Nos últimos anos a sociedade tem presenciado
algumas crises. Crise pode ser definida como uma fase de perca. As crises
abrangem os campos: espiritual, físico, emocional, financeiro e ministerial.
Anterior ao ministério de Samuel, isto é, nos
últimos anos da administração de Eli, houve uma crise espiritual em Israel,
momento este em que a Arca da aliança foi tomada (1 Sm 4.11). Não há indicador
maior do que este de uma crise; a ausência da presença do Senhor, por isso,
Davi assim orou: “não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu
Espírito Santo” (Sl 51.11).
I – Panorama histórico.
O período dos juízes é anterior ao dos reis
(Jz 17.6), pois naqueles dias não havia rei em Israel e cada qual fazia o que
parecia direito aos seus olhos. Os juízes mais conhecidos são: Débora, Gideão,
Jefté e Sansão. Neste período o tema é: o povo serve a outros deuses, Deus
entrega o povo a outros povos, o povo retona para a presença de Deus e Deus
suscita um Juiz.
1- O povo serve a
outros deuses. No
período anterior mesmo sendo o momento histórico conhecido como o da conquista
de Canaã os israelitas não conseguiram eliminar os seus inimigos e com isto
tiveram que conviver com cananeus, filisteus e demais povos pagãos. Tais povos
não requeriam dos israelitas o abandono de Deus, porém influenciavam os
israelitas a práticas politeístas e como consequência a nação eleita deixava de
servir a Deus e serviam a Baal e a Astarote (Jz 2.13). Baal era o principal
deus adorado pelos cananeus, era considerado o deus da fertilidade, da chuva e
da vegetação, enquanto Astarote era a deusa da guerra e da fertilidade e mulher
de Baal. O culto a Baal envolvia o sacrifício de crianças (2 Re 21.3-6).
2- Deus entrega o
povo a outros povos. A
primeira opressão foi de oito anos cuja submissão foi aos mesopotâmicos (Jz
3.7-11). Já a segunda submissão foi de dezoito anos e aos moabitas (Jz 3.12-21),
em seguida de vinte anos aos cananeus (Jz 4-5), em seguida por sete anos pelos
midianitas (Jz 6.1-10.15) e a quinta opressão a Israel foi por parte dos
amonitas e filisteus (Jz 10-12). Este último povo só foi vencido nos dias de
Davi.
3- O povo volta para
Deus. A
prática do pecado de idolatria conduzia os israelitas à opressão seguida de
tristeza e dor. Em tal situação a nação israelita gemia (Jz 2.18). O povo de
Israel voltava para Deus por vivenciar o caos de ser submetidos por nações
visinhas. Em meio a suas aflições os israelitas clamavam a Deus e se
arrependiam da apostasia (Jz 2.15,18).
4- Deus suscita um
Juiz. O
juiz era um homem ou uma mulher escolhido por Deus, qualificado por meio da
vocação mediante o poder da presença de Deus em seu ministério (Jz 2.18, 6.16),
possuía autoridade em sua missão (Jz 6.14), e além de tudo era
sobrenaturalmente revestido de poder do Espírito Santo de Deus (Jz 3.10).
II – Motivos que
explicam por que Deus ajudou a Israel.
1. Porque Israel era
uma nação escolhida por Deus. Deus escolheu a Israel para mostrar a sua
glória ao mundo. O Egito era a grande potência da época enquanto Israel era um
povo escravo. Segundo, Deus escolheu a Israel para outorgar ao mundo as
Escrituras Sagradas. E por terceiro, Deus escolheu Israel para entregar o
Salvador ao mundo.
2. Porque Deus
atendeu ao clamor. Os
filhos de Israel falaram a Samuel não cesses de clamar ao Senhor nosso Deus,
por nós, para que nos livre da mão dos filisteus (1Sm 7.8), logo se de fato
Samuel clamou conforme o pedido do povo percebemos que houve uma harmonia: o
sacerdote fez conforme o seu dever segundo a vontade do povo.
A= empecilhos que
bloqueiam as orações.
A oração de Samuel foi atendida, porém, há
muitas orações que não são atendidas pelas seguintes verdades:
a)
Orar
com palavras repetitivas e vazias:
b)
Orar
com coração ambicioso: “pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o
gastardes em vossos deleites” (Tg 4.3).
c)
Orar
com amargura no coração por alguém: “quando estiverdes orando, perdoai se
tendes alguma coisa contra alguém, para que também vosso Pai que está no céu,
vos perdoe as vossas ofensas” (Mc 11.25-26).
B= Motivos que
permite Deus atender as nossas orações.
a)
Orar
segundo a vontade de Deus: “e esta é a confiança que temos nele, que se
pedirmos alguma coisa segundo a Sua vontade, Ele nos ouve” (1 Jo 5.14).
b)
Orar
em nome de Jesus: “e tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o
Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a
farei.” (Jo 14.13,14).
c)
Viver
em plena comunhão com Deus e com sua palavra: “se vós permanecerdes em mim, e
as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será feito”
(Jo 15.7).
III –
Deus nos tem ajudado.
1. Porque
somos especiais para Ele. Temos um valor elevado, pois não fomos comprados com coisas
corruptíveis, como prata ou ouro, mas fomos comprados com o preciosos sangue de
Cristo (1 Pe 1.18,19), logo na epístola de Pedro percebemos que temos um valor,
pois o próprio Deus interessou por nós.
2. Porque
temos propósito. Quem
tem propósito não se limita a sobreviver, pois: são pessoas que tem fé em Deus,
e não em si; são pessoas capazes de mudar outras pessoas, nações e até mesmo
gerações; são pessoas que estão dispostas a enfrentar a solidão; e por fim, são
pessoas que possuem um poder incomum.
3. Porque
temos promessas. As
promessas que temos da parte de Deus devemos as esperar com convicção, pois Ele
é fiel: “retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que
prometeu” (Hb 10.23).
Em meio as crises em que a humanidade tem
enfrentado nós os servos de Deus temos sobrevivido mediante a graça de Deus,
pois em Cristo Jesus somos mais do que vencedores (Rm 8.37).
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