Inspiração
Divina e Autoridade da Bíblia
A Bíblia é o livro
sagrado dos cristãos. Em termos práticos a Bíblia é uma biblioteca, pois nela
se encontra um conjunto de 66 livros que estão divididos em dois testamentos. A
palavra Bíblia deriva do grego biblion, que tem como significado conjunto de
livros. Porém, a palavra Bíblia foi utilizada pela primeira vez em referência
às Escrituras no ano 400 pelo teólogo João Crisóstomo que ficou conhecido como
boca de ouro.
I –
REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO
Há versículos
importantes para a compreensão das duas palavras chaves deste tópico:
No presente versículo
aparece em destaque à palavra revelar, grego αποκαλυπτω que significa, revelação ou manifestação. Conforme o
versículo Deus revela os seus segredos aos seus servos, isto é, Deus torna os
fatos conhecidos.
Toda
a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para
corrigir e para formar na justiça (2
Tm 3.16).
Já o termo inspirado é
acompanhado pela descrição, por Deus, que no original irá aparecer na Escritura
da seguinte maneira, Θεοπνεύστοϛ, que corresponde com soprado por Deus, logo,
toda a Escritura foi soprada por Deus, isto é, inspirada por Deus.
Assim,
a frase “Toda Escritura é inspirada por Deus” se refere à Bíblia inteira, aos
seus 66 livros. A inspiração da Bíblia é especial e única. Não existe na Bíblia
um livro mais inspirado e outro menos inspirado. Todos têm o mesmo grau de
inspiração e autoridade (SOARES, 2017, p.14).
Porque
jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens
inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus (2 Pe 1.21).
A profecia não tem
sua origem na vontade humana, mas os homens foram inspirados pelo Espírito
Santo e proferiram toda a Escritura por vontade Divina.
II –
INSPIRAÇÃO DIVINA
Ponto chave que
auxilia na compreensão que toda a Escritura é inspirada por Deus é notável
quando Paulo acrescenta escrevendo que é proveitosa para ensinar, repreender,
corrigir e formar em justiça. Logo, percebe-se a contribuição da Escritura Sagrada
na formação do indivíduo, no que se trata na formação do caráter.
Os fatos narrados
pelos escritores da Sagrada Escritura são verídicos “porque
a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos
de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.21).
Portanto, a
autoridade da Bíblia é garantida na veracidade da mesma. Sendo que, a
veracidade da Bíblia é definida pelas seguintes integridades:
Integridade
geográfica, pois as descobertas arqueológicas provam com exatidão o local em
que as circunstâncias descritas na Bíblia aconteceram.
É também definida
pela integridade etnológica, isto é, as afirmações bíblicas sobre as raças são
corroboradas pelas descobertas acerca dos povos antigos narrados nas
Escrituras.
Há também a
integridade cronológica que relaciona período do fato e não há controvérsia em
datas quando se trata das narrativas da Bíblia com as descobertas.
E por fim, a
integridade histórica, na Bíblia nomes de reis e personagens importantes são
citados, o que corresponde com as narrativas de anais históricos das antigas
civilizações.
III –
INSPIRAÇÃO PLENA E VERBAL
Inspiração plena
ratifica que todos os livros foram inspirados por Deus, tanto os livros do
Antigo Testamento como do Novo Testamento. Já a descrição inspiração verbal,
ratifica que cada palavra foi inspirada pelo Espírito Santo, isto é, as
palavras vieram de Deus.
A inspiração
é a combinação entre a expressão natural dos escritos e a iniciação e
orientação especiais dos seus escritos concedidos pelo Espírito Santo. Mas o
Espírito Santo não somente dirigia os pensamentos, ou conceitos dos escritores,
como também supervisionava a seleção das palavras para a totalidade do texto (e
não somente para as questões de fé e prática). O Espírito Santo garantia a
exatidão e a suficiência de tudo quanto era escrito como a revelação da parte
de Deus (HORTON, 2003, p.103).
IV –
ÚNICA REGRA INFALÍVEL DE FÉ E PRÁTICA
O conhecimento da Bíblia
proporciona crescimento e melhoramento na conduta de vida dos indivíduos. Assim
sendo o conhecimento Bíblico permite aos cristãos serem abençoados
espiritualmente, fisicamente, financeiramente, emocionalmente e
ministerialmente.
1- Espiritualmente. “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a
verdade” (Jo 17.17). Vida espiritual abençoada é proporcionada
pelo conhecimento da Palavra de Deus.
2- Fisicamente. “Se vos estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem
em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito” (Jo
15.7). O conhecimento da Escritura proporciona uma vida abençoada fisicamente.
3- Financeiramente. “Crede no Senhor, vosso Deus, e estarei
seguros; crede nos seus profetas e prosperareis” (2 Cr 20.20b).
A Palavra de Deus quando conhecida pelo cristão proporciona bênção financeira.
4- Emocionalmente. “Pode uma mulher esquecer-se tanto do filho
que cria, que se não compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas, ainda que
esta se esquecesse, eu todavia, me não esquecerei de ti” (Is
49.15). O conhecimento do Senhor proporciona alívio e segurança ao cristão.
5- Ministerialmente. “Toda Escritura divinamente inspirada é
proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em
justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para
toda boa obra” (2 Tm 3.16,17). O conhecimento do chamado
proporciona despertamento para com a leitura da Bíblia.
A Bíblia é a palavra
de Deus revelada aos homens e nela Deus é revelado como Pai e Senhor. É a Bíblia a única regra de fé e prática do
cristão, por isso, é dever do cristão conhecer as Escrituras Sagradas.
Referência:
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. 8. ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2003.
SOARES, Esequias. A
Razão da nossa fé: assim cremos, assim vivemos. 1. ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2017.
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