QUANDO SE VAI A GLÓRIA DE DEUS
A presente lição tem como verdade prática:
Deus abandona o Templo e
retira a sua glória por causa das abominações do povo.
O pecado é o responsável direto que conduz o
ser humano a perder a glória de Deus. A glória de Deus corresponde inicialmente
com o entendimento da presença do Senhor sentida e compreendida pelo o servo de
Deus. Portanto, a principal consequência sofrida pelos israelitas por causa de
suas abominações foi a perca da presença do Senhor.
A lição em apreço tem como objetivos
específicos: Conceituar a glória de Deus; Explicar a
retirada da glória de Deus; e, Relacionar o segundo Templo com a glória de
Deus.
I – SOBRE A GLÓRIA
DE DEUS
O primeiro tópico trás como pontos de contato
o significado da glória, assim como a manifestação de Deus no meio do povo.
Sobre os significados destacam os seguintes termos:
Kavod, significa peso.
Doxa, significa glória, resplendor, poder,
honra, reputação.
Time, significa valor ou honra.
Sobre a glória de Deus o pastor Claudionor de
Andrade define com as seguintes palavras:
Manifestação do esplendor
da presença de Deus. A glória divina fez-se presente nos momentos importantes
da história da salvação. Sua função básica foi referendar os pactos que o
Senhor ia estabelecendo com o seu povo. Foi o que se deu, por exemplo, quando
Israel recebeu as tábuas da Lei. (1997,
p. 140)
Porém, no Antigo Testamento a glória de Deus
era compreendida pelas manifestações do Senhor, tanto em pessoas como em espaços
específicos, exemplo claro, o dia da inauguração do templo.
II – SOBRE A
RETIRADA DA GLÓRIA DE DEUS
A retirada não ocorreu de forma rápida, mas
de forma progressiva. Primeiramente por definir que o ser humano quando perde a
presença do Senhor, não a deixa de forma veloz, mas de forma em que o pecado de
pouco a pouco vai tomando conta de seus atos, palavras e principalmente dos
pensamentos.
Por causa das abominações os israelitas
perderam a glória do Senhor. A pior de todas as consequências é perca da presença
do Senhor. Logo, cabe aos cristãos se santificarem diante do Senhor, pois por
meio da consagração o crente é fortalecido e conduzido a está diante da
presença do Senhor.
Os querubins estão presentes na visão de
Ezequiel, pois os querubins tem como missão guardarem a presença do Senhor. O
termo querubim do hebraico, qeruvim, tem por significado bendizer, louvar,
adorar. Os anjos que compõe esta categoria estão associados com a santidade de
Deus e a adoração a Deus.
III – SOBRE O
SEGUNDO TEMPLO
Sobre o segundo templo Silva relata que:
No período pós-exílio as
mensagens proféticas estavam voltadas à construção do templo. O sucesso da
construção do templo de Zorobabel teve como personagens importantes os profetas
Ageu e Zacarias. O profeta Ageu tanto no exercício do seu ministério como na
sua obra enfatizou a construção o templo. O livro de Ageu se divide em quatro
partes: primeira (capítulo 1), exortação a reconstruir o templo; segunda (Ag
2.1-9), profecias acerca do novo templo; terceira (Ag 2.10-19), admoestação
dirigida aos sacerdotes a respeito da impureza do povo e das ofertas e quarta (Ag
2.20-23), profecia a respeito da escolha de Zorobabel. No pós-exílio a mensagem principal no período
da restauração centra na reconstrução do templo. (REVISTA MANANCIAL, ANO 9, EDIÇÃO 28, p. 42)
Portanto, o templo era lugar de perdão, de
restituição, de renovo ou resumidamente de quebrantamento por sentir a presença
do Senhor.
IV – SOBRE O
SENHOR JESUS E O TEMPLO
A glória do segundo templo foi maior do que a
do primeiro. Não por se tratar de exuberância por meio das riquezas desta
terra, mas por se trata da presença do Unigênito que foi levado ao templo,
assim como ministrou no templo.
Porém, na atualidade o crente deverá
compreender que o mesmo é o templo do Espírito Santo de Deus. Ou seja, o crente
é a habitação do Senhor e o Senhor habita no crente.
Com a vinda de Jesus ao
mundo, o templo tornou-se redundante (Jo 1.14). Quando Jesus no alto da cruz
com grande voz entregou o espírito, “o véu do templo se rasgou em dois, de alto
a baixo” (Mt 27.51). Estava definitivamente concluída a missão do templo. Desde
então, é em Jesus que temos a redenção e o perdão de nossos pecados. Não existe
mais o templo de Jerusalém, mas Deus habita no cristão individualmente (Jo
14.23; 1Co 6.19). (SOARES; SOARES,
2022, p. 60)
Se o templo na Antiga Aliança definia a
redenção e perdão dos pecados. Na Nova Aliança quem define a restauração
espiritual do crente é o Senhor Jesus, sendo que o Espírito Santo habita na
vida de quem é transformado pelo Espírito Santo de Deus.
Referencias:
ANDRADE,
Claudionor Corrêa de. Dicionário teológico:
com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
SILVA,
Andreson Corte Ferreira da. Cronologia
bíblica. Revista manancial, Ano 9, ed 28.
SOARES,
Esequias; SOARES, Daniele. A justiça
divina: a preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel.
Rio de Janeiro: CPAD, 2022.
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