Perseverança
e Fé em Tempo de Apostasia
A presente lição tem
como objetivo geral conscientizar que para perseverarmos na fé
precisamos crescer em Cristo, estar em constante vigilância e confiar nas
promessas.
Há três elementos
necessários para que o cristão não caia na apostasia, são eles: a perseverança,
a fé e a confiança. Sendo, que estes elementos deverão ser mantidos em
corroboração às promessas de Deus. A apostasia é um adultério espiritual, ou
seja, é uma traição a Deus.
Assim escreveu Lima a
respeito da definição do termo apostasia:
Apostasia
(gr. apostasia) significa desvio, afastamento, abandono. Tem o sentido também
de revolta, rebelião, no sentido religioso. Numa definição clara, apostasia quer
dizer abandono da fé... Apostasia, no original do Novo Testamento, vem do verbo
aphistemi, com o sentido de rejeitar uma posição anterior, aderindo à posição diferente
e contraditória à primeira fé, repelindo-a em favor de nova crença (p.23).
A apostasia é o
abandono premeditado da fé. E conforme os ensinos bíblicos é um tipo de
adultério espiritual. No contexto ministerial há líderes que se apostataram da
fé, abraçando posições que outrora eram rejeitas. Porém, o maior problema
causado por tal atitude se refere ao desvio de uma comunidade. Líderes que
mudam suas concepções erroneamente levam consigo inúmeras pessoas. E por passar
o tempo percebe-se o fracasso espiritual destas famílias.
I –
A NECESSIDADE DO CRESCIMENTO ESPIRITUAL
1- Indo além dos rudimentos doutrinários sobre
arrependimento e fé.
2- Indo além dos rudimentos doutrinários sobre batismo
e imposição de mãos.
3- Indo além dos rudimentos doutrinários sobre
ressurreição e juízo.
Comentário:
De maneira nenhuma os
cristãos da atualidade poderão menosprezar o valor dos seguintes temas, que
estão inteiramente ligados ao histórico do cristianismo: arrependimento, fé, batismo,
imposição das mãos, ressurreição e também a respeito da doutrina do juízo.
Logo, se percebe que estas doutrinas são fundamentos para o palmilhar do
crente, pois a trajetória cristã se inicia com o arrependimento dos pecados e
passa a ter o olhar voltado diretamente para com doutrinas escatológicas.
Arrependimento corresponde
com a mudança de pensamento, fato no texto que corresponde com mudança
referente às exigências da Lei. Já o batismo se identifica com a necessidade direta
da purificação espiritual. Enquanto, que a validade da imposição das mãos na
Antiga Aliança era descrita na delegação de poder, assim como no Novo
Testamento corresponde com a transmissão de poder mediado pelo Espírito Santo (RADMACHER;
ALLEN; HOUSE, 2013).
O crescimento
espiritual do cristão passa por três etapas básicas: origem, processo e
perfeição.
A origem corresponde
com atitudes que conduze o indivíduo a se arrepender de seus pecados, e também
com a fé que permite que este continue na presença de Cristo.
A etapa conhecida
como processo corresponde com as ações que conduz o indivíduo a desejar a
aproximação para com o Senhor, assim descrita pela atitude que conduz ao
batismo e a imposição das mãos.
Já as doutrinas que
se associam com a perfeição se corroboram com a ressurreição que se concretizará
em um corpo de glória e com o julgamento dos cristãos, isto é, no tribunal de
Cristo.
II –
A NECESSIDADE DA VIGILÂNCIA ESPIRITUAL
1- Apostasia, uma possibilidade para quem foi
iluminado e regenerado.
2- Apostasia, uma possibilidade para quem vivenciou a
Palavra e o Espírito.
3- Apostasia, uma possibilidade para quem viveu as
expectativas do Reino.
Comentário:
É necessário vigiar,
pois uma pessoa regenerada que vivenciou a doutrinação da Palavra por meio da
pessoa do Espírito Santo e que tinha expectativa no e do Reino poderá se
afastar dos princípios fundamentais da fé cristã e torna-se um opositor a
mensagem Bíblica.
Em vez
de falar da perda da justificação, a passagem se refere ao fracasso de um
crescimento à maturidade. O crente que, tentado, é levado a cair (como traduz
melhor o grego), depois de já haver obtido progresso na caminhada cristã, como
se evidencia nas características do crescimento cristão indicadas nos
versículos 4 e 5, após a queda (o abandono não de Cristo, mas da corrida
cristã) coloca-se em risco de ficar estagnado no crescimento cristão (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 649).
III –
NECESSIDADE DE CONFIAR NAS PROMESSAS DE DEUS
1- O serviço cristão e a justiça de Deus.
2- A perseverança de Abraão e a fidelidade de Deus.
3- Cristo, sacerdote e precursor do crente.
Comentário:
É possível que alguém
que se apostatou da fé possa se arrepender e voltar a servir no labor cristão,
pois a justiça de Deus transforma o mais vil dos pecadores em um servo fiel. Porém,
o escritor da carta motiva a confiança dos leitores ao relatar da perseverança do
pai da fé, relacionando-a com a fidelidade de Deus. Por fim, sintetiza com a
descrição de Cristo, o sacerdote perfeito.
A peroração da lição
pode ser resumida nas seguintes palavras:
Os cristãos
que conservam sua esperança na presença de Deus hão de chegar com confiança ao
trono da graça (Hb 4.4-16). Como a esperança dos cristãos é segura e não pode
ser abalada, devem usá-la com perseverança (RADMACHER;
ALLEN; HOUSE, p. 650).
REFERÊNCIA:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo
comentário Bíblico Novo Testamento. Rio
de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
LIMA, Elinaldo Renovato de. O Final de todas as coisas, esperança e glória para os salvos. Rio
de Janeiro: CPAD, 2015.
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