Deus é Fiel

Deus é Fiel

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Mulher, não chores

Mulher, não chores

Texto: E vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela e disse-lhe: não chores (Lc 7.13).

O texto relata a respeito da ressurreição do filho de uma viúva que habitava na cidade de Naim, com localização a cerca de dez quilômetros de Nazaré. Atualmente esta cidade é habitada por muçulmanos e continua sendo pequena e pobre. Três pontos se destacam na narrativa histórica da viúva de Naim: primeiro ponto, a mulher era viúva; segundo, o jovem era o seu único filho; e, terceiro, uma grande multidão saia da cidade no cortejo fúnebre. Portanto, a narrativa se introduz com a chegada de Jesus à cidade, e com Ele muitos dos seus discípulos e uma grande multidão.

Logo, se percebe que ocorre a descrição de duas multidões, uma que entrava na cidade e outra que saia da cidade. A liderada por Jesus correspondia com a multidão da alegria, isto é, a caravana da vida, enquanto a liderada pela mulher se definia pela tristeza e pela perca, ou seja, a caravana da morte.

A caravana liderada pela viúva

A dor, o desespero e a tristeza eram nítidos na caravana liderada pela viúva. Por costume da época o corpo deveria ser enrolado em envoltório, feito de linho, a viúva não poderia comer carne e nem beber vinho, e toda refeição deveria ser leve e realizada na casa de um vizinho. Logo, se conclui que a viúva contratou carpideiras e providenciou flautas para o cortejo fúnebre.

Em comparação com o patriarca José, a caravana liderada pela viúva terminaria em uma cova em que o seu único filho seria sepultado. Ao contrário, o patriarca forçadamente tem em uma cova o início de sua trajetória, sendo que a caravana em que o mesmo participa também se define em ser uma caravana de dor e de humilhação.

Porém, o que se percebe em conformidade nos dois casos é que Deus tem em toda circunstância um propósito e não há nada que ocorra sem ser por Deus permitido. Uma cova tinha sido aberta para aquele jovem, Deus não livrou aquela viúva do sofrimento momento da perca do único filho, mas da cova o livramento foi outorgado para o júbilo da viúva. Da cova Deus tirou José e o conduziu em uma caravana até o Egito, em seguida à casa de Potifar, de lá a prisão, porém da prisão ao trono. O fim não se consuma na cova, mas da cova o melhor de Deus há de acontecer.

Porém, a caravana liderada pela viúva chorava.

A caravana liderada por Jesus

Ao aproximar da entrada da cidade Jesus visualizou uma viúva e teve íntima compaixão, e para ela disse a seguinte frase: não chores.

Era aquele o dia da angústia para a viúva, caracterizado negativamente por ser o dia de perda (Jó) e de rejeição (José), mas que positivamente corresponde com o dia de revelação de caráter e de fé. Em suma, o dia da angústia existe para que o nome de Jesus Cristo seja glorificado.

Jesus teve íntima compaixão da viúva, fato emocional que outorgou a palavra consoladora: não chores; e a ação que mudaria o fim trágico em que se conformava a caravana da morte, Jesus toca no esquife e ordena ao jovem que levante.

A porta da cidade estava aberta para a saída da caravana da morte, em que um jovem seria enterrado, esta era a lógica. Porém, Jesus ali estava e na presença do Senhor as portas se abrem para a verdadeira prosperidade, para o milagre e para a vida. Na presença de Jesus as enfermidades são expulsas, a morte se curva diante de Sua glória para que vida seja outorgada aos que estão na sombra da morte.

Portanto, a caravana liderada por Jesus outorga vida e paz ao coração.

No dia da angústia Jesus se manifesta para consolar, toca no esquife com o objetivo inicial, paralisar a multidão, e com propósito final outorgar vida em abundância. Em suma, Jesus está no controle de todas as coisas, portanto, não chores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário