Subsídio para as aulas da EBD – Escatologia, o
estudo das últimas coisas
O texto
áureo é categórico em descrever que nos últimos dias sobrevirão tempos
trabalhos, ou seja, será um perigo marcado com muitas dificuldades. Já a
verdade prática sintetiza o estudo escatológico a uma doação de esperança para
os salvos.
Portanto, o
estudo a respeito dos últimos acontecimentos, traz para os salvos a esperança e
muito regozijo. Já para os ímpios a ocorrência das últimas coisas trará
desolação, dor e desespero.
I – O ESTUDO DA ESCATOLOGIA
Escatologia
é o estudo sistemático das últimas coisas.
Lima
de maneira didática divide o estudo da escatologia em duas partes: escatologia
geral e escatologia individual (p. 9).
A escatologia
geral abrange os seguintes estudos:
O fim dos tempos, o arrebatamento da igreja, a grande
tribulação, a vinda de Cristo, o milênio, o juízo final e o perfeito estado
eterno.
Já a escatologia
individual corresponde com os seguintes temas:
O estado intermediário, a ressurreição dos mortos e o destino
final.
Sobre a
temática, escatologia, Horton assim descreve:
O
que a Bíblia diz a respeito dos últimos eventos da vida e da história não é
mera reflexão. O Gênesis demonstra que Deus criou de conformidade com um plano
que incluía sequência, equilíbrio, correspondência e clímax. Todas as coisas
não acontecem por acaso. Depois, de Adão e Eva haverem pecado, Deus lhes fez a
promessa de que o descendente da mulher esmagaria a cabeça da serpente (Gn
3.15; cf. Ap 12.9). A partir daí a Bíblia desdobra paulatinamente um plano de
redenção com promessas feitas a Abraão (Gn 12.3), a Davi (2 Sm 7.11,16) e aos
profetas do Antigo Testamento. Promessas estas que preveem a vinda de Jesus e
seu triunfo final. O Evangelho garante-nos ainda que aquele que em vós começou
a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo (Fp 1.6). Isto é: a Bíblia
inteira focaliza o futuro. Um futuro assegurado pela própria natureza de Deus
(p.609).
Logo, para
Horton fica notável que a escatologia não é mera reflexão e que a mesma é
importante para o cristão, porque corresponde ao futuro. Futuro que se
caracteriza em ser tido como a esperança dos crentes, principalmente por se
tratar da ressurreição dos que já morreram e também por se trata a respeito do
arrebatamento da Igreja.
Sobre a
esperança assim Ralph Riggs (Apud, Horton) descreve:
A
ressurreição e translação dos santos possui uma extensão de glória que não
conseguimos compreender... Virá o tempo em que o Espírito Santo nos envolverá
no seu poder, transformará o nosso corpo pela sua força, e nos transportará
para a glória... Essa será a manifestação dos filhos de Deus, a gloriosa
liberdade dos filhos de Deus... O clímax triunfante da obra do Espírito Santo
(p. 615).
II – A PREOCUPAÇÃO COM FINS DOS TEMPOS
Sobre a
data referente à vinda do Senhor Jesus, muitos já se manifestaram com o
objetivo, marcar data específica, porém concernente aquele dia e hora não cabe
ao homem buscar discernir. O necessário é estar preparado para o momento exato
e tão esperado por todos os cristãos de todos os tempos, isto é, o momento do
arrebatamento da Igreja.
O
inaceitável é que líderes cristãos tomem posse de tamanha baboseira e marquem a
data para o retorno de Jesus.
III – INTERPRETAÇÕES ESCATOLÓGICAS
Há termos
em destaque no estudo da Doutrina das Últimas Coisas que são fundamentais para conhecimento
dos estudantes da Bíblia Sagrada.
Os
pré-tribulacionistas são os que defendem o retorno de Jesus anterior aos sete
anos de tribulação sobre a terra. Logo, o propósito da Grande Tribulação não é
para a Igreja, mas para os israelitas.
Os pré-milenistas
defendem que o retorno de Jesus será anterior ao milênio.
Os
pré-milenistas entendem as profecias do
AT, bem como as de Jesus e do NT, de modo tão literal como seus contextos
admitem. Reconhecem que o modo mais simples de interpretar essas profecias é
colocar a Segunda Vinda de Cristo, a ressurreição dos crentes e o tribunal de
Cristo antes ao Milênio, depois quais haverá uma soltura temporária de Satanás,
seguida por sua derrota final. Então virá o julgamento do Grande Trono Branco
do restante dos mortos, e finalmente, o reino eterno dos novos céus e nova
terra (HORTON, p.631).
Também é
importante saber sobre os pré-milenistas.
Dentro
do pé-milenialismo, em geral, existe uma variedade de pontos de vista acerca do
arrebatamento da Igreja, os quais incluem o pré-milenialismo pré-tribulacional
e pós-tribulacional. Em outras palavras os pré-tribulacionistas estão divididos
quanto as suas opiniões de quando o arrebatamento ocorrerá em relação à
Tribulação e ao Milênio (LAHAYE, p.348).
Já os
midi-tribulacionistas acreditam e defendem que a igreja passará pela metade da
Grande Tribulação.
Os
pós-tribulacionistas ensinam que a Igreja passará pela Grande Tribulação.
Há também
os pós-milenistas que ensinam ser o Milênio uma extensão da Era da Igreja.
Por fim, os
amilenista ensinam que não haverá milênio. Estes e muitos pós-mileninstas são
considerados preteristas, ou seja, defendem que muitos dos temas escatológicos
já aconteceram.
Referência Bibliográfica
HORTON,
Stanley M. Teologia Sistemática, uma
perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.
LAHAYE,
Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica.
Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
LIMA,
Elinaldo Renovato de. O Final de todas
as coisas, esperança e glória para os salvos. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.
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