Deus: o nosso Provedor
Assim como foi para o patriarca Abraão,
também ocorreu com Isaque, pois, este vivenciou um terrível período de crise. Porém,
se aprende que como Isaque não deveria habitar no Egito e sim em Canaã, a
Igreja não deverá fazer da terra sua habitação, pois há uma Canaã celestial que
está sendo preparada por Cristo.
E apareceu-lhe o Senhor e disse: não desças ao Egito. Habita na
terra que eu te disser (Gn 26.2).
A ideia de ir para o Egito lembrava experiências ruins. Isaque estava
sendo lembrado pelo Senhor de que não seria bom que ele fosse ao Egito, uma vez
que seu pai, Abraão, havia passado por experiências ruins naquele lugar, com
consequências amargas que lembravam mentira, engano e humilhação por estar fora
da vontade de Deus (CABRAL, p. 64,65).
I – ISAQUE VAI PARA GERAR
POR CAUSA DA FOME
O período de crise conduz as pessoas a
tomarem decisões precipitadas. Sendo que as decisões precipitadas conduzirão a
resultados catastróficos. É necessário que o cristão antes de tomar uma decisão,
ore ao Senhor para ter da parte de Deus a orientação exata, assim fazendo
colherá os benefícios do Senhor.
A crise estava instalada na terra. No céu,
habitação do Senhor, não havia crise alguma. Logo, percebe-se que são nas
crises que Deus renova as promessas para os teus filhos. No caso do patriarca
Isaque as promessas renovadas foram as que Deus tinha feito a Abraão.
Por fim, o que fez diferença na vida de
Isaque foi à obediência, pois a obediência a Deus faz com que os crentes prosperem.
Com Champlin (p.561, 562) se aprende:
A obediência é imposta por Deus (Dt 13.4).
É essencial á fé (Hb 11.6).
É resultado para quem dá ouvidos à voz de Deus (Êx 19.5).
É um dever que temos diante de Cristo (2 C 10.5).
Consiste em observar os mandamentos de Deus (Ec 12.13).
Manifesta-se através da submissão (Rm 13.1).
Deve proceder do próprio coração (Dt 11.13).
Não deve ter reservas (Js 22.2,3).
Deve ser constante (Fl 2.12).
II – CRISE COM OS VIZINHOS
A mentira exposta pelo crente demonstra a
falta de confiança desde para com a ação do Senhor. Sendo que a mentira também
conduz à destruição. A mentira transmitida por Isaque demonstrou que o
patriarca falhou em sua confiança para com o agir de Deus e também a tal
mentira poderia conduzi-lo a terrível decepção.
Isaque formou lavoura naquela terra e no mesmo ano colheu a cem por um,
porque o Senhor o abençoou (Gn
26.12).
A obra especial de Deus na vida de Abraão foi realizada também
na de seu filho. Deus o abençoava tanto que Isaque se tornou riquíssimo, ou mui
grande, assim despertou a inveja de seus vizinhos filisteus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 63).
Quando Deus prospera o inimigo levanta
pessoas para interferirem na alegria do cristão. Porém, isto ocorre porque
muitas pessoas não suportam ver a prosperidade de Deus ocorrendo na vida dos
cristãos. Portanto, o mais triste é quando a inveja nasce no coração dos
próprios membros da família cristã, ou seja, nos membros da igreja local.
A inveja é uma força divisória, potente o suficiente para
despedaçar a mais poderosa nação ou os amigos mais íntimos
(Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, p.26).
III – CAVANDO POÇOS EM
TEMPOS DE CRISE
Nos tópicos anteriores percebe-se que Isaque
desejou ir ao Egito, porém foi obediente a Deus e não concretizou em atos a ida
a este país. Isaque mentiu ao dizer que Rebeca não era sua irmã, mas visualizou
o livramento de Deus e a prosperidade.
Ao utilizar os poços de Abraão o patriarca
Isaque enfrentou a contenda dos pastores daquela região. Com espírito pacífico
Isaque cava um poço, porém, mais uma vez os pastores contenderam com Isaque,
logo o poço é batizado de Eseque, que significa contenda.
Por ter como qualidade a temperança Isaque
cava mais um poço e os vizinhos mais uma vez se levantam contra o patriarca e o
poço é chamado de Sitna, isto é, inimizade.
Portanto, a inveja gera contenda e inimizade.
Os poços que cavamos podem simbolizar as conquistas espirituais
que fazemos, mas que são alvo de inveja, porfia de nossos inimigos espirituais.
Isaque dá uma lição de paciência e mansidão em não revidar os ataques, mas não
desistir de lutar pelos ideais sonhados. Às vezes nossos inimigos procuram
entulhar nossos poços com as pedras da censura, da calúnia e da mentira para
que desistamos de lutar (CABRAL,
p.73,74).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Antigo
Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
Bíblia
de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD.
CABRAL,
Elienai. O Deus de toda provisão,
esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises. Rio de Janeiro:
CPAD, 2016.