Deus é Fiel

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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Culto de Doutrina: Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, senão de Deus

Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, senão de Deus
Texto: E Jaaziel disse: Dai ouvidos todo o Judá, e vós, moradores de Jerusalém, e tu, ó rei Josafá. Assim o Senhor vos diz: Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, senão de Deus (2 Cr 20.15).
Uma grande multidão proveniente de Moabe, e de Amom, juntamente com outros amonitas se juntaram contra Josafá. A aliança destes contra o rei de Judá proporcionou ao monarca maior aproximação para com Deus. Pois, ao ficar sabendo da ameaça, a Deus clamou, reconhecendo a soberania divina, confiando nas promessas e também em reconhecer as limitações humanas. É necessário compreender que a vida de Josafá permite aos cristãos do século XXI a aproximação para com Deus por meio do exemplo deste monarca.

Panorama da vida de Josafá
O nome Josafá tem como significado Jeová julgou. Foi o quarto rei de Judá, filho do rei Asa, o sexto da linhagem de Davi, iniciou o governo com 35 anos de idade e governou por 25 anos, teve os profetas Elias e Eliseu como contemporâneos.
Eis alguns destaques inspiradores de Josafá para com a geração dos dias atuais:
1- Governou por três anos em substituição ao seu pai. Os três primeiros anos de governo de Josafá foram em substituição ao rei Asa que estava enfermo. A lição para as gerações da modernidade se resume no compreender que é necessário ficar ao lado dos pais, principalmente quando eles precisam de auxílio.
2- Selecionou mestres. Escolheu mestres, dentre os sacerdotes e os levitas, e os enviou para que instruíssem ao povo, nas cidades de Judá. O propósito disso foi levar os judaítas a aderirem aos ensinamentos da lei (2 Cr 17.7-9). (CHAMPLIN, p.589). Aprende-se com Josafá que é necessário posicionar ao lado de pessoas que buscam a face do Senhor, neste caso foram selecionados os sacerdotes e os levitas.
Os levitas eram os descendentes de Levi que se destacaram no episódio do bezerro de ouro ao não se comprometerem na profanação, por levantarem e agirem contra os idólatras (Êx 6.25;32.26;32.28). Porém, com o passar do tempo os levitas se focaram em duas atividades: o sacerdócio que pertencia à família de Arão e os demais levitas que ficaram com a missão de auxiliarem os sacerdotes.
Já a missão principal do sacerdote era possibilitar a relação entre o homem e Deus. Ou seja, tinha como missão levar o homem até Deus por meio de sacrifícios e pela oração intercessora. Jesus em seu ministério foi Sacerdote perfeito, pois por meio da sua morte, Ele Jesus foi o próprio sacrifício oferecido ao Pai para a salvação de todos os que creem.
Resposta para com a oração feita
Há três pontos importantes para serem observados em 2 Crônicas 20, são eles: a oração de Josafá, a resposta verbal da parte de Deus, e o agir de Deus em destruir os inimigos de Judá.
1- Oração de Josafá (2 Cr 20.5-12). A oração de Josafá apresenta três elementos necessários na vida daquele que ora a Deus: primeiro, aquele que fala com Deus deverá reconhecer a soberania divina; segundo, deverá confiar no agir de Deus; e por terceiro, deverá reconhecer as suas próprias limitações.
1.1- Reconhecimento da soberania de Deus. Josafá apresenta o seu reconhecimento para com a soberania divina em primeiro citá-lo como Deus dos patriarcas da nação Judaica. Em segundo, reconhece que todos os reinos estão sobre o domínio de Deus. Por fim, em saber que nas mãos do Senhor há força e poder e ninguém poderá resistir o agir de Deus.
1.2- Confiança. Josafá compreendia o valor espiritual que a casa do Senhor outorgava para com os judeus, pois o monarca apresenta as seguintes necessidades: espada, juízo, peste ou fome; e ao mesmo tempo descreve, pois o teu nome está nesta casa; e clamaremos a ti na nossa angústia, e tu nos ouvirás e livrarás (2 Cr 20.9). A confiança é necessária para todos os que se apresentam diante de Deus. A confiança cristã não poderá se estabelecer em coisas ou em pessoas, mas sim em Deus, que é fiel para cumprir o que prometeu.
1.3- Reconhecimento das limitações humanas. Em nós não há força e não sabemos o que faremos (v.12), são duas ratificações que correspondem com as limitações do rei de Judá e de todos os seus judeus diante do exército inimigo. Quando os seres humanos reconhecem os seus próprios limites, permitem que Deus trabalhe com eficiência e eficácia.
2- Deus usa a Jaaziel. Jaaziel é usado para dizer ao rei e a todo o povo de Judá que não deveriam temer a multidão, pois a peleja era de Deus, e também para que a nação de Judá compreendesse que o Senhor estaria com eles (v.17). A fala divina outorga alimento que nutre a confiança, principalmente quando Deus ratifica que a peleja pertence a Ele.
3- O agir de Deus em livrar a Judá. Após ouvir a voz de Deus o rei e todo o Judá adoraram ao Senhor. A adoração é necessária para que o indivíduo contemple o agir de Deus, pois quando o cristão adora, Deus por meio do seu agir ministra o livramento para com o seu povo.
A multidão não causará o fim daqueles que possuem a promessa de Deus, pois quando o inimigo levanta contra os que pertencem ao Senhor, terão que pelejar contra Deus, pois a Deus pertence à peleja e de pé os filhos de Deus presenciarão a vitória sobre os inimigos, portanto, em qualquer circunstância não temas.
Referência:
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 3. São Paulo: Hagnos, 2014.

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