Deus é Fiel

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quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – Abraão, a vida de oração de um homem de fé

 Abraão, a vida de oração de um homem de fé

Conforme a Síntese:

A vida de Abraão nos traz grandes ensinamentos sobre a oração como um estilo de vida.

Pois, Abraão é conhecido por todos nós como o pai da fé e tornou-se uma referência a todos os que creem (Rm 4.11). Através da vida desse patriarca, Deus nos ensina grandes lições a respeito da fé, da confiança, da submissão e da disponibilidade de se deixar conduzir pela direção divina nos mais variados momentos (TEDESCO, 2020, p. 19).

A presente lição tem como objetivos:

Compreender o conceito bíblico de paciência e longanimidade.

Mostrar que Abraão foi um intercessor em favor de Sodoma e Gomorra.

Saber que a oração nos protege de nos enganar a respeito da vontade de Deus.

I – A ORAÇÃO NOS TORNA PACIENTES, LONGÂNIMES

A palavra paciência no grego μακροθυμέω e significa longanimidade, perseverança e firmeza.

Longanimidade define o indivíduo que tem como qualidade grandeza de ânimo, indivíduo corajoso em meio às adversidades e que age em favor de alguém, termo também relacionado com o ato de ser bondoso ou generoso. Perseverança define o indivíduo persistente que tem constância nas suas ações e não desiste diante das dificuldades. Firmeza é o termo apropriado para caracterizar o indivíduo que não duvida dos princípios aprendidos e os colocam em prática.

O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se (2 Pe 3.9).

Deus não deixou de cumprir nenhuma das suas promessas. Na verdade, o ritmo pausado que Ele adotou é motivado pela paciência. Deus está esperando para estender a oportunidade aos seres humanos, para que se arrependam (RICHARDES, 2008, p. 528).

A paciência deverá ser uma das virtudes que caracteriza o cristão em meio às tribulações da vida, pois em Cristo deverá ser lançada toda ansiedade, Ele tem cuidado da sua Igreja (1 Pe 5.7).

II – ABRAÃO INTERCEDE EM FAVOR DOS MORADORES DE SODOMA E GOMORRA (Gn 18.23-33)

O presente tópico introduz com a descrição que não há dificuldade para o cristão orar por pessoas justas, porém tem como objetivo apresentar a ação de Abraão que intercede por pessoas perversas, isto é, uma lição para os cristãos da modernidade que devem agir em oração em prol de todos os homens, sendo estes justos ou injustos.

Lembrando que Sodoma e Gomorra são cidades que tem como descrição o pecado, como bem relata Tedesco:

Muitos eram os pecados cometidos pelos habitantes dessas cidades. A Bíblia menciona alguma dessas graves ofensas à santidade divina: violência e imoralidade sexual (Jd 7), o orgulho acerca de seus pecados (Is 3.9) e a insensibilidade para com os que sofrem e o desprezo pelos necessitados (Ez 16.49-50).

Abraão preocupava-se com Ló e sua família. Os laços de parentesco e o passado em comum falavam alto. Abraão, ao saber do iminente juízo que cairia sobre as cidades, intercedeu a Deus para que a destruição não acontecesse. O coração de Abraão sofria por conta de seu sobrinho e, nesse sentido, intercedeu com fé. Deus, de uma forma diferente da pensada pelo patriarca, poupou a vida de Ló e suas filhas. O Pai salvou os justos, mas não poupou os ímpios. O juízo divino, no tempo certo, sempre se cumpre (TEDESCO, 2020, p. 24, 25).

Em suma, a oração intercessora é identificada e notabilizada como fruto do amor em que Deus desperta no coração do cristão (TEDESCO, 2020).

III – A ORAÇÃO NOS PROTEGE DE NOS ENGANAR A RESPEITO DA VONTADE DE DEUS

Conforme o apóstolo Paulo a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável (Rm 12. 2). Porém, para alcançar esta bem-aventurança é necessário que o crente tenha intimidade com Deus em oração, pois por meio da oração o cristão compreenderá a vontade do Senhor.

Lembrando que: em qualquer circunstancia a vontade do Senhor sempre será boa.

No que tange em ser a vontade do Senhor agradável compreende-se que ela gera bem-estar.

Por fim, a vontade do Senhor é perfeita, ou seja, a vontade de Deus para com os homens não apresenta erros.

Sobre Romanos 12.2 e 3 Gonçalves faz a seguinte narrativa que agrega valores importantes para a compreensão do tópico em apreço:

[...] Há uma natureza adâmica que guerreia conta a nova vida. Essa natureza é estimulada pela cultura mundana que também está afastada de Deus. O crente, portanto, vive em um mundo que lhe é hostil. Seus inimigos são o Diabo, a carne e o mundo. O que fazer então para não se deixar subjugar diante dessa cultura caída? [...]

Uma mente transformada e renovada está pronta para a adoração verdadeira. Não há dúvida de que a pobreza de nossa adoração é um reflexo das mentes velhas que participam do culto. Somente uma mente renovada experimenta a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (2016, p. 107).

REFERÊNCIA

GONÇALVES, José. Maravilhosa Graça: o evangelho de Jesus Cristo revelado na Carta aos Romanos. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.

RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

TEDESCO, Marcos. Ensina-nos a orar: exemplos de pessoas e orações que marcaram as escrituras. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

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