Deus é Fiel

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terça-feira, 15 de setembro de 2015

Eu sou o que a Bíblia diz que eu sou: Santificado por aquEle que é Santo


Eu sou o que a Bíblia diz que eu sou: Santificado por aquEle que é Santo
Texto: Fala a toda a congregação dos filhos de Israel e dize-lhes: Santo sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo (Levítico 19.2).
A Bíblia é composta por sessenta e seis (66) livros, sendo que trinta e nove (39) destes estão inseridos no Antigo Testamento. Levítico é o terceiro livro do AT, obra que em seus escritos se relaciona com todo o Israel, e não apenas com os sacerdotes como pensam alguns.
Para Donald C. Stamps, editor geral da Bíblia de Estudo Pentecostal, o livro de Levítico tem como propósito instruir os israelitas e seus mediadores sacerdotais acerca do seu acesso a Deus por meio do sangue expiador e para expor o padrão divino da vida santa que deve ter o povo escolhido de Deus. (p. 184). Portanto, a obra se define com dois importantes temas: expiação e santificação.
Ninguém poderá se santificar se não for por Deus justificado, pois a expiação tem com propósito justificar os que estão sendo penalizados pela culpa do pecado. Já a santificação corresponde com a libertação do poder do pecado. Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo compreender a santificação como elo da salvação que proporciona aos cristãos um viver santo diante de Deus.
O poder do pecado
A experiência física terminal é a maior exemplificação do poder do pecado. Logo, pecado é errar o alvo, isto é, o pecado é a perca da direção, ou seja, é o abandono do caminho. Com a desobediência de Adão todos pecaram e perderam o direito da vida eterna aqui na terra como prometido por Deus anteriormente ao ato pecaminoso de Adão. Por isso, o pecado tem como castigo maior a experiência física terminal.
Além da morte, as outras principais consequências deixadas pelo pecado foram a culpa e a corrupção. A culpa corresponde com o ato de estar sobre o domínio do pecado. Enquanto, a corrupção indica que o ser humano tornou-se incapaz e depravado.
A incapacidade total conduz o ser humano a desenvolver ações que desagrade a Deus. Isto é, para suprir o vazio o indivíduo acaba matando, prostituindo e roubando, pois o mesmo não consegue fazer nenhum bem espiritual.
Enquanto, a depravação total é definida pelos atos realizados pelo ser humano na busca do preenchimento deste vazio.
Deus estabeleceu uma aliança com o povo de Israel para que o pecado não tivesse poder sobre a vida deles, porém, a cada ano o sacrifício deveria ser novamente realizado, pois a sua abrangência no que corresponde ao tempo era limitada, assim também tinha como propósito, conduzir a nação eleita a escutar a voz de Deus por intermédio dos profetas, que vaticinavam a respeito de um sacrifício futuro que venceria de uma vez por toda a influência do poder do pecado (Is 53). Mas, para que isto ocorra cabe ao ser humano santificar a sua vida diante de Deus. Pois, sem a santificação ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).
Santificação, a libertação do poder do pecado
Santo sereis, indica que o povo deveria se santificar a cada momento. A palavra, santo, aparece no livro de Levítico por mais de cem vezes e quando relacionada ao ser humano a palavra se define por pureza e por obediência. Assim como era nos dias de Israel enquanto estavam no deserto, deverá ser nos dias hodiernos, enquanto os cristãos estão na terra.
Os israelitas deveriam se santificar nas cerimônias, logo a santificação dos cristãos devem ser vista nas cerimônias (Lv 17). As cerimônias não podem ser vistas como obrigações sem compromisso. O compromisso com Deus define o real teor das cerimônias. Porém, assim fazem os que por Deus são santificados.
Os israelitas deveriam se santificar no momento da adoração, logo a santificação deverá ser vista no instante em que os cristãos adoram a Deus (Lv 23-25). Muitos eventos não passam de apresentações tidas como show gospel. Perdendo a essência cristã e reduzindo a atitude dos vocacionados por Deus. Não é cabível ao cristão realizar shows, mas fazer da sua vida um altar de adoração a Deus. Portanto, apenas os que por Deus são santificados não pedem a real importância da adoração e por Deus são procurados, porque Deus procura os que o adoram em espírito e em verdade (Jo 4.23).
Por fim, os israelitas deveriam se santificar principalmente em sua vida diária. Logo, os cristãos devem se santificar em todos os instantes da sua vida (Lv 18-22). E só será possível pela leitura e estudo da Palavra de Deus, pela prática da oração e pela presença na igreja.
Palavra Final
A santificação é um dos três aspectos da salvação que estão interligados entre si, os outros são a justificação e a glorificação.
No que corresponde ao tempo:
A justificação ocorreu quando o cristão estava no mundo, isto é, no passado.
A santificação ocorre enquanto o cristão palmilha em direção ao céu, isto é, no presente.
A glorificação ocorrerá quando o cristão chegar ao céu, isto é, futuro.
No que corresponde à definição:
A justificação é um ato da graça.
A santificação é o crescer na graça.
A glorificação é o desfrutar da graça.
No que corresponde à abrangência:
A justificação é momentânea.
A santificação se prolonga por toda a vida.
A glorificação se estende pela eternidade.
Por fim, a justificação liberta o indivíduo da penalidade do pecado. A santificação liberta-o do poder do pecado. Enquanto, a glorificação liberta-o da presença do pecado. Portanto, o cristão não poderá esquecer que Eu sou o que a Bíblia diz que eu sou: Santificado por aquEle que é Santo.

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