Deus é Fiel

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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Subsídio para a Escola Bíblica Dominical – A Organização de uma Igreja Local


Subsídio para a Escola Bíblica Dominical – A Organização de uma Igreja Local
A verdade prática assim está escrita: a igreja local deve subordinar-se à orientação de Deus, através de sua Palavra, que é o Manual de Administração Eclesiástica por excelência.
Em ser a Palavra de Deus um manual pode-se afirmar que o conhecimento bíblico torna-se importante para a compreensão do autor das Escrituras Sagradas, assim como para a defesa da fé cristã e para que o cristão viva de maneira abençoada.
I – A EPÍSTOLA ENVIADA A TITO
A importância da carta para os dias hodiernos se percebe na descrição da organização da igreja (1.5), na liderança das igrejas (1.5-9), no combater as falsas doutrinas e os falsos mestres (1.10-16), no autêntico ensino da sã doutrina (2.1), na promoção da ética cristã (2.2-10), no praticar as boas obras (2.11-14), e na submissão às autoridades (3.1-11).
Conforme os quatros primeiros versículos desta epístola o apóstolo Paulo ao se apresentar com as credenciais de apóstolo e servo destina a carta a Tito. A carta é pastoral. Tito foi enviado a Creta com a missão básica de por em boa ordem as coisas. E para tal missão ser eficaz, seria necessário o estabelecimento de líderes nas congregações.
Creta era uma ilha do Mediterrâneo localizada a 96 Km ao sul da Grécia. Situava-se em um ponto de cruzamento entre a Ásia, a África e a Europa. Na ilha de Creta a devassidão moral e a disseminação de heresias era normalidade. Para que o liberalismo religioso não comprometesse a fé cristã era necessária a conclusão daquilo que restava, pois os mestres da região eram falsos e também a ausência de conduta moral era visível por parte da igreja.
II – O PASTOR PRECISA PROTEGER O REBANHO DE DEUS
Pastor tem como missão apascentar o rebanho de Deus. Por personagens importantes no cenário bíblico notamos que Deus é comparado a um pastor (Sl 23.1) que outorga segurança e sustento ao rebanho. Dentre os oficias de Deus no contexto sagrado notaremos no Novo Testamento a presença importante do pastor como elemento essencial para a edificação, união e aperfeiçoamento dos santos, porém nestes últimos dias devemos ter cuidado com os falsos pastores que são de fato aproveitadores do rebanho e não ministros do evangelho.
Deus chama homens para exercerem as mais distintas tarefas em sua obra, sendo que um dos mais nobres dos ofícios ministeriais é o ministério pastoral. No ofício pastoral o ministro de Deus exerce inúmeras funções, como: ensino da Palavra, evangelização, socorro aos necessitados, liderança e como conselheiro. Porém, logo abaixo há uma análise das tarefas primordiais do labor no ministério pastoral.
1- Aperfeiçoamento dos crentes. Não existe ninguém perfeito. Porém, a missão do pastor é ensinar a Palavra de Deus com finalidade o desenvolvimento do cristão. O ciclo da vida humana passa pelos seguintes estágios: nascimento, crescimento, reprodução, envelhecimento e morte. Entretanto, a vida cristã possui como ciclo: o novo nascimento, o crescimento espiritual e a vida eternal com Cristo. Para vencermos a segunda morte é necessário que sejamos obedientes a Palavra de Deus. O apóstolo Pedro escreveu em sua segunda epístola “cresçamos na graça e no conhecimento” (2 Pe 3.18), logo quando somos instruídos por homens de Deus, somos edificados na Palavra do Senhor para sermos aperfeiçoados em Cristo Jesus.
2- Capacitar os crentes. Na missão pastoral de capacitar os cristãos o ministro do evangelho se apresenta como: instrutor e motivador.
a) Como Instrutor. O pastor ensina a Palavra de Deus para que o cristão seja bem-sucedido em todas as áreas da vida. Na área espiritual, o objetivo é que o cristão cresça na presença de Deus. Já na área física, que haja saúde (3 Jo 2). E na área financeira para que haja prosperidade em tudo quanto fizer (Sl 1.3).
b) Como Motivador. De fato o pastor estimula os crentes a alcançar alvos e manter os valores cristãos em harmonia com as atividades sociais. O pastor como motivador reconhece em suas ovelhas o chamado de Deus para cada uma. Sendo conhecedor do chamado de Deus para com as ovelhas o pastor como líder espiritual motivará as suas ovelhas a servirem a Deus da melhor maneira possível. Em suma, o pastor como motivador desperta o chamado de Deus na vida dos membros da igreja.
3- Preservar a unidade do corpo de Cristo. A unidade da igreja deverá ser preservada. A igreja é a união de pessoas diferentes que possuem hábitos diversos e são imperfeitas em si mesmas. Por tal realidade entendemos que haverá discórdias, invejas, ciúmes e outras tantas obras da carne. Quando isto ocorre notamos que a unidade está sofrendo um colapso. Sem unidade do reino não haverá crescimento do reino (Mt 12.25). E para que a unidade do corpo de Cristo seja preservada cabe ao ministro do evangelho exercer com eficácia o ensino autêntico e poderoso da Palavra de Deus.
4- A administração eclesiástica. Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar. O pastor como administrador estabelece objetivos para a igreja (planeja), direciona os recursos (organiza), motiva ao delegar funções (dirigir) e controla os resultados.
Porém, como administrador o pastor não poderá ser um líder exclusivista e nem mesmo centralizador. Um bom exemplo de líder que reconheceu a importância do auxilio de outros na liderança foi Moisés, isto só ocorreu após o conselho de Jetro que percebeu desordem e ineficiência de Moisés no atendimento aos israelitas (Êx 18.13,14).
III – A PERCEPÇÃO DA PUREZA PARA OS PUROS E PARA OS IMPIOS
Os que vivem segundo a Palavra de Deus veem todas as coisas puras, pois os que vivem de modo santo, isto é, que santificam as suas próprias vidas diante de Deus, não percebe o mal, mas o bem. Logo, o chamado de Deus para o cristão envolve o dever de o cristão viver uma vida santa em toda a maneira.
Já os impuros confessam que conhecem a Deus, mas as suas obras são más. Por isso, Paulo ao escrever os versículos dez ao dezesseis, do capítulo um, relaciona as características de líderes que são reprovados. A palavra grega adokimos, descreve uma moeda falsificada e era utilizada para descrever um soldado covarde. Os falsos mestres eram mentirosos (v.11), preguiçosos (v.11), desviados da verdade (v. 14) e desobedientes (v. 16).
Conforme 2 Timóteo 2. 15, a conduta cristã deverá ser espiritual (procura apresenta se a Deus aprovado), disciplinar (como obreiro que não tem de que se envergonhar) e pedagógica (que ministre bem a palavra da verdade).
Portanto, muitos são chamados e poucos são escolhidos (Mt 22.14). Dentre tantos que tiveram o chamado de Deus para o ministério pastoral poucos se dedicaram à unidade da igreja e a edificação dos crentes. Por isso, cabe aos membros do corpo de Cristo interceder por aqueles que falam a Palavra de Deus e que deixaram como legado a fé. A estes homens o cristão deverá imitar (Hb 13.7).

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