Exortações
Finais na Grande Maratona da Fé
A presente lição tem
como objetivo geral mostrar que, assim como um atleta, o cristão
corre a grande maratona da fé.
I –
A CORRIDA PROPOSTA
1- O exemplo dos antigos.
2- O exemplo de Jesus.
3- O exemplo da Igreja.
O presente tópico é
mediado pelo seguinte objetivo: discutir a respeito
da corrida que nos foi proposta por Deus. Sendo que três exemplos são nítidos: dos antigos, de Jesus e da
Igreja.
O exemplo dos antigos
corresponde com os heróis da fé que são descritos em situações básicas, onde a
fé tornou-se decisiva para determinar a vitória mediante as perseguições, o
tempo, a aproximação da morte e perante a certeza.
1- Perante as perseguições. Tanto
perseguições provenientes de ordens espirituais como humanas, pois, os quais,
pela fé venceram reinos (v.33).
2- Perante o tempo. Ou seja, perante o tempo no que corresponde ao
alcançar as promessas, pois os quais, pela fé, alcançaram as promessas (v.33).
3- Perante a chegada da morte. As
mulheres receberam, pela ressurreição os seus mortos (v. 35).
4- Perante a certeza. Isto
é, a certeza de vivenciar uma melhor ressurreição (v. 35).
A fé em si é o firme
fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem.
Logo, a fé é o firme fundamento da esperança e a certeza do cristão.
O exemplo de Jesus
corresponde com o ato de o Messias ter suportado a cruz, desprezado a afronta e
por fim, assentou a destra do trono de Deus. Com base nos versículos 3 e 4
compreende que os crentes hebreus estavam desfalecendo. Deveriam,
portanto, tomar como exemplo Jesus Cristo, que, mesmo sendo inocente, suportou
a afronta dos pecadores.
[...]
Jesus Cristo não apenas suportou o escárnio, o desprezo e a oposição dos
pecadores; muito mais do que isso; Ele derramou seu sangue pela humanidade. Era
verdade que os cristãos hebreus haviam passado por certas provas e sofrimentos,
mas não ao ponto de derramar sangue. Não havia, portanto, razão para recuar (GONÇALVES,
p.118).
Já o testemunho da
Igreja se caracteriza em aplicar a disciplina, ou seja, a correção divina que
se apresenta nos versículos 5 e 6. O termo correção na língua portuguesa pode
ser definido por retificação, ou seja, alteração do que não está certo. Porém,
no texto Bíblico (Hb 12.5), a palavra pode ser definida por instrução que
significa ensino desenvolvido por Deus a aqueles que Ele ama. Pois, a palavra
grega presente no texto (παιδευει) e que é citada treze vezes na Bíblia,
significa corrigir a criança. Portanto, se compreende que Deus sendo Pai
instrui os seus filhos.
1- A correção do Senhor é motivada pelo
amor. Champlin apresenta duas frases que merecem destaque
sobre a correção divina: o oposto da
injustiça não é a justiça, mas o amor, e o juízo é um dedo da mão amorosa de
Deus (p. 933).
2- Ao receber a correção divina. Que
filho há quem o pai não corrija? Quem não recebe a correção é bastardo e não
filho (v.8). Portanto, quando o crente recebe de Deus a correção o mesmo não
poderá: outorgar espaço para a ira, desanimar e não se esquecer do propósito.
A existência da ação
em corrigir alguém está relacionada com o pecado. A correção é dirigida a
aqueles que estão no pecado, sobre o poder do pecado e sobre a condenação do
pecado. Se alguém não aceita a correção este não é considerado filho, mas de
fato um bastardo.
O indivíduo suporta a
correção quando o mesmo reconhece a paternidade divina e quando sente uma
tristeza segundo Deus.
1- O reconhecimento da paternidade divina. Porque não
recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas
recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai (Rm 8.15).
2- A tristeza segundo Deus. Agora, no
entanto, me alegro, não porque fostes contristados, mas porque o efeito da
tristeza vos levou ao arrependimento. Porquanto, segundo a vontade de Deus é
que fostes entristecidos, a fim de que não sofrêsseis prejuízo algum por nossa
causa. A tristeza, conforme o Senhor, não produz remorso, mas sim uma qualidade
de arrependimento que conduz à salvação; porém, a tristeza do mundo traz a
morte (2 Co 7.9,10).
Portanto, a
finalidade da correção é produzir paz e justiça (v.11). Pois, a aprendizagem
que se tem do ato da correção até a produção da justiça e da paz é que há
necessidade de esforço da parte do cristão para a conquista de resultados.
A
correção que Deus impõe nos dá oportunidades cada vez mais novas para nos
exercitarmos espiritualmente, e desta forma nos aproximarmos mais do objetivo
de Deus para nós, de vida verdadeiramente justa e de paz interior (RICHARDS, p. 511).
II –
CORREDORES BEM TRENADOS
1- Respeitam limites.
2- Mantêm a mente limpa.
3- Valorizam as coisas espirituais.
Comentário:
O presente tópico
apresenta o seguinte objetivo específico: mostrar que
precisamos ser corredores bem treinados. A palavra-chave para
compreender este tópico será o termo, santificação, pois quando o cristão
reconhece a necessidade de se santificar, é porque este reconhece as suas
limitações. Atitude esta que proporciona a manutenção de uma mente limpa e a valorização
das coisas espirituais.
III –
A CORRIDA FINAL, EXORTAÇÕES FINAIS
1- Valorizar a liderança.
2- Valorizar a doutrina.
3- Valorizar a adoração.
Comentário:
O presente tópico tem
como objetivo: saber que estamos na reta final da nossa corrida da fé. E para a
concretização da vitória é necessário que valorize a liderança, a doutrina e a
adoração.
Portanto, conforme a
aprendizagem do parágrafo (Hb 13.7-17) os pastores deverão ser lembrados por
terem ensinado aos membros da comunidade cristã uma mensagem cristocêntrica
(vv.8,9), por terem conduzido os crentes à correta liturgia na adoração
(vv.10,11,15), instruído a comunidade cristã ao objetivo da morte de Cristo no
calvário (vv.12,13,14), e por terem exortado aos crentes a vivenciarem uma
autêntica prática cristã (v.16).
Referência:
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia
de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 1. São Paulo: Hagnos, 2014.
GONÇALVES, José. A
supremacia de Cristo: fé, esperança e ânimo na carta aos Hebreus. Rio de
Janeiro: CPAD, 2017.
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio
de Janeiro: CPAD, 2008.
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