καταλλαγή que resumidamente significa troca ou mudança, isto é, com base na mensagem do Novo Testamento percebe-se que corresponde com a troca de inimizade para amizade. De fato a reconciliação é possível por meio do favor divino.
A reconciliação é uma obra da graça de Deus somente possível como consequência da obra de Cristo. Ela é necessária porque nosso relacionamento com Deus estava rompido, pois o homem pecador não pode ter comunhão com o Deus santo (Is 6.5) (2017, p. 56).
Jesus no calvário exclamou: está consumado. Logo, percebe-se que Jesus disse que estava paga a dívida que limitava os que creem a se aproximarem de Deus. Portanto, a redenção por parte divina se concretizou, cabe agora ao ser humano aproximar-se de Deus, pois a redenção altera o estágio de escravidão do pecado para que o indivíduo viva uma vida liberta de toda obra do pecado, sendo que a redenção é plena, isto é, a redenção é abrangente, os benefícios da redenção abrange a eternidade.
III – CUIDADO COM AS IMITAÇÕES
Um bom exemplo para compreender a necessidade dos cuidados para com as imitações é o episódio que ocorreu com o monarca Davi em que subentende a diferença entre inovar e renovar.
Davi e a inovação. Pela instrução Divina a Moisés, caberia aos levitas à missão de guardar e conduzir a arca do Senhor. Esta de fato era a liturgia cerimonial do conduzir a arca. Porém, Davi como rei de Israel gozando do status adquirido proporcionou mudança no conduzir a arca. Olhando de maneira simplista o conduzir a arca por meio de carro e bois (2 Sm 6.3,6) não afetaria em nada, mas é de fato o nada que provoca catástrofes sociais, naturais, econômicas e até mesmo, espirituais. Ao inovar a liturgia consagrada pelo e ao Senhor os israelitas presentes que somavam trinta mil visualizaram a morte de Uzá (2 Sm 6.8).
Davi e a renovação. O incidente proporcionou na vida do monarca a renovação. Ser avivado é uma questão possível para aqueles que querem. No dia a dia muitas são as catástrofes que servem para despertar e renovar a vida daqueles que estão parados. Após o incidente Davi preocupado faz a seguinte interrogação: Como virá a mim a arca do Senhor? (2 Sm 6.9) ao passar três meses e saber que a casa de Obede tinha sido abençoada Davi faz conforme o querer de Deus, “e sucedeu que, quando os que lavavam a arca do Senhor tinham dado seis passos, sacrificava ele bois e carneiros cevados (2 Sm 6.13).
Portanto, a cada cristão cabe uma determinada função, lembrando que cada função deverá ser conduzida conforme o propósito de Deus. A função de Davi era proporcionar segurança aos levitas no momento em que eles conduzissem a arca e também servir ao Senhor com cântico. Porém, Davi fez o que não cabia a ele, inovar a liturgia consagrada por Deus.
Quando a ação é inovar, percebe-se que não altera um simples estilo de vida, mas a ação proporciona a alteração de uma prática consagrada a Deus.
Referência:
DICIONÁRIO BÍBLICO WYCLIFFE. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
POMMERENING, Claiton Ivan. A obra da Salvação, Jesus Cristo é o caminho a verdade e a vida. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

Nenhum comentário:

Postar um comentário