Deus é Fiel

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terça-feira, 16 de maio de 2017

Culto de Doutrina: Não temas, porque este filho terás

Não temas, porque este filho terás
Texto: E aconteceu que, tendo ela trabalho em seu parto, lhe disse a parteira: não temas, porque também este filho terás (Gn 35.17).
Raquel era amada por Jacó, mulher que sofreu por um espaço de tempo pela incapacidade natural de não poder ser mãe, porém Deus a ouviu e abriu a sua madre (Gn 30.22), ao nascer o seu primogênito, deu-lhe o nome de José, isto é, o aumentador. Já na segunda gravidez Raquel não teve a mesma facilidade no parto, fato que culminou na sua morte, mas não na perca do filho.
O medo de Raquel
Toda mãe virtuosa trabalha para o sucesso do filho. O amor materno inicia-se no período da gestação. É uma ligação de ternura e afeto, somados com a proteção. O viver, o escolher, o decidir, o relacionar, enfim, todas as atitudes da mãe passam a serem tomadas em prol daquilo que for melhor para a criança.
Quando o agir tem como objetivo o sucesso do filho, não indica que a mãe outorgará liberdade em todas as situações aos seus filhos, mas ao contrário indica que esta por meio de suas virtudes ensinará o caminho em que a criança deverá andar (Pv 22.6). Logo, se aprende que a mãe virtuosa estará ao lado do filho, educando-o para o crescimento e satisfação.
O amor materno é citado por Isaías:
Pode uma mulher esquecer-se tanto do filho que cria, que se não compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas, ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, me não esquecerei de ti (Is 49.15).
O amor materno outorga a manifestação do compadecer, isto é, do apiedar. Olhar que se manifesta na ação da entrega para o bem do outro. E neste caso no bem do próprio filho.
Raquel no momento em que sofria no parto não teve um olhar para si mesma, mas para o filho que estava por vim. A palavra da parteira outorga esta certeza: não temas, porque também este filho terás. Logo, Raquel estava com medo de não ter aquele filho. O medo de Raquel não pairava sobre a sua vida, mas sobre a existência do filho.
O trabalho de parto provocou em Raquel o sofrimento e o medo de que seu segundo filho nascesse morto se tornaram um símbolo para todas as mães que temem pela vida de seus filhos (Jr 31.15; Mt 2.18). (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 86).
O que é necessário morrer para o nascimento do filho da destra?
A criança ao nascer foi chamada primeiramente de Benoni, isto é, filho de minha dor. Porém, Jacó preferiu chamá-lo de Benjamin, que significa filho do meu poder, ou da minha destra. Portanto, Benjamin tinha um lugar de honra na família.
João, o evangelista, registra as seguintes palavras do Senhor Jesus:
Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto (Jo 12.24).
Para que haja a multiplicação de frutos é necessário que ocorra a morte do ego, do sentimentalismo de superioridade, da arrogância, da ausência do domínio próprio, ou seja, é necessário que morra tudo aquilo que impossibilita a aproximação para com o Senhor Jesus.
Benjamin poderia de fato ser visto como uma dor manifestada para com a família, mas o patriarca Jacó não aceitou tamanha desvalorização àquele que representava a benevolência do Senhor.
Para muitos o nascimento de Benjamin representa a morte de Raquel, porém o que deverá ser analisado não em primeiro o nascimento de Benjamin, mas a morte de Raquel proporcionou o nascimento de Benjamin. Assim também se aprende que a morte de Jesus Cristo proporcionou, proporciona e proporcionará a vida para todos aqueles que O aceitarem como Salvador.
Portanto, não temas porque este viverá. Que os sonhos dos servos de Deus se concretizem para a honra e a glória do Senhor Jesus. Que nos lares dos cristãos os filhos vivam em santidade mediante um mundo de corrupção, pois a promessa descreve que o filho terá, portanto não temas.
Referência:

ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Antigo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

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