O que é Ética
Cristã
A presente lição tem
como objetivo geral apresentar o conceito e os fundamentos da ética cristã.
Tendo como ponto central a ética cristã remonta as virtudes do Reino de Deus. A
lição tem como texto áureo 1 Coríntios 10.23, texto que destaca as seguintes
palavras: Todas as coisas me são lícitas. Embora tendo
liberdade, também temos a responsabilidade de ajudar os outros em seu
crescimento cristão. Nosso primeiro dever é com os outros, não com nós mesmos (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 429).
Logo, as Escrituras Sagradas ensinam o que convêm à virtude do
bem-viver cristão em sociedade (VERDADE
PRÁTICA).
I –
O CONCEITO DE ÉTICA CRISTÃ
1- Definição Geral.
2- Ética e Moral.
3- Ética Cristã.
4- Princípios da Ética Cristã.
Comentário:
O primeiro tópico tem
como objetivo específico conceituar ética cristã. Apresentando as seguintes
divisões: definição geral, interligação entre ética e moral, descrição a
respeito da ética cristã, e os princípios da ética cristã.
Sobra a definição de
ética, duas concepções são bem descritivas: a primeira, descrição de cunho
teológico; e a segunda, cunho filosófico.
Portanto, a ética
pode ser definida em:
Estudo
sistemático dos deveres e obrigações do indivíduo, da sociedade e do governo.
Seu objetivo: estabelecer o que é certo e o que errado. Ela tem como fonte a
consciência, o direito natural, a tradição e as legislações escritas; mas,
acima de tudo, o que Deus estabeleceu em Sua Palavra – a Ética das éticas (ANDRADE, p.121).
O destaque da
primeira descrição está quando o autor descreve a relação da origem da ética em
ser superior a todos os demais conceitos éticos desenvolvidos e vivenciados.
Ética
é o conjunto de valores e princípios que usamos para responder a três grandes
questões da vida: 1. quero? 2. devo? e 3. posso? Nem tudo que eu quero eu
posso; nem tudo que eu posso eu devo; e nem tudo que eu devo eu quero. Você tem
paz de espírito quando aquilo que você quer é ao mesmo tempo o que você pode e
o que você deve (CORTELLA, 2014).
Já o conceito da
moral se sintetiza em ser o desenvolvimento do indivíduo na sociedade em
comportamento íntegro que priorize a obediência às regras estabelecidas pela
comunidade.
Por fim, a ética
cristã é a ação do cristão em obedecer a Deus mediante os princípios da ética
Bíblica que se resume nas palavras imutável e universal. A base da ética
vivenciada pelo cristão é a Bíblia que não altera a sua mensagem e visualiza
universalizar as práticas que agradam a Deus.
II –
FUNDAMENTOS DA ÉTICA CRISTÃ
1- O Decálogo.
2- Os profetas.
3- O sermão do Monte.
4- As Epístolas Paulinas e Gerais.
Comentário:
O presente tópico tem
como objetivo específico expor os fundamentos da ética cristã, sendo que esta
exposição ocorre mediante a seguinte divisão: o decálogo, os profetas, os
Evangelhos, o sermão do monte e as epístolas paulinas e gerais.
No decorre da
narrativa do decálogo percebe-se que este se trata de resumo da lei moral de
Deus. Os dez mandamentos em duas tábuas. Do primeiro ao quarto mandamento na
primeira tábua. Do quinto ao décimo na segunda tábua. Na primeira tábua
encontrava os mandamentos que estavam diretamente relacionados com a vida do
indivíduo para com Deus com direção vertical. Já a segunda tábua com sentido
horizontal tratava-se dos mandamentos que outorgam ligação entre o indivíduo e
o seu próximo. O decálogo corresponde com a ética cristã: amar a Deus acima de
todas as coisas (sentido vertical) e amar o próximo como a si mesmo (sentido
horizontal).
Porém, nota-se que os
motivos do decálogo são tríplices:
Prover
um padrão de justiça, pois os dez
mandamentos proporcionam a formação do caráter e da conduta do ser humano. O
caráter corresponde com o modo de ser de cada indivíduo. E a conduta
corresponde com o modo de agir. Ambas se definem no Ser e no Fazer.
Identificar
e expor a malignidade do pecado,
pois os dez mandamentos expõe os seguintes tipos de pecado: idolatria,
desrespeito, desonra, assassinato, traição, roubo, concupiscência...
Revelar
a santidade de Deus, Deus é Santo e
isto se torna evidente com os dez mandamentos. Pois, se a lei revela o pecado e
requer que aquele que aproxima de Deus não peque, logo se conclui que Deus é
Santo.
Assim como o decálogo
são também as outras divisões enfáticas em descrever o amor como elemento
fundamental para a ocorrência da ética cristã.
III
– CHAMADOS A VIVER ETICAMENTE
1- Não cobiceis as coisas más.
2- Não vos torneis idólatras.
3- Não nos prostituamos.
Comentário:
Conscientizar de que
fomos chamados para viver uma vida eticamente cristã é o objetivo específico
deste presente tópico que descreve a respeito da cobiça, idolatria e a
prostituição.
Inveja é o mesmo que
cobiça, e é regularmente traduzida em algumas versões pelas seguintes
expressões: avareza, avidez, intuito ganancioso e principalmente pela palavra
concupiscência. Entretanto, inveja poderá ser definida como a disposição que
sempre estar pronta a sacrificar o próximo em lugar de si mesmo em todas as
coisas, não meramente em negócios de dinheiro.
A cobiça nasceu no
momento em que Lúcifer desejou ser maior que Deus (Is 14. 12-20). Adão e Eva
desobedeceram a Deus por causa da concupiscência (Gn 3. 1-5). E por causa da
inveja Abel foi assassinado pelo seu irmão Caim (Gn 4.5).
Já a respeito da idolatria
percebe-se que é tudo aquilo que usurpa o lugar de Deus (GOMES, 2016, p. 112).
Na visão divina
idolatria é:
Abominável
(Dt 7.25).
Odiosa
para Deus (Dt 16.22).
Tola e
sem sentido (Sl 115.4,8).
Não
tem proveito algum (Is 46.7).
É
contagiosa (Ez 20.7).
É
pedra de tropeço (Ez 14.3).
São
impotentes (1 Co 8.4; Hb 10.5) –
(GOMES, 2016, p.114).
Portanto, além da
negação à cobiça e a idolatria nota-se que a descrição de 1 Coríntios 10 a
respeito de uma analogia à ética descreve o dever dos cristãos em não nos
prostituamos, não tentemos ao Senhor e não murmureis.
Referência:
ANDRADE, Claudionor
Corrêa. Dicionário Teológico, com
definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
CORTELLA, Mário
Sérgio e BARROS FILHO, Clovis de. Ética
e Vergonha na Cara. São Paulo: Editora Papirus, 2014.
GOMES, Osiel. As
obras da carne e o fruto do Espírito. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo
comentário Bíblico Novo Testamento. Rio
de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário