Deus é Fiel

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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Subsídio da E.B.D: Jesus – Sumo Sacerdote de uma ordem superior

Jesus – Sumo Sacerdote de uma ordem superior
A presente lição tem como objetivo geral apresentar a tipologia do sacerdócio de Melquisedeque com relação a Jesus Cristo, expressando a verdade de que nosso Senhor possui um sacerdócio imutável, perfeito e eterno.
Portanto, a lição é deslindada em três tópicos para a real compreensão do objetivo geral e objetivos específicos: primeiramente trata do quanto ao aspecto de sua tipologia, já o segundo corresponde com o quanto ao aspecto de sua natureza e por terceiro quanto ao aspecto de seus atributos.
I – QUANTO AO ASPECTO DE SUA TIPLOGIA
1- Um sacerdócio com realeza.
2- Um sacerdócio firmado na justiça.
3- Um sacerdócio com legitimidade divina.
Comentário:
Tipologia pode ser definida como a classe de metáfora que não consiste meramente em palavras, mas em fatos, pessoas ou objetos no porvir. Estas figuras são numerosas e chamam-se na Escritura sombra dos bens vindouros, e se encontram, portanto, no Antigo Testamento (LUND & NELSON, p. 79).
Lund e Nelson acrescentam ainda:
Sobretudo a carta aos Hebreus faz referência aos tipos do Antigo Testamento, como, por exemplo, ao sumo sacerdote que prefigurava a Jesus: aos sacrifícios que prefiguravam o sacrifício de Cristo; ao santuário do templo que prefigurava o céu, etc (Hb 9.11-28;10.6-10) – (p.80).
Logo, o próprio nome de Melquisedeque já define a tipologia do Messias ao qual ele representava, pois o nome Melquisedeque significa rei de justiça e rei de paz. Para os judeus o Messias teria a junção das funções de rei e de sacerdote, funções presentes na pessoa de Melquisedeque o tipo do Messias.
Um rei segundo os moldes da política deverá possuir legitimidade, legalidade e reconhecimento. Ainda para a ciência política a legitimidade se transcorre pela sequência da religião, da racionalidade e também pelo estado de bem-estar (ou ordem). Porém, a legitimidade da tipologia apresentada pelo escritor se notabiliza na realeza e na justiça divina de Jesus, por ser sem pai e sem mãe. Sendo assim Jesus não precisava de uma genealogia para ratificar a sua legitimidade sacerdotal.
II – QUANTO AO ASPECTO DE SUA NATUREZA
1- Um sacerdócio perfeito.
2- Um sacerdócio imutável.
3- Um sacerdócio eterno.
Comentário:
O presente tópico destaca três versículos do capítulo 7 que são 11, 12 e 16, tendo como palavras chaves: perfeito, imutável e eterno. Ou seja, o sacerdócio de Cristo é superior por ser um sacerdócio perfeito, imutável e eterno. A superioridade do sacerdócio de Cristo está também evidenciada pela palavra empenhada por Deus (juramento) de que Ele é para sempre. O sistema levítico não teve tal garantia (GONÇALVES, p.74).
A imperfeição do sacerdócio da Antiga Aliança era nítida por ser incapaz de resolver o problema da culpa e ao mesmo tempo por não poder perdoar conforme a exigência da santidade divina. Já na Nova Aliança o ministério sacerdotal de Jesus é perfeito, pois retira a culpa, justificando o indivíduo e o santifica, tornando-o consagrado ao Senhor.
Houve mudança de sacerdócio, pois o sacerdócio do Antigo Testamento era mutável, enquanto o sacerdócio do Senhor Jesus Cristo é imutável e também é eterno. Uma mudança de sacerdócio proporciona a manifestação do desequilíbrio do sistema, fato que autenticamente conduzirá na mudança da jurisdição e da maneira em que se desenvolve o sacrifício. O sacrifício da culpa era anual, já na Nova Aliança um único sacrifício foi necessário, logo houve mudança da forma em que a jurisdição era desenvolvida, assim como a alteração na concepção do sacrifício. A Lei tornou-se antiquada, e sua substituição tornou-se necessária porque jamais pôde chegar ao alvo tencionado por Deus. Em Cristo, esse alvo havia sido alcançado, e essa é a razão de nossa esperança (GONÇALVES, p.74).
III – QUANDO AO ASPECTO DE SEUS ATRIBUTOS
1- Um sacerdote santo.
2- Um sacerdote inculpável.
3- Um sacerdote imaculado.
Comentário:
Atributos são particularidades que descrevem as qualidades de alguém, conforme a definição percebe-se no versículo 26 alguns atributos referentes ao sacerdócio do Senhor Jesus Cristo: santo, imaculado, inocente, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus.
Santo, que Ele é separado, piedoso e misericordioso. Inocente, Aqui a ideia é de alguém que não tem maldade. A sua santidade não é apenas externa, mas também interna. Ele é santo por dentro e por fora (GONÇALVES, p.75). Imaculado, a ideia aqui é extraída dos princípios exigidos na consagração dos sacerdotes. O sacerdote na antiga aliança não poderia ter defeito corporal algum. O autor mostra que Jesus possui um caráter imaculado. O seu sentido vai muito além da pureza ritual, mostrando a natureza ética do sacerdócio de Jesus (GONÇALVES, p.75).
Para concluir é necessário compreender que a ordem de Melquisedeque se resume nas seguintes descrições:
Melquisedeque era sacerdote e rei (Gn 14.18). Na há registro sobre a origem de Melquisedeque. Portanto, Jesus é sacerdote e rei de Jerusalém (Is 11,5) e não tem origem e nem fim, pois Ele é eterno (Jo 1.1).
Os sacerdotes eram líderes, portanto os líderes na atualidade deverão se espelhar em Jesus como o Sumo Sacerdote, maior líder de todos os tempos, pois o sumo sacerdote concentrava nas pessoas (é constituído em favor dos homens nas coisas concernentes a Deus – Hb 5.1), eram compassivo com os fracos e ignorantes (Hb 5.2), estavam em prontidão para enfrentar o pecado (Hb 5.3), e não autonomeava, mas eram vocacionado por Deus (Hb 5.4). Portanto, sendo Jesus o Sumo Sacerdote é necessário que os cristãos mantenham firme a confissão, porque Jesus pode compadecer das fraquezas dos homens e outorgar satisfação espiritual.
Referência:
LUND. E. NELSON. P.C. Hermenêutica. São Paulo: Vida, 2001.

GONÇALVES, José. A supremacia de Cristo: fé, esperança e ânimo na carta aos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

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