Deus é Fiel

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segunda-feira, 26 de junho de 2017

Subsídio da E.B.D: Inspiração Divina e Autoridade da Bíblia

Inspiração Divina e Autoridade da Bíblia
A Bíblia é o livro sagrado dos cristãos. Em termos práticos a Bíblia é uma biblioteca, pois nela se encontra um conjunto de 66 livros que estão divididos em dois testamentos. A palavra Bíblia deriva do grego biblion, que tem como significado conjunto de livros. Porém, a palavra Bíblia foi utilizada pela primeira vez em referência às Escrituras no ano 400 pelo teólogo João Crisóstomo que ficou conhecido como boca de ouro.
I – REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO
Há versículos importantes para a compreensão das duas palavras chaves deste tópico:
Porque o Senhor Javé nada faz sem revelar seu segredo aos profetas, seus servos (Am 3.7).
No presente versículo aparece em destaque à palavra revelar, grego αποκαλυπτω que significa, revelação ou manifestação. Conforme o versículo Deus revela os seus segredos aos seus servos, isto é, Deus torna os fatos conhecidos.
Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça (2 Tm 3.16).
Já o termo inspirado é acompanhado pela descrição, por Deus, que no original irá aparecer na Escritura da seguinte maneira, Θεοπνεύστοϛ, que corresponde com soprado por Deus, logo, toda a Escritura foi soprada por Deus, isto é, inspirada por Deus.
Assim, a frase “Toda Escritura é inspirada por Deus” se refere à Bíblia inteira, aos seus 66 livros. A inspiração da Bíblia é especial e única. Não existe na Bíblia um livro mais inspirado e outro menos inspirado. Todos têm o mesmo grau de inspiração e autoridade (SOARES, 2017, p.14).
Porque jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus (2 Pe 1.21).
A profecia não tem sua origem na vontade humana, mas os homens foram inspirados pelo Espírito Santo e proferiram toda a Escritura por vontade Divina.
II – INSPIRAÇÃO DIVINA
Ponto chave que auxilia na compreensão que toda a Escritura é inspirada por Deus é notável quando Paulo acrescenta escrevendo que é proveitosa para ensinar, repreender, corrigir e formar em justiça. Logo, percebe-se a contribuição da Escritura Sagrada na formação do indivíduo, no que se trata na formação do caráter.
Os fatos narrados pelos escritores da Sagrada Escritura são verídicos “porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.21).
Portanto, a autoridade da Bíblia é garantida na veracidade da mesma. Sendo que, a veracidade da Bíblia é definida pelas seguintes integridades:
Integridade geográfica, pois as descobertas arqueológicas provam com exatidão o local em que as circunstâncias descritas na Bíblia aconteceram.
É também definida pela integridade etnológica, isto é, as afirmações bíblicas sobre as raças são corroboradas pelas descobertas acerca dos povos antigos narrados nas Escrituras.
Há também a integridade cronológica que relaciona período do fato e não há controvérsia em datas quando se trata das narrativas da Bíblia com as descobertas.
E por fim, a integridade histórica, na Bíblia nomes de reis e personagens importantes são citados, o que corresponde com as narrativas de anais históricos das antigas civilizações.
III – INSPIRAÇÃO PLENA E VERBAL
Inspiração plena ratifica que todos os livros foram inspirados por Deus, tanto os livros do Antigo Testamento como do Novo Testamento. Já a descrição inspiração verbal, ratifica que cada palavra foi inspirada pelo Espírito Santo, isto é, as palavras vieram de Deus.
A inspiração é a combinação entre a expressão natural dos escritos e a iniciação e orientação especiais dos seus escritos concedidos pelo Espírito Santo. Mas o Espírito Santo não somente dirigia os pensamentos, ou conceitos dos escritores, como também supervisionava a seleção das palavras para a totalidade do texto (e não somente para as questões de fé e prática). O Espírito Santo garantia a exatidão e a suficiência de tudo quanto era escrito como a revelação da parte de Deus (HORTON, 2003, p.103).
IV – ÚNICA REGRA INFALÍVEL DE FÉ E PRÁTICA
O conhecimento da Bíblia proporciona crescimento e melhoramento na conduta de vida dos indivíduos. Assim sendo o conhecimento Bíblico permite aos cristãos serem abençoados espiritualmente, fisicamente, financeiramente, emocionalmente e ministerialmente.
1- Espiritualmente.Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17). Vida espiritual abençoada é proporcionada pelo conhecimento da Palavra de Deus.
2- Fisicamente.Se vos estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito” (Jo 15.7). O conhecimento da Escritura proporciona uma vida abençoada fisicamente.
3- Financeiramente.Crede no Senhor, vosso Deus, e estarei seguros; crede nos seus profetas e prosperareis” (2 Cr 20.20b). A Palavra de Deus quando conhecida pelo cristão proporciona bênção financeira.
4- Emocionalmente.Pode uma mulher esquecer-se tanto do filho que cria, que se não compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas, ainda que esta se esquecesse, eu todavia, me não esquecerei de ti” (Is 49.15). O conhecimento do Senhor proporciona alívio e segurança ao cristão.
5- Ministerialmente. “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra” (2 Tm 3.16,17). O conhecimento do chamado proporciona despertamento para com a leitura da Bíblia.
A Bíblia é a palavra de Deus revelada aos homens e nela Deus é revelado como Pai e Senhor.  É a Bíblia a única regra de fé e prática do cristão, por isso, é dever do cristão conhecer as Escrituras Sagradas.
Referência:
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. 8. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

SOARES, Esequias. A Razão da nossa fé: assim cremos, assim vivemos. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

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