Texto: E, servindo eles ao Senhor e jejuando,
disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os
tenho chamado. Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os
despediram. At 13.2,3.
O avivamento através do jejum é dinâmico,
pois o jejum é valioso e eficaz recurso espiritual para combatermos contra as
hostes espirituais nos lugares celestiais, tornando assim, uma autêntica e
poderosa arma (II Co 10.4). O jejum foi praticado por homens que obedeceram em
todo o tempo ao Senhor Jeová. De fato eram homens falhos e limitados que descobriram
o valor e o poder do autêntico jejum, pois tal prática nos aproxima mais e mais
de Deus, revelando a nós seres humanos limitados, um Deus Todo Poderoso.
Entretanto, o jejum não tem como finalidade
engrandecer ao homem, mas quando praticado conforme aos padrões bíblicos tem
como alvo agradar a Deus.
I – Jesus e o jejum.
1- Conceito de jejum. Jejum significa
abster – se de alimento por determinado tempo. A abstinência poderá ser total
ou parcial. O jejum tem como objetivo aprimorar o exercício da oração e da
meditação e como alvo primordial aproximar o cristão de Deus.
a) Tipos de Jejum. O jejum poderá ser parcial
quando compreende apenas a abstinência de determinados alimentos. Também poderá
ser total quando o individuo abstém de todo tipo de alimento com exceção de
água. E por fim um terceiro tipo de jejum é o absoluto quando a abstinência compreende
a todo tipo de alimento e também com a ausência do consumo de água.
b) Jejum no Antigo Testamento. A pratica do jejum
no Antigo Testamento é descrita com as seguintes razões: como expressão de arrependimento
(I Sm 7.6), como desejo de vida (II Sm 12.16), como precedente a uma ação (Et
4.16), como meio a benevolência e proteção Divina (Ed 8. 21-23) e como fortalecimento
do espírito em meio aos desejos egoístas da alma (Sl 69.10).
c) Jejum no Novo Testamento. A prática do jejum
no Novo Testamento é descrita com as seguintes razões: como forma de submissão
e adoração ao Senhor (At 12.2), como forma de escolher e enviar missionários
(At 12.3) e como consagração ao Senhor tanto no orar por pessoas (Mt 17.21),
assim como no implantar igrejas (At 14.23).
2- O jejum de Jesus. Jesus foi conduzido pelo
Espírito Santo ao deserto e lá o mestre jejuou quarenta dias e quarenta noites,
depois teve fome (Mt 4.1,2). O termo teve fome indica que o jejum de Jesus foi
total com o consumo de água, pois quarenta dias e quarentas noites sem consumir
liquido o corpo não aguentaria e Jesus como homem não poderia lançar mão de
nenhum meio que não estivesse à disposição do cristão cheio do Espírito Santo.
3- O ensino de Jesus sobre o jejum. Jesus
reprovou a atitude dos fariseus que tinham como objetivo a aprovação e admiração
dos homens. Nos ensinos de Cristo o jejum é fruto da alegria (Mt 6.16), o jejum
requer dedicação, pois é feito para glória de Deus (Mt 6.17) e não é ato de
penitência (Mt 6.18).
II – Porque e como praticar o jejum.
1- Porque praticar o jejum. A pratica do jejum
deverá ser desenvolvida pelas seguintes razões:
a) Meio de consagração. Consagrar é
separar para o uso exclusivo de Deus. O jejum é parte do culto racional (Rm
12.1). O jejum é impulsionado pela oração. A oração quando feita antes de fazer
algo é dependência de Deus, orar depois de fazer algo é gratidão a Deus e orar
sempre é manter a comunhão com Deus. Manter a comunhão com Deus através da
oração é ser motivado a jejuar constantemente.
b) Meio de fortalecimento. Quando o
individuo esquece a Divindade e a santidade, logo terá como fator primordial e
condutor o egoísmo. O jejum em uma das finalidades tem como propósito humilhar
o cristão diante do Senhor, com isto o cristão estará vencendo a fortaleza
interior “o eu”. Por outro lado há casta de demônios que se expulsa com oração
e jejum (Mt 17.21).
c) Meio medicinal. O jejum desintoxica o
organismo, eliminando os excessos de reservas energéticas que estão acumuladas
nas gorduras localizadas, tornando o corpo mais ágil e menos sujeitos às
fadigas e previne contra certos tipos de doenças. Por isso, que o jejum não
poderá ultrapassar a três dias, pois a ausência da água aumentará a
possibilidade de intoxicação do corpo.
2- Como se pratica o jejum. O jejum deverá ser
praticado de maneira livre e consciente. Os iniciantes deverão jejuar de
maneira cautelosa, pois o que seria um bem espiritual poderá transformar em mal
físico e também em um mal espiritual. O cristão ao tomar a decisão de jejuar
deverá entender e compreender o seu estado físico, pois quando o jejum é
praticado de maneira correta não afeta em nada a saúde da pessoa.
O jejum poderá ser realizado em grupo ou
individualmente. Quando o jejum é realizado em grupo fortalece a união da
igreja, pois a pratica do jejum é o maior motivador do crescimento da igreja. Atrai
o povo e une a igreja.
Portanto, o jejum proporcionará crescimento do individuo assim como o
crescimento do grupo. Mas, para que isto ocorra será necessário que o individuo
não pratique transgressão ao Senhor. Pois, a prática do jejum é importante para
a vida espiritual como para a vida física, mas se não estiver acompanhado dos
frutos da justiça e do amor para o próximo será reprovado pelo Senhor. Em fim,
o jejum não nos torna mais santos do que os demais, mas nos aproxima da
grandeza de Deus.
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