Deus é Fiel

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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – Habacuque: A intercessão de um homem cheio de esperança

 Habacuque: A intercessão de um homem cheio de esperança

Conforme a Síntese:

A intercessão é uma prática preciosa aos filhos de Deus. Aprendemos com Habacuque o valor do ato de interceder pelos justos e como ele descobriu o valor da fé e o segredo da esperança.

Tendo como base Habacuque 1.2: Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não salvarás? Conclui-se que:

 [...] A partir de uma primeira interpretação, somos levados a imaginar o quão desesperançado estava o profeta. Mas, quando nos debruçamos com mais atenção nas letras escritas pelo profeta, podemos perceber quão profundo é esse livro ao revelar uma série de diálogos entre um simples homem e o Deus poderoso, santo, justo e misericordioso (TEDESCO, 2020, p. 91).

A presente lição tem como objetivos:

Comparar a iniquidade em Judá e na contemporaneidade.

Contemplar o cuidado de Deus para com os justos.

Conhecer o que é intercessão.

I – A INIQUIDADE DE JUDÁ

O profeta Habacuque profetizou no período auge do império babilônico. O império babilônico na sua humilde origem pertenceu ao império Assírio, porém no ano 622 a.C., Nabopolassar pai de Nabucodonozor foi proclamado rei em Babilônia. Com este passo iniciava se uma nova dinastia na mesopotâmia. Nos dias de Nabucodonozor houve a reconstrução da babilônia que tinha sido destruída por Senaqueribe rei da Assíria.

É neste período de auge babilônico que Deus levanta o profeta Habacuque. Deus consolou a Judá ao falar por intermédio de Naum sobre a destruição de Nínive, porém Habacuque questiona a Deus sobre a ação cruel dos babilônicos aos judeus.

Segundo alguns estudiosos o profeta Habacuque pertencia à família sacerdotal e provavelmente era um profeta bem aceito pela sociedade.

Assim como Naum o profeta Habacuque transmite o peso de Deus aos judeus (Hc 1.5-11) e aos babilônicos (Hc 1. 12-2.1).

Contextualizando o processo de iniquidade do passado (dias do profeta) com a atualidade compreende-se que:

A iniquidade tem se multiplicado de forma assombrosa e as consequências geradas a partir de tal situação assumiram proporções incontroláveis. O atual quadro de iniquidade nos impressiona: a destruição da família e a condenação do padrão de vida santificada; a violência urbana tem revelado uma crueldade impressionante; a corrupção atingiu, nos últimos anos, índices jamais vistos na história da humanidade; as multidões (de todas as ideias) que moram nas ruas mendigando e sendo desamparadas ampliam-se a cada dia; a fome tem atingido uma parcela cada vez maior da população; a prostituição e outras formas veladas de mercantilização dos corpos, levando à objetificação dos seres humanos; a justiça, que não é mais a favor do justo, mas é destruída por leis frouxas e interpretações compradas; as doenças da alma, levando um número crescimento de pessoas ao suicídio, mutilação e crises de muitas outras realidades aqui não mencionadas (TEDESCO, 2020, p. 93).

II – O CASTIGO DE JUDÁ

Resultados são provenientes de escolhas. A bênção, assim como a maldição está relacionada com as decisões de cada indivíduo. Logo, o castigo sobre Judá estava associado com as escolhas, pois a nação optou em desobedecer ao Senhor. Em contrapartida Deus não é indiferente ao pecado e nem à injustiça, sendo assim, no tempo determinado o juízo sobreviria sobre Judá.

Porém, o justo deverá viver da fé. O que o profeta queria transmitir era no que correspondia ao piorar da situação. Mas, o justo estaria interligado em esperança mediante a fé. Há uma tendência em piorar a situação, porém cada cristão deverá se fortalecer nas promessas do Senhor. Esperança no Senhor está diretamente associada com a prática cotidiana de quem ama a Deus e compreende que o Senhor está no controle de todas as coisas.

E para que haja uma ação extraordinária por parte da igreja, a fé como dom é a capacidade outorgada pelo Espírito Santo ao cristão para que coisas sobrenaturais ocorram. A fé como dom sobrenatural ultrapassa a esfera natural das coisas. A fé em si é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem. Logo, a fé é o firme fundamento da esperança e a certeza do cristão.

A fé como dom não corresponde com a fé natural, pois a fé natural é o resultado das observações da natureza. A fé como dom não corresponde com a fé salvífica, pois a fé salvífica é o resultado da pregação do Evangelho. A fé como dom não corresponde com a fé como fruto do espírito, pois a fé como fruto do Espírito está relacionada com a fidelidade.

Ser fiel a alguém corresponde a estar bem consigo e faz com que o indivíduo compreenda o valor e os efeitos da fidelidade. A ausência da fidelidade no mundo estar associada com a multiplicação da iniquidade, porém, quando a fidelidade se manifesta não há lugar para insegurança.

III – A ORAÇÃO DE HABACUQUE

Ouvi, Senhor a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia (Hc 3.2).

Avivamento significa trazer de volta à vida. Porém, o avivamento só é possível aos vivos, pois um pecador não pode ser avivado. Quando alguém é avivado isto indica que ele está vivo, está despertado, é um ser animado e é um indivíduo estimulado.

Portanto, avivamento corresponde com o ato da conversão e com o ato da santificação. A conversão é o momento em que o homem é tirado do mundo, enquanto que a santificação é a retirada do mundo do coração do homem.

A oração é a dinamização do avivamento. Nos dias hodiernos muitos são os focos de avivamento espalhado pelo mundo, porém poucos são os focos que se espalham para o mundo. A dinamização assim como a propagação do avivamento é possibilitada pela oração.

Entretanto, a oração proporciona avivamento, porém é fundamental entender que há orações que Deus não aceita, tais como: a oração daqueles que não dão ouvidos ao Senhor (Pv 1.24-31), a oração dos ímpios (Pv 15.29) e a oração realizada por pecadores (Jo 9.31).

REFERÊNCIA

TEDESCO, Marcos. Ensina-nos a orar: exemplos de pessoas e orações que marcaram as escrituras. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

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