Subsídio para a Escola Bíblica Dominical
– A Manifestação da Graça da Salvação
A
verdade prática, assim está escrita: A Graça de Deus
emanou do seu coração amoroso para salvar o homem perdido, por meio do
sacrifício vicário de Cristo Jesus.
O
termo vicário, latim vicarius, significa o que faz às vezes de outro, ou seja,
o substituto. Logo, a morte de Cristo é uma morte substitutiva, isto é, Jesus
morreu em nosso lugar. O ser humano por causa do pecado original estava morto
em seus delitos, portanto, necessário seria que alguém morresse para salvar os
seres humanos, porém, a pessoa que oferece para tal obra deveria ser, um ser
humano e ao mesmo tempo ser perfeito. Por isso, a narrativa Bíblica se
centraliza na encarnação do Verbo. Jesus se fez homem com o objetivo, morrer
pela e para salvar a humanidade.
O
termo graça faz referência ao favor imerecido outorgado por Deus ao ser humano.
Por meio da graça Deus predestina, chama, justifica, glorifica (Rm 8.30) e
capacita por meio da fé. O objetivo da graça se resume na ação de Deus salvar o
homem do poder e da condenação do pecado.
I – A MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA DE DEUS
1. A Graça. Biblicamente,
a graça conforme a sua abrangência poderá ser comum,
no que corresponde aos favores de Deus para toda a humanidade, com propósito
manter a vida e os recursos básicos para a manutenção da vida do ser humano. Há
também na Bíblia a narrativa da graça especial
que é obtida mediante a fé na obra vicária de Cristo na cruz, pela qual, Deus
salva e outorga aos cristãos o direito de filhos de adoção.
Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos
os homens (Tt 2.11), neste versículo três aspectos da
graça são expostos:
O primeiro
aspecto, a graça de Deus, isto
indica que a graça pertence a Deus que é Santo, Fiel e Justo.
Segundo, a graça se há manifestado, que corresponde a manifestação de Jesus
Cristo, logo o que era preparação na antiga aliança, torna se visível na nova
aliança, pois o verbo se fez carne (Jo 1.14) a manifestação do verbo é a
manifestação da graça outorgando paz (Jo 16. 33), vida em abundância (Jo 10.10)
e principalmente o direito a vida eterna (Jo 17.3).
E em terceiro, trazendo salvação a todos os homens, o
que tornou possível graça a manifestação do Senhor Jesus.
A
graça se há manifestado, “epifania”, termo grego utilizado para descrever a
aparição do sol ao amanhecer. Isto é, epifania corresponde à aparição de alguém
ou de alguma coisa que estava invisível.
Nos
versículos seguintes o apóstolo Paulo trata se dos meios da graça. São recursos
da graça especifica; os ensinos das Escrituras Sagradas, as ordenanças (batismo
e santa ceia), o serviço cristão, a oração, a comunhão, o batismo no Espírito
Santo, os dons espirituais (profecia, interpretação, variedades de línguas,
cura, fé, operação de maravilhas, discernimento de espíritos, palavra de
sabedoria e palavra da ciência) e por fim a esperança da vinda do Senhor Jesus
Cristo no dia do arrebatamento da igreja.
A
graça ensina ao cristão guardar com viva esperança a vinda da glória de Deus e
ter como memorial a obra da salvação realizada por Cristo na cruz.
2. Santificação. A
santificação é um dos três aspectos da salvação que estão interligados entre
si, os outros são a justificação e a glorificação.
No que corresponde ao tempo:
A
justificação ocorreu quando o cristão estava no mundo, isto é, no passado.
A
santificação ocorre enquanto o cristão palmilha em direção ao céu, isto é, no
presente.
A
glorificação ocorrerá quando o cristão chegar ao céu, isto é, futuro.
No que corresponde à definição:
A
justificação é um ato da graça.
A
santificação é o crescer na graça.
A
glorificação é o desfrutar da graça.
No que corresponde à abrangência:
A
justificação é momentânea.
A
santificação se prolonga por toda a vida.
A
glorificação se estende pela eternidade.
Por
fim, a justificação liberta o indivíduo da penalidade do pecado. A santificação
liberta-o do poder do pecado. Enquanto, a glorificação liberta-o da presença do
pecado.
II – A CONDUTA DO SALVO EM JESUS
Os
cristãos têm como obrigação pagar seus impostos e no tempo das eleições
participarem ativamente da votação. Porém, as obrigações não estão limitadas com
as descrições acima, também é dever dos cristãos a submissão ao governo (Lc
20.25; Rm 23.1; 2 Pe 2.17), entretanto tal submissão só será possível enquanto
o Estado não for contrário aos princípios bíblicos, pois se o Estado se mostrar
contrário aos princípios da Bíblia Sagrada, o cristão deverá Temer a Deus e confiar
no agir Divino em prol da Igreja.
Como
igreja é de responsabilidade de cada cristão orar pelas autoridades que estão
em eminência (1 Tm 2.1,2).
A ética cristã
exige dos cristãos:
Não infamar, isto é, não caluniar. Ao
contrário deverá fazer o bem.
Não ser contencioso, isto é, não brigar
ou não causar conflitos.
Ser modesto, isto é, ser simples, ser
prudente, ou seja, ser ovelha.
Mostrar mansidão, isto é, ser humilde e
manso para com todos.
O homem carnal é
caracterizado:
Pela loucura. O melhor
exemplo de tal loucura foi expresso pelo Senhor Jesus ao tratar do homem que
construiu a casa sobre a areia (Mt 7.26).
Pela desobediência. As consequências
da desobediência de Adão são notáveis nos dias atuais.
Pelo extravio. Isto
é, pelo abandono das coisas de Deus.
Pela concupiscência. Isto
é, pelo desejo exagerado.
Pela malícia e inveja. Para
Calvino a inveja corresponde com o tipo de pessoa que se ofende com a
excelência de outrem.
Pelo ódio. Pelo
não gostar do próximo. Fato que poderá levar a atos maiores, como por exemplo,
o assassinato.
III – AS BOAS OBRAS E O TRATO COM OS
HEREGES
As
obras tem poder para definir a salvação de alguém? Não. O que as obras
demonstram é que tal pessoa possui um desejo ardente em ajudar o próximo. E conforme
o líder Tiago, o cristão que assim faz demonstra a salvação, pois a fé sem as
obras é morta, logo a fé com as obras é viva.
Os
hereges são grupos de indivíduos que destroem a unidade da igreja, e para isto,
utilizam da palavra de Deus com ensinamentos errôneos. Para tais pessoas vale o
lema apologético: “texto sem contexto, torna-se pretexto para
o surgimento de heresias”.
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