Jeremias: A oração e o lamento de um profeta
Conforme a Síntese:
Devemos buscar a vontade de
Deus para nossas vidas diariamente, pois a vontade do Senhor é boa, agradável e
perfeita.
No que se refere a Jeremias pode-se afirmar
que:
[...] Essa é a história de
um dos profetas mais longevos de seu tempo.
Chamado por Deus ainda
jovem, Jeremias descreve, com muita simplicidade e beleza, o seu chamado: “E
estendeu o Senhor a mão, toco-me na boca e disse-me o Senhor: Eis que ponho as
minhas palavras na tua boca” (Jr 1.9).
Filho de um sacerdote,
nunca veio a se casar, dedicando-se inteiramente ao ministério profético por
longas quatro décadas (TEDESCO, 2020, p. 67).
A presente lição tem como objetivos:
Refletir acerca da vocação
e a primeira visão de Jeremias.
Sintetizar como se deu o
juízo do Senhor sobre Judá.
Mostrar que a oração de
Jeremias em favor do povo foi em vão.
I – A VOCAÇÃO E A
PRIMEIRA VISÃO DE JEREMIAS
Há três tipos de chamados específicos no
texto Sagrado. O primeiro tipo de chamado corresponde ao chamado para a
salvação. Já o segundo corresponde ao chamado para o serviço. E por fim, o
terceiro tem como tangência a glorificação.
Deus chamou Jeremias para o ministério profético.
O profeta tinha como função básica representar a Deus diante do povo. Logo, o
profeta era o porta-voz de Deus na terra.
Podemos ver em Jeremias
alguém que viveu intensamente o seu chamado, aceitou pagar o preço necessário e
gastou-se diante de tal propósito. Suas palavras tão fiéis às ordens de Deus
são entregues envoltas em personalidade, cumplicidade, sentimento e convicção
de um chamado. Que possamos também nos permitir sermos tocados por tal inspiração (TEDESCO, 2020, p. 69).
Os profetas eram usados por Deus também por
meio de visões, sendo que a primeira visão de Jeremias, a vara de amendoeira,
tem por significado:
[...] No tempo certo, a
resposta do Senhor se fará presente. Assim como a amendoeira anuncia a chegada
da primavera, as profecias de Jeremias anunciavam a proximidade do juízo do
Senhor. A Palavra de Deus iria se cumprir. O profeta era apenas aquele que
anunciaria o juízo, já a obra seria realizada pelo Altíssimo (TEDESCO, 2020, p. 70).
II – A REBELIÃO DO
POVO E A INVASÃO ESTRANGEIRA ANUNCIADA
Em 606 a.C, Nabucodonosor invadiu o
território dos judeus. Iniciando nesta data o cativeiro de Judá. Para melhor
compreensão histórica nota-se que o cativeiro dos judeus ocorreu em três
etapas.
a) a primeira etapa; no ano de 606 a.C, onde
que os tesouros do templo foram levados (2 Cr 36.7) e também a elite de Judá: o
rei Joaquim, os oficiais da corte e entre eles Daniel e seus três amigos (Dn
1.1-7).
b) segunda etapa; no ano de 597 a.C,
Jerusalém foi pela segunda vez invadida pelos babilônicos e desta vez foram
conduzidos 10.000 homens para Babilônia entre eles Ezequiel (2 Re 24.14).
c) terceira etapa; no ano 586 a.C, pela
terceira vez Jerusalém é invadida e desta vez o templo e a cidade são destruídos
ficando na cidade apenas os pobres (2 Re 25.12).
Entretanto, o cativeiro babilônico durou 70
anos, sendo este período de tempo profetizado por Jeremias (Jr 25.12). Em
setenta anos os judeus andaram errantes em meio a um povo idólatra. Porém, Jeremias
ficou em Jerusalém, enquanto o povo foi levado cativo, deste episódio originou
a obra Lamentações de Jeremias, em que o profeta enfatiza as misericórdias do
Senhor como causa da existência dos judeus (Lm 3.22).
III – JEREMIAS, EM
VÃO, INTERCEDE PELO POVO (Jr 14)
Como introdução do presente tópico:
É importante destacarmos o
fato de que o trabalho de Jeremias não foi em vão. Mesmo não havendo
arrependimento, nem restauração, a missão desenvolvida pelo profeta cumpriu
também um importante papel de promover na mente das pessoas uma reflexão a
respeito de um juízo que teria começo, meio e fim, esse seria um processo necessário
para que houvesse o desejo de um concerto com Deus envolvendo profundo
arrependimento e genuína restauração (TEDESCO,
2020, p. 75).
Porém, há muitas orações que não são
atendidas por Deus pelas seguintes verdades:
a) Orações que são feitas com palavras
repetitivas e vazias:
b) Orações que são feitas com corações
ambiciosos: pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o
gastardes em vossos deleites (Tg 4.3).
c) Orações que são feitas com amargura no
coração por alguém: quando estiverdes orando, perdoai se tendes
alguma coisa contra alguém, para que também vosso Pai que está no céu, vos perdoe
as vossas ofensas (Mc 11.25-26).
REFERÊNCIA
TEDESCO,
Marcos. Ensina-nos a orar: exemplos
de pessoas e orações que marcaram as escrituras. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.