Daniel: Um estadista que orava
Conforme a Síntese:
Daniel é um grande exemplo
para todos os cristãos. Veremos o quanto a oração e a fidelidade a Deus
permitiram que o profeta vencesse grandes desafios e chegasse a ser um grande
estadista. No que se refere a Daniel e sua vida de
oração pode-se afirmar que:
[...] No entanto, atenção
de forma singular: sua vida de oração. Em cada momento de sua trajetória estava
a prática da oração em que, em um diálogo com Deus, a vida era direcionada em
uma dinâmica que glorificava a soberania divina e evidenciava um
comprometimento com a santificação, adoração e esperança no Senhor (TEDESCO,
2020, p. 79).
A presente lição tem como objetivos:
Entender o propósito da
educação de Daniel e seus amigos na corte babilônica.
Evidenciar a necessidade da
oração em tempos difíceis.
Destacar a oração como o
grande segredo das vitórias de Daniel e as revelações do Senhor a ele.
I – A EDUCAÇÃO DE
DANIEL E DE SEUS AMIGOS NA CORTE BABILÔNICA (Dn 1)
Daniel foi conduzido à Babilônia com os
primeiros judeus que foram levados cativos no ano 606 a.C. A explicação exata
para compreender um pouco a respeito deste profeta encontra-se em Daniel 1.3,4
que é apresentado com as seguintes características:
Era Daniel da linhagem real e
nobre.
Jovem em que não havia defeito
físico e formoso de aparência.
Instruído em ciência e
sabedoria.
E possuía habilidades
específicas para viver em palácio.
Tanto Daniel como os seus amigos se
apresentaram com integridade mediante os princípios recebidos do Senhor. Os judeus
foram levados cativos por serem desobedientes a Deus. Porém, mesmo convivendo
com um povo desobediente estes quatro jovens se mantiveram fiéis ao Senhor. Na
Babilônia também foram testados, pois eles poderiam usufruir de todas as
ilusões outorgadas por um povo pecaminoso, entretanto, eles se posicionaram em
não se contaminar. E tendo como foco a alteração da identidade cultural dos
povos vencidos, era prática por parte dos babilônicos a alteração dos nomes dos
conquistados. Mesmo assim Daniel e seus amigos se mantiveram em comum acordo
com Deus.
Logo, o indivíduo não poderá justificar a
prática de erros cometidos tendo como aparato a corrupção desenvolvida por outros.
Daniel vivia em meio a um povo corrupto, porém, mesmo assim não se corrompeu, ao
contrário foi íntegro a Deus em toda sua maneira de viver. A integridade está
diretamente associada com as faculdades da alma, que são: emoção, conhecimento
e vontade.
II – A ORAÇÃO EM TEMPOS
DIFÍCEIS
Uma das inúmeras lições que Daniel outorga
aos crentes do presente século corresponde com a disciplina da oração. Daniel
orava com e sem decreto que proibisse a prática da oração. Pois, a oração não
era uma obrigação para o profeta, mas um privilégio de estar diante do Senhor
em adoração.
A palavra integridade terá como significado
na vida de Daniel, solidez, isto é, todo o ser de Daniel estava envolvido com a
pessoa de Deus. Logo, os inimigos do profeta conseguiram a aprovação de uma lei
para limitar o agir de Daniel ou até mesmo a condenação à morte. Caso Daniel
temesse a lei aprovada ele não oraria por um período de trinta dias, se caso
continuasse a orar, seria condenado à morte.
Com Daniel se aprende que é possível ser
íntegro em meio à corrupção, e pessoas íntegras não se esconde, pois, suas
vidas são transparentes.
III – A ORAÇÃO E AS
REVELAÇÕES DO SENHOR (Dn 9)
Antes do cativeiro babilônico Deus usou o
profeta Jeremias para escrever as seguintes palavras: certamente
que, passados setenta anos na Babilônia, vos visitarei e cumprirei sobre vós a
minha boa palavra, tornando-vos a trazer a este lugar. Estas
palavras despertaram o profeta Daniel a interceder pelo povo de Israel. O
pedido do profeta era a restauração do reino israelita. E o reino de Israel se
restabeleceu.
A oração de Daniel se destaca ainda em dois
pontos. No primeiro, pelo reconhecimento da culpa da nação israelita por ter
pecado contra Deus e no segundo por reconhecer a justiça de Deus.
Portanto, no que se refere às orações que
Deus ouve entende-se que há alguns motivos específicos que são:
a) Orações que são feitas segundo a vontade
de Deus: E esta é a confiança que temos nele, que se
pedirmos alguma coisa segundo a Sua vontade, Ele nos ouve (1 Jo
5.14).
b) Orações que são feitas em nome de Jesus: E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o
Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a
farei (Jo 14.13,14).
c) Quando vivemos em plena comunhão com Deus
e com sua palavra: Se vós permanecerdes em mim, e as minhas
palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será feito
(Jo 15.7).
Por fim, é visível que contrário a Salomão o
profeta Daniel na sua velhice não se distanciou de Deus e nem sentiu se
ameaçado ao ponto de parar suas atividades espirituais. Por isso, mesmo sendo
um homem idoso, o profeta Daniel permaneceu no que tinha aprendido e ensinado
no longo dos seus dias de juventude.
REFERÊNCIA
TEDESCO,
Marcos. Ensina-nos a orar: exemplos
de pessoas e orações que marcaram as escrituras. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
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