Santificação: Comprometidos com a Ética do Espírito
O texto áureo da presente lição tem como
descrição:
Santificação é especialidade
do Espírito Santo; ela é instantânea e ao mesmo tempo progressiva, pois
acompanha o crescimento espiritual do crente.
Sendo que o objetivo geral do estudo é Mostrar o quanto devemos estar comprometidos com a ética do
Espírito. E como objetivos
específicos: apresentar a santificação no Antigo Testamento;
explicar a santificação no Novo Testamento; e, aplicar o exemplo de
santificação à vida dos alunos.
Para Soares:
A santificação
é uma doutrina importante para a vida cristã porque ela surge a partir da
revelação de um Deus que é santo em si mesmo, em essência e natureza, em grau
infinito. Sendo Deus santo, exige santidade de todos nós. É dever nosso
conhecer o verdadeiro significado da palavra “santificação” e seus cognatos
como, “santidade, ser santo, santificação”. O que significa todo esse conjunto
de palavras? São termos de uso comum entre nós, mas há ainda muitos que
confundem santificação com legalismo e práticas exteriores; outros esperam ser
santificados por meios de recursos próprios, esquecendo que se trata de uma
obra da livre graça de Deus (2020, p. 87).
I – A SANTIFICAÇÃO NO ANTIGO
TESTAMENTO
Tendo como base Levítico 19.2:
Fala a toda a congregação dos
filhos de Israel e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus,
sou.
“Santos sereis”, indica que o povo deveria se
santificar a cada momento. A palavra, santo, aparece no livro de Levítico por
mais de cem vezes e quando relacionada ao ser humano a palavra se define por
pureza e por obediência. Assim como era nos dias de Israel enquanto estavam no
deserto, deverá ser nos dias hodiernos, enquanto os cristãos estão na terra.
Os israelitas deveriam se
santificar nas cerimônias, logo a santificação dos cristãos devem ser vista nas
cerimônias (Lv 17). As
cerimônias não podem ser vistas como obrigações sem compromisso. O compromisso
com Deus define o real teor das cerimônias. Porém, assim fazem os que por Deus
são santificados.
Os israelitas deveriam se
santificar no momento da adoração, logo a santificação deverá ser vista no
instante em que os cristãos adoram a Deus (Lv
23-25). Muitos eventos não passam de apresentações tidas como show gospel.
Perdendo a essência cristã e reduzindo a atitude dos vocacionados por Deus. Não
é cabível ao cristão realizar shows, mas fazer da sua vida um altar de adoração
a Deus. Portanto, apenas os que por Deus são santificados não perdem a real
importância da adoração e por Deus são procurados, porque Deus procura os que o
adoram em espírito e em verdade (Jo 4.23).
Por fim, os israelitas
deveriam se santificar principalmente em sua vida diária. Logo, os cristãos
devem se santificar em todos os instantes da sua vida (Lv 18-22). E só será possível pela leitura e
estudo da Palavra de Deus, pela prática da oração e pela presença na igreja.
II – A SANTIFICAÇÃO NO NOVO
TESTAMENTO
No Novo Testamento percebe-se que a
santificação é uma obra da trindade e é uma necessidade a ser suprida pelos
cristãos.
As três pessoas da trindade são apresentadas
pela santidade. Deus (Pai) é santo, e assim como Ele é, cabe
a cada cristão o dever de se santificar (1 Pe 1.16). O Filho é santo (Lc 1.35).
E assim também como o Espírito Santo é apresentado com o atributo da santidade
(Ef 4.30). Logo:
[...] A
salvação em Cristo é acompanhada da santificação, e seu agente ativo é o
Espírito que habita no interior do crente (1 Co 3.16; 2 Tm 1.14).
[...] Assim
Deus disponibilizou três meios para a santificação – o sangue de Jesus (Hb
13.12), o Espírito Santo (2 Ts 2.13) e a Palavra de Deus (Jo 17.17; Ef 5.26) (SOARES,
2020, p. 87).
A santificação por ser uma necessidade indica
o estado em que se encontra o cristão diante de Deus. O cristão no cotidiano executa
meios necessários para o desenvolvimento que o separe do mundo, teologicamente
nomeada de santificação presente. Também conhecida como santificação
progressiva, isto é, aquela que se dá constantemente.
Conforme os Escritos Sagrados à santificação
se dá mediante a fé na obra redentora de Jesus; para lhes
abrir os olhos e convertê-los das trevas para a luz e da potestade de satanás
para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que
são santificados pela fé em mim (At 26.18). Também se dá
mediante a palavra de Deus. Santifica-os na
verdade; a tua palavra é a verdade (Jo 17.17). A santificação
progressiva também se dá mediante uma vida de oração, se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados
e nos purificar de toda injustiça (1 Jo 1.9).
Assim
também como no frequentar a igreja, pois na congregação os santos se reúnem
para louvarem a Deus, buscarem a face de Deus e aprenderem de Deus mediante o
ensino da Escritura Sagrada.
III – A SANTIDADE APLICADA
AO CRENTE
Sobra a definição de ética, duas concepções
são bem descritivas: a primeira, descrição de cunho teológico; e a segunda, descrição
de cunho filosófico.
Portanto, a ética pode ser definida em:
Estudo
sistemático dos deveres e obrigações do indivíduo, da sociedade e do governo.
Seu objetivo: estabelecer o que é certo e o que errado. Ela tem como fonte a
consciência, o direito natural, a tradição e as legislações escritas; mas,
acima de tudo, o que Deus estabeleceu em Sua Palavra – a Ética das éticas (ANDRADE, p.121).
O destaque da primeira descrição está quando
o autor descreve a relação da origem da ética em ser superior a todos os demais
conceitos éticos desenvolvidos e vivenciados.
Ética é o
conjunto de valores e princípios que usamos para responder a três grandes
questões da vida: 1. quero? 2. devo? e 3. posso? Nem tudo que eu quero eu
posso; nem tudo que eu posso eu devo; e nem tudo que eu devo eu quero. Você tem
paz de espírito quando aquilo que você quer é ao mesmo tempo o que você pode e
o que você deve (CORTELLA, 2014).
Por fim, a ética cristã é a ação do cristão
em obedecer a Deus mediante os princípios da ética Bíblica que se resume nas
palavras imutável e universal. A base da ética vivenciada pelo cristão é a
Bíblia que não altera a sua mensagem e visualiza universalizar as práticas que
agradam a Deus.
REFERÊNCIA:
ANDRADE,
Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico,
com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
CORTELLA,
Mário Sérgio e BARROS FILHO, Clovis de. Ética
e Vergonha na Cara. São Paulo: Editora Papirus, 2014.
SOARES,
Ezequias. O Verdadeiro Pentecostalismo:
A atualidade da Doutrina Bíblica sobre a atuação do Espírito Santo. Rio de
Janeiro: CPAD, 2020.
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