Dádiva,
Privilégios e Responsabilidades na Nova Aliança
A presente lição tem
como objetivo geral mostrar que a Nova Aliança é uma dádiva divina
que traz grandes responsabilidades. Ratificando a verdade
prática, pois a Nova Aliança é uma dádiva divina que traz
grandes responsabilidades.
A respeito da dádiva
ratificada no capítulo em apreço, pode-se concluir que:
O autor
de Hebreus contrasta os sacerdotes levíticos com Jesus, nosso Sumo Sacerdote. Os
sacerdotes levíticos sempre ficavam de pé diante de Deus. Não havia assento no
santuário, porque o serviço dos sacerdotes nunca terminava. Havia sempre
pecados para serem expiados. Por sua vez, Cristo se assentou à destra do Pai
(Hb 1.3;8.1) depois de haver oferecido a si mesmo como sacrifício. Isso indica
que Seu trabalho de expiação terminara. Suas palavras finais na cruz, está
consumado (Jo 19.30), declaram essa realidade espiritual (RADMACHER;
ALLEN; HOUSE, p. 656).
I – A
DÁDIVA DA NOVA ALIANÇA
1- Uma única oferta.
2- Um único ofertante.
3- Uma única vez.
Comentário:
A oferta foi única,
realizada por um único ofertante e apenas uma única vez, sem ser necessária a
repetição das oblações pelos pecados. Perceba a riqueza dos seguintes
versículos:
Na qual vontade temos
sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez. Mas
este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está
assentado à destra de Deus (Hb 10.10,12).
Santificados pela
oblação do corpo de Jesus, feita uma vez em um único sacrifício. Logo, conclui-se
que o sacrifício de Jesus Cristo foi definitivo, isto é, não é necessário que
outro sacrifício seja desenvolvido, e também foi eficaz, pois outorga a
santificação definitiva, proporcionando a regeneração. Pelo sacrifício
definitivo de Cristo, os crentes foram afastados de seus pecados e separados
para Deus (RADMACHER; ALLEN;
HOUSE, p. 656).
II –
OS PRIVILÉGIOS DA NOVA ALIANÇA
1- Regeneração.
2- Adoração.
3- Comunhão.
Comentário:
O presente tópico
destaca três privilégios: regeneração, adoração e comunhão.
O termo grego para
regeneração é παλιγγενεσία e significa novo nascimento, regeneração,
reprodução, sendo que no sentido moral corresponde com mudança pela graça,
sendo a mudança da natureza carnal para uma nova vida, ou mudança de uma vida
pecaminosa para uma vida santificada. Subentende ainda que regeneração pode ser
definida pelas seguintes palavras: retorno, renovação, restauração e
restituição.
O novo nascimento não
corresponde com a reencarnação, nascer em um novo corpo e em uma nova vida, mas
corresponde em mudança de vida e de atitudes por passar a ser morada do
Espírito Santo. É nascer da água e do Espírito, verdade que corresponde com o
arrepender de todos os pecados, e ser submisso e guiado pelo Espírito Santo.
O versículo 25
desperta para o seguinte fato: a adoração ocorre na igreja, local onde a
comunhão se notabiliza.
Não
deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos
uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.
O escrito deixa bem
claro, três motivos que são identificadores dos que deixam a casa de Deus:
primeiro, o coração não purificado (Hb 10.22); segundo, a não retenção da
confissão (Hb 10.23), e; por terceiro, a desconsideração para com os outros (Hb
10.24).
Na congregação cada
crente pode contribuir para o bem-estar do outro, Eis
por que o autor exorta os hebreus a congregar e a manter-se unidos. É provável
que alguns cristãos deixassem de comparecer às reuniões da Igreja por talvez
temerem perseguições (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 658).
Portanto, na
congregação cada crente tem por obrigação edificar o seu irmão e nunca
transformar a Palavra de Deus em um meio para justificar suas ações e provocar
a ira nos demais.
III –
RESPONSABILIDADES DA NOVA ALIANÇA
1- Vigilância.
2- Confiança.
3- Perseverança.
Comentário:
A vigilância é
necessária para que o cristão permaneça firme na presença de Jesus, logo sem vigilância
a permanência em obediência aos princípios poderão de certa maneira ser d
‘estabelecidos.
Portanto, é
necessário que o cristão não perca a confiança, pois na perca da confiança se
perde a esperança.
Já a palavra
perseverança poder ser definida por resistência e constância. Logo,
perseverança é a resistência paciente mantida até mesmo em momentos em que
situações adversas são reais. Pode ser definida com o manter firme no foco a
qual foi vocacionado. Vocação para salvação e não para a perdição.
Perseverança define o
indivíduo persistente que tem constância nas suas ações e não desiste diante
das dificuldades. Firmeza é o termo apropriado para caracterizar o indivíduo
que não duvida dos princípios aprendidos e os colocam em prática.
Deus
não deixou de cumprir nenhuma das suas promessas. Na verdade, o ritmo pausado
que Ele adotou é motivado pela paciência. Deus está esperando para estender a
oportunidade aos seres humanos, para que se arrependam (RICHARDES,
p.528).
A paciência deverá
ser uma das virtudes que caracteriza o cristão em meio às tribulações da vida,
pois em Cristo deverá ser lançada toda ansiedade, Ele tem cuidado da sua Igreja
(1 Pe 5.7).
Portanto, a
perseverança bíblica apresenta a necessidade da ação humana no que corresponde
cultivar uma vida de oração, no manter o coração e a mente sob o escudo da fé,
no desenvolver uma dependência de Deus em todas as situações e principalmente
no cultivar a esperança que manterá os olhos em Cristo (POMMERENING, p. 129).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo
comentário Bíblico Novo Testamento. Rio
de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
RICHARDS, Lawence O. O Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro:
CPAD, 2008.
POMMERENING, Claiton Ivan. A obra da Salvação, Jesus Cristo é o caminho a verdade e a vida. Rio
de Janeiro: CPAD, 2017.
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