Contrastes
na Adoração da Antiga e Nova Aliança
A presente lição tem
como objetivo geral explicitar que a adoração na Nova Aliança está
fundamentada no sangue de Cristo. Ratificando a verdade prática,
pois a eficácia da adoração neste período da Nova Aliança está no
fato de elea estar fundamentada no sangue de Cristo.
Veneração
elevada que se presta a Deus, reconhecendo-lhe a soberania sobre o Universo, o
governo moral e a força de seus decretos. Em hebraico temos a palavra sãhâ; e,
em grego, proskyneo. Ambos os termos enfatizam o ato de prostração e reverência (ANDRADE,
p.19).
A adoração da Antiga
Aliança era de característica terrestre, enquanto a adoração na Nova Aliança se
define em ser espiritual.
I –
O CULTO E SEUS ELEMENTOS NA ANTIGA ALIANÇA
1- O culto e seus utensílios.
2- O culto: seus oficiantes e liturgia.
Comentário:
As três entradas de
acesso ao Tabernáculo tinha em sequência os seguintes nomes: caminho, verdade e
vida. Logo, quando Jesus afirmou ser o Caminho, a Verdade e a Vida, estava afirmando
ser Ele o sacrifício que conduziria a humanidade ao Pai, a direção perfeita que
santificaria os crentes e sendo Ele o próprio Deus.
Jesus
se tornou o caminho para o Pai por meio da Sua morte e ressurreição. Cristo
também é a verdade e a vida. Por ser a verdade, Ele é a revelação de Deus. Por
ser a vida, Ele é a ligação entre Deus e nós (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 266).
Eu sou o Caminho. Por ser o Caminho Jesus torna-se a direção ao Pai e
isto por meio da morte e ressurreição. Para as ciências humanas todos os
caminhos levam o homem a Deus, porém conforme a Bíblia Sagrada apenas Jesus o
Caminho que leva o indivíduo à presença de Deus.
Em comparação ao
período veterotestamentário percebe-se que o pátio do Tabernáculo media 22
metros de largura por 45 metros de comprimento e tinha uma única entrada. A
única entrada ao pátio passou a ser chamada de caminho. E no pátio havia o
altar dos holocaustos e a pia para purificação.
O altar possuía
quatro pontas projetadas como de chifre de animal que significava poder e
proteção através do sacrifício. Já a pia era utilizada para purificação onde
ocorria a lavagem cerimonial. Para adentarem ao lugar da habitação de Deus os
sacerdotes deveriam se lavar na pia.
Sendo Jesus o
Caminho, logo Ele próprio é o sacrifício que exerce poder e proteção para todos
aqueles que chegaram e chegarão à sua presença (Jo 1.12). Quando a lança
perfurou o Senhor Jesus saiu água, isto indica que Ele é a Água da Vida.
Eu sou a Verdade. A segunda entrada do Tabernáculo se chamava verdade,
isto é, revelação, portanto sendo Jesus a revelação do Pai percebe-se que Ele
próprio é o verbo encarnado que revela o Pai. No lugar santo do Tabernáculo
havia três utensílios: mesa dos pães (representava Jesus como o Pão da vida), o
castiçal (representava Jesus como a luz do mundo. No evangelho de João (1.1-18)
encontra-se a introdução do livro. E na introdução duas coisas são marcantes: a
identidade do Verbo e as obras do Verbo. Conforme os versículos 3, 9, 13, e 18
as obras do verbo são criar, iluminar, regenerar e revelar. Portanto, Jesus é a
luz que ilumina o mundo), e o Altar do Incenso (representava Jesus como o
mediador da Nova Aliança).
Eu sou a Vida. Verdade que indica ser Jesus o próprio Deus. No lugar Santo do Santo
havia a Arca da Aliança, que representava Jesus, sendo Ele o próprio Deus. Na
arca estavam as pedras da lei, o maná (a presença do maná indicava a
providência de Deus para com os israelitas) e também a vara de Arão.
Por fim, se a porta
de acesso ao pátio era chamada de Caminho, a porta de acesso ao Lugar Santo era
chamada de Verdade e a porta de acesso ao Santo dos Santos era chamada de Vida.
Por isso, Jesus disse: Sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai
senão por mim (Jo14.6).
II –
A EFICÁCIA DO CULTO NA NOVA ALIANÇA
1- Uma redenção eterna.
2- Uma consciência limpa.
3- Uma herança eterna.
Comentário:
O sacrifício
desenvolvido pelo sumo sacerdote teria a eficiência e eficácia por período de
um ano, enquanto que a obra desenvolvida pelo Senhor Jesus na cruz tem sua eficiência
e eficácia que outorga a oportunidade de vida eterna, logo compreende que Jesus
tornou-se filho de um homem, sendo Ele o Filho de Deus, para que os filhos dos
homens fossem chamados de Filhos de Deus.
Porém, o sacrifício
da Antiga Aliança por ser externo cobria o pecado e não o removia, enquanto que
o sacrifício de Cristo remove todo pecado. Os elementos
do antigo culto, juntamente com sua simbologia, eram ineficazes porque não
tratavam do interior do homem, mas somente do seu aspecto externo
(GONÇALVES, p.90), porém, compreende a presente citação com a seguinte
continuação: Os sacerdotes na Antiga Aliança ofereciam
sacrifícios com sangue de animais; Cristo, porém, entrou no santuário com seu
próprio sangue. Ele foi a oferta. Em vez de entrar repetidas vezes, como fazia
os antigos oficiantes, Cristo entrou no Tabernáculo celeste uma vez para sempre
(GONÇALVES, p.90).
III –
A SINGULARIDADE DO CULTO DA NOVA ALIANÇA
1- O santuário celeste.
2- Um sacrifício superior.
3- Uma promessa gloriosa.
Comentário:
A adoração no santuário
terrestre teve o seu valor, pois proporcionou aos israelitas a aproximação para
com o Senhor em comunhão e em aliança. Já na Nova Aliança por ser o sacrifício
de Jesus superior proporciona uma adoração com maior abrangência, sendo esta de
ordem espiritual. Nota-se que o tópico conclui com o versículo 28, que trata de
uma promessa gloriosa, isto é, da glorificação dos cristãos ou o chamado para a
glorificação.
O arrebatamento será
a retirada da igreja deste mundo para encontra-se com Jesus e se unir com Ele
eternamente. Neste episódio ocorrerá o chamado para a glorificação, ou seja,
pessoas que receberam a Cristo e viveram para Cristo receberão da parte de
Cristo a concretização da promessa de viver a eternidade ao lado do Senhor e
ser semelhante a Ele (Jo 14.2; 1 Jo 3.2).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário
Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro:
Editora Central Gospel, 2013.
ANDRADE, Claudionor
Corrêa. Dicionário Teológico, com
definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
GONÇALVES, José. A
supremacia de Cristo: fé, esperança e ânimo na carta aos Hebreus. Rio de
Janeiro: CPAD, 2017.
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