Subsídio para aulas da EBD – A Origem da
diversidade cultural da humanidade
No
período da primeira civilização, ou seja, a civilização anterior ao dilúvio, o
pecado se manifestou pela maldade, isto é, por atos perversos e cruéis. Também
por atos de corrupção e violência. Já no período pós-dilúvio além destes
pecados a narrativa histórica expõe que a construção da torre de babel se
formalizaria em culto idólatra. Portanto, aqui suje a idolatria no contexto
histórico da humanidade. Imagine quantas consequências à humanidade já sofreu
por causa do pecado da idolatria, adorando aquele que não nada pode fazer (Sl
115. 4-8).
I – A TORRE DE BABEL
Assim
como dos descendentes de Caim houve indivíduos que somaram com conquistas no
campo das ciências, também dos descendentes de Cam surgiram nomes que de certa
forma contribuíram com conquistas que viesse a ajudar as demais civilizações.
Ninrode segundo fatos históricos seria o primeiro a domesticar animais, fato
que é importante até os dias atuais.
Havia uma única língua falada, logo não
existiam barreiras culturais e nem geográficas. Por não haver barreiras geográficas
o mandamento cultural de povoar a terra demonstrava que não seria obedecido.
Para
não haver dispersão (provavelmente por Ninrode, segundo alguns estudiosos) foi
planejada a construção da torre de Babel.
Construção que ratifica a presença do orgulho, pois “
vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos
céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda
a terra” Gn 11.4.
O
pastor Andrade enfatiza:
A soberba adora
monumentos. Faraó ergueu as pirâmides. Nabucodonosor, os jardins suspensos.
Nero, a nova Roma. Quanto aos governantes atuais, constroem grandes edifícios,
mas são incapazes de estender, aos mais pobres, serviços tão básicos e mínimos
como redes de água e esgoto (p. 103).
II – A CONFUSÃO DE LÍNGUAS
O
povo era um, de mesma língua e com um único propósito edificar uma cidade e uma
torre cujo cume tocasse nos céus (Gn 11. 4). A união não é algo ruim, mas
aquela geração tinha como meta opor se a autoridade de Deus. Com propósitos
opostos a vontade de Deus, assim sendo Deus confundiu a língua daquela geração
para que um não entendesse a linguagem do outro.
O
capítulo 10 de gênesis relaciona os descendentes de Noé conforme “sua famílias,
segundo suas línguas, suas terras e suas políticas” (Gn 10.5, 20, 31).
a) Segundo suas famílias; corresponde a questão
etnológica, ou seja, a origem antropológica, racial. Assim sendo os três
troncos da povoação da terra: Sem, Cam e Jafé.
b) Segundo suas línguas; corresponde a questão
glotológica, ou seja, a origem de cada povo estava inteiramente relacionada à
suas origens e formação.
c) Segundo suas terras; que
corresponde a questão geográfica, ou seja, a posse de terras pelos povos
pós-dilúvio.
d) Segundo suas nações; que corresponde a questão
política. Administração de um grupo por representação de uma pessoa com caráter
governamental.
III – A
MULTIPLICIDADE LINGUÍSTICA E CULTURAL
Uma única língua falada outorgaria como
vantagem o conhecimento sem os perigos que representam as traduções (ANDRADE,
p.104), porém como desvantagem haveria facilidade dos descendentes de Cam
desviar a atenção dos descendentes de Sem e Jafé (ANDRADE, p. 105).
A construção da torre demonstrava que havia
um medo por parte daquela geração. O medo era concernente a um novo dilúvio,
mas mesmo assim os homens daquela geração buscaram satisfazer a coragem na ação
humana do que em buscar e confiar em Deus.
Portanto, pelo Evangelho Deus busca unificar
a humanidade e não há barreira para a pregação do Evangelho transformador de
Cristo Jesus.
No primeiro instante o orgulho e a autossuficiência
revelaram que a geração do pós-dilúvio tinha esquecido a aliança que Deus havia
feito com Noé.
Mesmo
com o dilúvio vindo sobre a terra os homens continuaram com os antigos hábitos
que desagradava à pessoa de Deus. Deus
não muda, Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente (Hb 13.8).
Portanto não
deixemos que os pecados desta geração cause em nós separação para com a pessoa
de Deus.
Referência
ANDRADE, Claudionor. O Começo de todas as coisas, estudo sobre o livro de Gênesis. Rio
de Janeiro: CPAD, 2015.