Maria, mãe
de Jesus – uma serva humilde
Repetiremos boa parte
da introdução do subsídio da lição anterior.
Há seis Marias
mencionadas no Novo Testamento:
Maria, mãe de Jesus
(Mt 1.16);
Maria Madalena (Mt 27.56,61);
Maria, mãe de Tiago e
de José (Jo 19.25);
Maria, mãe de João
Marcos (At 12.12); Maria, mulher cristã que morava em Roma (Rm 16.6);
E, Maria, irmã de
Lázaro, também chamada Maria de Betânia (Lc 10.39).
A verdade prática
salienta que Maria,
mãe de Jesus, nos deixou um exemplo elevado de humildade e submissão à vontade
de Deus.
Já referente ao texto
áureo percebe-se que:
A palavra serva indica a humildade de Maria
perante o Senhor, a prontidão da fé e o serviço obediente, coisas que deveriam
caracterizar todo aquele que crê. Paulo usa a mesma expressão para definir a si
mesmo (Rm 1.1). (RADMACHER; ALLEN;
HOUSE, p. 147).
I –
MARIA, A MÃE DE JESUS
A pessoa de Maria pode ser definida pela palavra do Anjo: salve, agraciada; o Senhor é contigo;
bendita és tu entre as mulheres (Lc 1.28). Logo, Maria era uma mulher muito
abençoada e Deus estava com ela, fato que corrobora que esta mulher procedia
com santidade diante do Senhor.
Maria,
como todos os mortais, foi alvo da graça de Deus, e não uma concessora desta.
Ela desempenhou um papel fundamental, da mesma forma que João Batista recebeu
um chamado especial. Maria foi simplesmente agraciada por Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 146).
Que
reação diferente esta simples camponesa tem, provavelmente ainda muito jovem,
em comparação com a reação de Zacarias, que ficou profundamente abalado e
apavorado pela presença de Gabriel.
Nada
disso é uma crítica a Zacarias. A sua reação ao aparecimento de Gabriel é
compreensível, e Lucas o descreve como irrepreensível (alguém que vivia em
completa concordância com a lei mosaica). O que o contraste nas reações
realmente faz é resultar no louvor de Maria, e nos lembrar da simplicidade e da
sinceridade de sua fé no Senhor – simplicidade e sinceridade cujo exemplo bem
poderíamos seguir (RICHARDS, 2008, p. 134).
Sobre Maria percebem-se quatro qualidades espirituais e morais que
merecem ser destacadas:
a) ela era virgem. Qualidade moral e espiritual que deve ser imitada
pela juventude atual.
b) ela era agraciada. Isto é, Maria foi honrada por Deus.
c) ela desfrutava a presença do Senhor. A presença do Senhor proporciona
o crescimento, a satisfação e a conquista.
d) ela era bendita entre as mulheres. Maria era bem aventurada por sua
dedicação ao Senhor. Quando os indivíduos se dedicam ao Senhor, o Senhor
proporciona grandes coisas para estas pessoas.
II – A ELEVADA MISSÃO DE MARIA
A missão de Maria se concretiza no instante em que Deus lhe outorga a
oportunidade de ser mãe do Salvador. Mãe de Jesus o homem e não mãe de Deus. No
instante em que recebeu a notícia que seria a mãe do Messias, Maria demonstrou
o caráter de submissão à vontade do Senhor.
Sendo caracterizada pela submissão percebe-se que Maria e José educaram
os seus filhos conforme os princípios da fé judaica. Jesus foi circuncidado e
apresentado para assim ratificar o que estava escrito na Lei.
Muitas mães sofrem com os seus filhos por não saberem educarem as
crianças na fé cristã, mas em contra partida se caracterizam como mães que
outorgam o que as crianças querem, mas não no outorgar o que as crianças
necessitam. A submissão a Deus é demonstração de caráter que proporciona uma
educação que norteará os passos da futura geração.
III – O SEU PAPEL NO PLANO DA SALVAÇÃO
Há para os rabinos uma verdade não compreendida por todos os leitores da
Bíblia na passagem de Gênesis 3.15, a semente da mulher, para estes a semente
da mulher corresponde com a não participação de um homem na fecundação de uma
virgem. Logo, antes do nascimento de Jesus os rabinos já ensinavam que uma
virgem daria a luz um filho, isto é, corroborando a mensagem de Isaias.
Porém, não corrobora o ensino da igreja Católica que defende ser Maria
redentora e mediadora. Logo, daí o surgimento da mariolatria, literalmente culto a Maria (ANDRADE, p.178). Dogmaticamente
os católicos estudam a seguinte disciplina, mariologia, onde que
sistematicamente Maria é estudada como genitora de Jesus e por isso, tem como
objetivo a divinização de Maria.
Por fim, Maria não é mediadora, pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens:
o homem Cristo Jesus (1 Tm 2.5).
Referência:
ALLEN,
Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
RICHARDS. Lawrence O.
Comentário Histórico-Cultural do Novo
Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
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