Subsídio da Escola Bíblica Dominical – Conselhos Gerais
A
verdade prática ao ser sintetizada indica que o cuidado do pastor para com a
sua família deverá se estender para com as ovelhas do Senhor Jesus. Portanto,
nos dias hodiernos é notório observar que muitos líderes não conseguem demonstrar
o amor para com a família o que impede do mesmo amar a igreja do Senhor.
O
zelo pastoral se estende da criança de berço para com o idoso da igreja. Psicologicamente
o pastor tem que conhecer as seguintes características das seguintes faixas
etárias:
As
características dos de 1 a 11, são: receptividade, atividade e energia.
Gilberto acrescenta, “tem
disposição para aprender. Corresponde com carinho. Gostam de história,
ilustradas ou visualizadas. Gostam de perguntas, de fazer e de ouvir. Querem sempre
saber”.
Já
dos 12 aos 24 anos percebe-se que as palavras descritivas são: transição, aspiração e independência.
Por
fim, os de 25 a 60 anos são caracterizados pelas palavras: aplicação,
realização e reflexão.
I – O CUIDADO COM O REBANHO
O
cuidado para com o rebanho deverá ser desenvolvido com base nas seguintes
palavras chaves: relacionamento, responsabilidade e reconhecimento. Portanto, para compreensão do primeiro tópico será
necessário conhecer os 3 Rs.
O
relacionamento do ministro deverá ser desenvolvido com base no compromisso, na comunicação e na cooperação.
O compromisso do líder da igreja é com o Senhor da Igreja, logo o mesmo sabe
que a igreja pertence ao Senhor Jesus. Já a comunicação indica que o pastor
deverá saber falar, assim como deverá saber ouvir, pois a boa comunicação se dá
não pelas muitas palavras ditas, mas sim nas muitas palavras ouvidas.
Cooperação é saber estender a mão para os que necessitam e expressar como
escreveu Isaias: um ao outro ajudou e ao seu companheiro
disse esforça (Is 41.6).
Responsabilidade
em cuidar dos órfãos e das viúvas. Portanto, é responsabilidade da igreja e do
líder da mesma, a ação social. Ação em agir em prol do necessitado dando-lhe o
socorro necessário.
Já
a palavra reconhecimento, conforme as recomendações do apóstolo Paulo, indica que
a igreja deverá ser zelosa para com os líderes. Há quatro meios em que a bênção
financeira se torna notória e real na vida dos cristãos.
Primeira,
quando os cristãos são fiéis nos dízimos e nas ofertas.
Segunda,
quando os cristãos são generosos para com a obra missionária.
Terceira,
quando os cristãos se tornam amigos de seus líderes, ou seja, quando são
próximas de seus pastores.
Quarta,
quando os cristãos auxiliam os necessitados em suas necessidades.
II – O TRATO COM O PRESBITÉRIO
Sobre
acusações aos presbíteros Paulo deixa claro que é necessário que haja mais de
uma testemunha. O presbítero é o amigo do pastor quando o assunto da vez é o
ensino da Palavra.
A
palavra presbítero tem como significado ancião. Aos presbíteros está a missão
de cuidar da congregação, assim como é função do pastor. No Novo Testamento os
termos: pastor, bispo e presbíteros passam a ter a mesma função, a de dirigir a
congregação local e de certa maneira cuidar das necessidades espirituais.
Portanto,
as ações administrativa e evangelística do presbítero deverão ser desenvolvidas
mediante a palavra de Deus. Toda
Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para
corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e
perfeitamente instruído para toda boa obra (2 Tm 3.16,17).
Logo,
o presbítero deverá ser visto como ser humano limitado e dependente de Deus.
Sobre as limitações torna-se necessário entender que os presbíteros estão
sujeitos ao pecado, e caso isto aconteça, os presbíteros deverão ser repreendidos.
Os presbíteros deverão também cuidar de sua própria saúde.
III – COSELHOS GERAIS
Nas
cartas de Paulo ao jovem Timóteo há informações a respeito do que não se pode
ensinar, ou seja, advertir a alguns que não ensinem outra doutrina (1 Tm 1.3) e
também a presença da abordagem legalista e rebelde desconsiderando a autoridade
da Bíblia.
O relacionamento com a
Bíblia Sagrada possui um custo. Quando o obreiro decide
seguir o caminho que é definido pela Escritura o mesmo passará para a condição
de alvo. De fato passará por perseguições e aflições (2 Tm 3.11).
O relacionamento com a
Bíblia provoca conflito. Entre a antiga maneira de viver e ao
permanecer naquilo que aprendeu e do que foi inteirado (2 Tm 3.14).
Na
carta do apóstolo Paulo aos romanos há citações no que correspondem as
características do velho homem: murmuradores, aborrecedores, presunçosos,
inventores de males, desobedientes ao pai e à mãe, infiéis aos contratos, sem
afeição natural, irreconciliáveis e sem misericórdia (Rm 1. 30,31).
Porém,
a nova vida em Cristo é movida pelo fruto do Espírito que são: amor, gozo, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança (Gl 5. 22)
Valores proporcionados pela
Escritura Sagrada. A Escritura é proveitosa para ensinar, ou
seja, proporcionar o conhecimento que outorga libertação; e conhecereis a
verdade e a verdade vos libertará (Jo 8.32).
Há
proveito na Bíblia para redarguir. Aqui tem como missão central condenar atos
que desagradam a Deus.
Ao
ser redarguido o indivíduo poderá ser corrigido, isto é, ser restaurado ao
estado correto. Por isso, que Jesus na oração sacerdotal pediu ao pai para
santificar os discípulos na verdade, pois Palavra é a verdade (Jo 17.17).
E
por fim, ao ser conhecedor da verdade, e a cada dia buscar a santidade assim os
cristãos estarão prontos para serem instruídos em justiça. Ser instruído em
justiça é além de tudo viver para Deus.
Nota:
GILBERTO, Antônio. Manual da Escola Dominical. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.
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