Deus é Fiel

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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Doutrina: Gideão, varão valoroso

Gideão, varão valoroso
Texto: Então o anjo do Senhor lhe apareceu, e lhe disse: O Senhor é contigo, homem valoroso (Jz 6.12).
O nome Gideão vem do hebraico e significa lenhador ou guerreiro, sendo que a primeira definição se associa ao período em que o juiz Gideão era apenas um agricultor, e não tinha o preparo necessário para a guerra. Porém, a segunda definição se associa com o período em que Gideão liderou os israelitas, outorgando vitória contra os midianitas.
Este foi o quinto dos juízes de Israel e deixou a sua marca na galeria dos heróis da fé, primeiramente por ser chamado diretamente por Deus e por segundo, com apenas 300 homens conduzir o triunfo para os israelitas diante dos midianitas (Jz 7.19). O período dos juízes tem como marco inicial a morte de Josué e abrange cerca de 300 anos encerrando no fim do governo de Samuel. A narrativa do período dos juízes encontra se no sexto livro da Bíblia, o de Juízes e também nas narrativas iniciais de 1º Samuel.
O período dos juízes é anterior ao dos reis (Jz 17.6), pois naqueles dias não havia rei em Israel e cada qual fazia o que parecia direito aos seus olhos. Os juízes mais conhecidos são: Débora, Gideão, Jefté e Sansão. Neste período o tema é: o povo serve a outros deuses, Deus entrega o povo a outros povos, o povo vota para Deus e Deus suscita um Juiz.
1- O povo serve a outros deuses. No período anterior mesmo sendo o momento histórico conhecido como o da conquista de Canaã os israelitas não conseguiram eliminar os seus inimigos e com isto tiveram que conviver com os cananeus, filisteus e demais povos pagãos. Tais povos não requeriam dos israelitas o abandono de Deus, porém influenciavam os israelitas a práticas politeístas e como consequência a nação eleita deixava de servir a Deus e serviam a Baal e a Astarote (Jz 2.13). Baal era o principal deus adorado pelos cananeus, era considerado o deus da fertilidade, da chuva e da vegetação, enquanto Astarote era a deusa da guerra e da fertilidade e mulher de Baal. O culto a Baal envolvia o sacrifício de crianças (2 Re 21.3-6).
2- Deus entrega o povo a outros povos. A primeira opressão foi de oito anos cuja submissão foi aos mesopotâmios (Jz 3.7-11). Já a segunda submissão foi de dezoito anos e aos moabitas (Jz 3.12-21), em seguida de vinte anos aos cananeus (Jz 4-5), em seguida por sete anos pelos midianitas (Jz 6.1-10.15) e a quinta opressão a Israel foi por parte dos amonitas e filisteus (Jz 10-12). Este último povo só foi vencido nos dias de Davi.
3- O povo volta para Deus. A prática do pecado de idolatria conduzia os israelitas à opressão seguida de tristeza e dor. Em tal situação a nação israelita gemia (Jz 2.18). O povo de Israel voltava para Deus por vivenciar o caos de ser submetidos por nações adjacentes. Em meio as aflições os israelitas clamavam a Deus e se arrependiam da apostasia (Jz 2. 15,18).
4- Deus suscita um Juiz. O juiz era escolhido por Deus, qualificado por meio da vocação mediante o poder da presença de Deus em seu ministério (Jz 2.18, 6.16), possuía autoridade em sua missão (Jz 6.14), e além de tudo era sobrenaturalmente revestido de poder do Espírito Santo de Deus (Jz 3.10).
Entretanto, com Gideão se aprende que nem toda perca é sinônimo de derrota. Pois, ao todo na sua liderança se encontravam trinta e dois mil homens que passaram pela análise da peneira da coragem, sendo que nesta peneira foram eliminados vinte e dois mil por serem covardes, logo ficaram dez mil soldados (Jz 7.3). A segunda peneira foi realizada com dez mil homens, sendo esta conhecida como a peneira da sabedoria, e apenas trezentos homens obtiveram o sucesso, pois, o restante do povo era ingênuo.
Gideão é definido como varão valoroso que se torna visível em duas virtudes: coragem e sabedoria. Coragem para enfrentar os obstáculos, os inimigos e continuar prosseguindo em frente. E sabedoria para saber conduzir os liderados conforme os princípios Bíblicos, fato notável quando Gideão destrói o altar de Baal e derruba o bosque que era usado como lugar de adoração pagã a Baal. 
Por fim, Deus pode fazer muita coisa contando com bem pouco, podendo obter vitórias inesperadas (CHAMPLIN, p.903).
Referência:

CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 2. São Paulo: Hagnos, 2014.

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