Subsídio para a Escola Bíblica Dominical
– A Organização de uma Igreja Local
A
verdade prática assim está escrita: a igreja local
deve subordinar-se à orientação de Deus, através de sua Palavra, que é o Manual
de Administração Eclesiástica por excelência.
Em
ser a Palavra de Deus um manual pode-se afirmar que o
conhecimento bíblico torna-se importante para a compreensão do autor das
Escrituras Sagradas, assim como para a defesa da fé cristã e para que o cristão
viva de maneira abençoada.
I – A EPÍSTOLA ENVIADA A TITO
A
importância da carta para os dias hodiernos se percebe na descrição da organização
da igreja (1.5), na liderança das igrejas (1.5-9), no combater as falsas
doutrinas e os falsos mestres (1.10-16), no autêntico ensino da sã doutrina
(2.1), na promoção da ética cristã (2.2-10), no praticar as boas obras
(2.11-14), e na submissão às autoridades (3.1-11).
Conforme
os quatros primeiros versículos desta epístola o apóstolo Paulo ao se
apresentar com as credenciais de apóstolo e servo destina a carta a Tito. A
carta é pastoral. Tito foi enviado a Creta com a missão básica de por em boa
ordem as coisas. E para tal missão ser eficaz, seria necessário o
estabelecimento de líderes nas congregações.
Creta
era uma ilha do Mediterrâneo localizada a 96 Km ao sul da Grécia. Situava-se em
um ponto de cruzamento entre a Ásia, a África e a Europa. Na ilha de Creta a
devassidão moral e a disseminação de heresias era normalidade. Para que o
liberalismo religioso não comprometesse a fé cristã era necessária a conclusão
daquilo que restava, pois os mestres da região eram falsos e também a ausência
de conduta moral era visível por parte da igreja.
II – O PASTOR PRECISA PROTEGER O REBANHO
DE DEUS
Pastor
tem como missão apascentar o rebanho de Deus. Por personagens importantes no
cenário bíblico notamos que Deus é comparado a um pastor (Sl 23.1) que outorga
segurança e sustento ao rebanho. Dentre os oficias de Deus no contexto sagrado
notaremos no Novo Testamento a presença importante do pastor como elemento
essencial para a edificação, união e aperfeiçoamento dos santos, porém nestes
últimos dias devemos ter cuidado com os falsos pastores que são de fato
aproveitadores do rebanho e não ministros do evangelho.
Deus
chama homens para exercerem as mais distintas tarefas em sua obra, sendo que um
dos mais nobres dos ofícios ministeriais é o ministério pastoral. No ofício
pastoral o ministro de Deus exerce inúmeras funções, como: ensino da Palavra,
evangelização, socorro aos necessitados, liderança e como conselheiro. Porém,
logo abaixo há uma análise das tarefas primordiais do labor no ministério
pastoral.
1- Aperfeiçoamento
dos crentes. Não existe ninguém
perfeito. Porém, a missão do pastor é ensinar a Palavra de Deus com finalidade
o desenvolvimento do cristão. O ciclo da vida humana passa pelos seguintes
estágios: nascimento, crescimento, reprodução, envelhecimento e morte.
Entretanto, a vida cristã possui como ciclo: o novo nascimento, o crescimento
espiritual e a vida eternal com Cristo. Para vencermos a segunda morte é
necessário que sejamos obedientes a Palavra de Deus. O apóstolo Pedro escreveu
em sua segunda epístola “cresçamos na graça e no conhecimento” (2 Pe 3.18),
logo quando somos instruídos por homens de Deus, somos edificados na Palavra do
Senhor para sermos aperfeiçoados em Cristo Jesus.
2- Capacitar os
crentes. Na missão pastoral de
capacitar os cristãos o ministro do evangelho se apresenta como: instrutor e
motivador.
a) Como Instrutor. O pastor ensina a Palavra de Deus para que o cristão seja
bem-sucedido em todas as áreas da vida. Na área espiritual, o objetivo é que o
cristão cresça na presença de Deus. Já na área física, que haja saúde (3 Jo 2).
E na área financeira para que haja prosperidade em tudo quanto fizer (Sl 1.3).
b) Como Motivador. De fato o pastor estimula os crentes a alcançar alvos e
manter os valores cristãos em harmonia com as atividades sociais. O pastor como
motivador reconhece em suas ovelhas o chamado de Deus para cada uma. Sendo
conhecedor do chamado de Deus para com as ovelhas o pastor como líder
espiritual motivará as suas ovelhas a servirem a Deus da melhor maneira
possível. Em suma, o pastor como motivador desperta o chamado de Deus na vida
dos membros da igreja.
3- Preservar a
unidade do corpo de Cristo. A unidade da igreja deverá
ser preservada. A igreja é a união de pessoas diferentes que possuem hábitos
diversos e são imperfeitas em si mesmas. Por tal realidade entendemos que
haverá discórdias, invejas, ciúmes e outras tantas obras da carne. Quando isto
ocorre notamos que a unidade está sofrendo um colapso. Sem unidade do reino não
haverá crescimento do reino (Mt 12.25). E para que a unidade do corpo de Cristo
seja preservada cabe ao ministro do evangelho exercer com eficácia o ensino
autêntico e poderoso da Palavra de Deus.
4- A administração
eclesiástica. Administrar é
planejar, organizar, dirigir e controlar. O pastor como administrador
estabelece objetivos para a igreja (planeja), direciona os recursos (organiza),
motiva ao delegar funções (dirigir) e controla os resultados.
Porém,
como administrador o pastor não poderá ser um líder exclusivista e nem mesmo
centralizador. Um bom exemplo de líder que reconheceu a importância do auxilio
de outros na liderança foi Moisés, isto só ocorreu após o conselho de Jetro que
percebeu desordem e ineficiência de Moisés no atendimento aos israelitas (Êx
18.13,14).
III – A PERCEPÇÃO DA PUREZA PARA OS
PUROS E PARA OS IMPIOS
Os
que vivem segundo a Palavra de Deus veem todas as coisas puras, pois os que
vivem de modo santo, isto é, que santificam as suas próprias vidas diante de
Deus, não percebe o mal, mas o bem. Logo, o chamado de Deus para o cristão
envolve o dever de o cristão viver uma vida santa em toda a maneira.
Já
os impuros confessam que conhecem a Deus, mas as suas obras são más. Por isso,
Paulo ao escrever os versículos dez ao dezesseis, do capítulo um, relaciona as
características de líderes que são reprovados. A palavra grega adokimos, descreve uma moeda
falsificada e era utilizada para descrever um soldado covarde. Os falsos
mestres eram mentirosos (v.11), preguiçosos (v.11), desviados da verdade (v.
14) e desobedientes (v. 16).
Conforme
2 Timóteo 2. 15, a conduta cristã deverá ser espiritual
(procura apresenta se a Deus aprovado), disciplinar (como
obreiro que não tem de que se envergonhar) e pedagógica (que ministre bem a palavra da verdade).
Portanto,
muitos são chamados e poucos são escolhidos (Mt 22.14). Dentre tantos que
tiveram o chamado de Deus para o ministério pastoral poucos se dedicaram à
unidade da igreja e a edificação dos crentes. Por isso, cabe aos membros do
corpo de Cristo interceder por aqueles que falam a Palavra de Deus e que deixaram
como legado a fé. A estes homens o cristão deverá imitar (Hb 13.7).
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