O RELACIONAMENTO ENTRE NORA E
SOGRA
A verdade prática apresenta o seguinte
enunciado: A fé exalta o amor familiar e, mais
especificamente, o respeito e a honra entre nora e sogra, bem como genro e
sogro. Da qual compreende que a
fé proporciona a atuação no amor no recinto familiar.
A presente lição tem como objetivos:
Apresentar o contexto de
crise socioeconômica na Judeia, somando ao drama familiar causado pelo luto de
Noemi e Rute;
Identificar que a união de
fé entre nora e sogra foram cruciais para a superação das adversidades
inerentes à vida;
Refletir sobre como, ao
honrar sua sogra, Rute gerou bons frutos para toda a família, repercutindo até
mesmo na linhagem do Messias;
E, Enfatizar as bênçãos de
Deus a partir do relacionamento entre nora e sogra.
Cabral salienta que:
A história de Rute é uma
história que refenda o trabalho, a fé e a persistência como elementos de
realização pessoal e vitória espiritual.
A história de Noemi e Rute
exalta o amor familiar e o respeito que se deve ter para com nossos pais e
sogros. (2023, p. 79)
A CRISE
ECONÔMICA NA TERRA DA JUDEIA
Noemi é o centro do primeiro tópico, pois por
habitar em Belém, cidade de pão, juntamente com sua família ela migrou para os
campos de Moabe (Rt 1.1). Em Moabe o patriarca da família, Elimeleque, faleceu,
porém os dois filhos de Noemi casaram com moabitas, mas no decorrer dos anos ambos
os filhos também faleceram.
Da crise ocasionada pela escassez Noemi
sofreu também a crise familiar consumada pela perca de seus membros. Portanto,
as duas crises vivenciadas por Noemi no presente tópico correspondem com a
crise circunstancial, isto é:
A crise circunstancial
ocorre numa situação de impacto na vida do ser humano. São pouco previsíveis e
afetam-nos fortemente, deixando-nos muitas vezes inseguros e sem saber o que
fazer.
Por exemplo:
a) Uma perda significativa
– morte de um parente próximo ou amigo, a perda do emprego, etc.
b) Uma desilusão –
rompimento de namoro, separação, divórcio, infidelidade conjugal, doença, etc.
c) Um fracasso – queda
espiritual, frustração, insucesso, etc. (LOPES,
2017, p. 146)
Por faltar alimento na terra do pão, Elimeque
juntamente com a família migraram para as terras de Moabe. Em palavras nítidas,
Elimeque sofreu um impacto na vida no que se refere a um fracasso. Porém, para
Noemi a angústia foi mais ampla, pois além de passar por um fracasso, também
teve perdas significativas que foram as mortes do esposo e dos filhos. No
entanto, as crises citadas correspondem a crise circunstancial.
SUPERANDO AS
CRISES EXISTENCIAIS
O presente tópico apresenta Noemi e Rute como
centro da unidade em meio a uma crise. Unidade firmada no ato de Rute
corresponder com amor e fé, no simples mais decisivo mover, está ao lado da
sogra, o que permite a Rute o pleno conhecimento de Deus.
Porém, o tópico apresenta Noemi em mais uma
crise, a conhecida crise existencial.
A crise existencial está diretamente
relacionada com a existência do indivíduo. Possivelmente, é a pior crise que o
ser humano pode enfrentar. O agente casual das crises de desenvolvimento e
circunstancial está na soma das modificações internas e ambientais do
indivíduo, que se combinam, conduzindo-o a uma crise.
Porém, a crise existencial
– angústia existencial – é algo puramente espiritual, que está relacionada
basicamente com a consciência de “estar-no-mundo”, de “existir no tempo”, de
“ser-para-a-morte”, algo exclusivo do ser humano. (LOPES, 2017, p. 148)
O auge da angústia, ou seja, a demonstração
de crise existencial é demonstrada por Noemi quando ela expressa as seguintes
palavras: a mão do Senhor se descarregou contra mim (Rt 1.13).
FÉ E TRABALHO
NUMA NOVA PERSPECTIVA
O retorno de Noemi para Belém, terra do pão,
mesmo que ao sair foram quatro pessoas. O retorno corresponde apenas com a
presença de duas pessoas. Noemi a única das quatro pessoas que saíram, porém
agora a presença de Rute uma novata na vida de Noemi e também uma ilustre na
genealogia do Messias.
O regresso para Belém representa o fim da
humilhação e da tristeza com o início de uma nova etapa da história com
alegria.
O primeiro fator que define a presença da
alegria corresponde com a esperança possível em Belém, período da colheita das
cevadas (Rt 1.22). A cevada era típica alimentação dos pobres, enquanto os
ricos tinha por preferência o pão do trigo. Mas, o importante é que havia pão na
cidade do pão. A esperança estava de volta para o estabelecimento da alegria.
Rute deu uma demonstração
de carinho e amor por Noemi que a fez entender que ainda havia esperança. Elas haviam
chegado a Belém “no princípio da sega das cevadas” (Rt 1.22), ou seja, quando a
colheita de cevada estava começando. (CABRAL, 2023, p. 79)
O segundo fator para a definição da presença
da alegria se manifesta com a atitude de Rute em trabalhar em prol do sustento
da sogra. O trabalho realizado por Rute se caracteriza por se firmar no amor e
na fé.
RUTE ENCONTRA
O REMIDOR DA FAMÍLIA
O remidor permitia dois ganhos para com os
que necessitavam de remissão. Primeiro ganho: a herança não saia do domínio da
família; e, segundo ganho: a viúva não ficaria desamparada.
Logo, compreende-se que com Cristo todos os
que são salvos não perderão a herança de viver a eternidade e em nenhuma
circunstancia ficarão desemparados, pois em Jesus o passado de pecado foi
perdoado, o presente é santificado e o futuro será de glória em glória.
Referências
CABRAL,
Elienai. Relacionamentos em família:
superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro:
CPAD, 2023.
LOPES, Jamiel de Oliveira. Psicologia pastoral: a ciência do conhecimento humano como aliada
ministerial. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.