Deus é Fiel

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segunda-feira, 19 de março de 2018

Subsídio da E.B.D: Exortações Finais na Grande Maratona da Fé


Exortações Finais na Grande Maratona da Fé
A presente lição tem como objetivo geral mostrar que, assim como um atleta, o cristão corre a grande maratona da fé.
I – A CORRIDA PROPOSTA
1- O exemplo dos antigos.
2- O exemplo de Jesus.
3- O exemplo da Igreja.
Comentário:
O presente tópico é mediado pelo seguinte objetivo: discutir a respeito da corrida que nos foi proposta por Deus. Sendo que três exemplos são nítidos: dos antigos, de Jesus e da Igreja.
O exemplo dos antigos corresponde com os heróis da fé que são descritos em situações básicas, onde a fé tornou-se decisiva para determinar a vitória mediante as perseguições, o tempo, a aproximação da morte e perante a certeza.
1- Perante as perseguições. Tanto perseguições provenientes de ordens espirituais como humanas, pois, os quais, pela fé venceram reinos (v.33).
2- Perante o tempo. Ou seja, perante o tempo no que corresponde ao alcançar as promessas, pois os quais, pela fé, alcançaram as promessas (v.33).
3- Perante a chegada da morte. As mulheres receberam, pela ressurreição os seus mortos (v. 35).
4- Perante a certeza. Isto é, a certeza de vivenciar uma melhor ressurreição (v. 35).
A fé em si é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem. Logo, a fé é o firme fundamento da esperança e a certeza do cristão.
O exemplo de Jesus corresponde com o ato de o Messias ter suportado a cruz, desprezado a afronta e por fim, assentou a destra do trono de Deus. Com base nos versículos 3 e 4 compreende que os crentes hebreus estavam desfalecendo. Deveriam, portanto, tomar como exemplo Jesus Cristo, que, mesmo sendo inocente, suportou a afronta dos pecadores.
[...] Jesus Cristo não apenas suportou o escárnio, o desprezo e a oposição dos pecadores; muito mais do que isso; Ele derramou seu sangue pela humanidade. Era verdade que os cristãos hebreus haviam passado por certas provas e sofrimentos, mas não ao ponto de derramar sangue. Não havia, portanto, razão para recuar (GONÇALVES, p.118).
Já o testemunho da Igreja se caracteriza em aplicar a disciplina, ou seja, a correção divina que se apresenta nos versículos 5 e 6. O termo correção na língua portuguesa pode ser definido por retificação, ou seja, alteração do que não está certo. Porém, no texto Bíblico (Hb 12.5), a palavra pode ser definida por instrução que significa ensino desenvolvido por Deus a aqueles que Ele ama. Pois, a palavra grega presente no texto (παιδευει) e que é citada treze vezes na Bíblia, significa corrigir a criança. Portanto, se compreende que Deus sendo Pai instrui os seus filhos.
1- A correção do Senhor é motivada pelo amor. Champlin apresenta duas frases que merecem destaque sobre a correção divina: o oposto da injustiça não é a justiça, mas o amor, e o juízo é um dedo da mão amorosa de Deus (p. 933).
2- Ao receber a correção divina. Que filho há quem o pai não corrija? Quem não recebe a correção é bastardo e não filho (v.8). Portanto, quando o crente recebe de Deus a correção o mesmo não poderá: outorgar espaço para a ira, desanimar e não se esquecer do propósito.
A existência da ação em corrigir alguém está relacionada com o pecado. A correção é dirigida a aqueles que estão no pecado, sobre o poder do pecado e sobre a condenação do pecado. Se alguém não aceita a correção este não é considerado filho, mas de fato um bastardo.
O indivíduo suporta a correção quando o mesmo reconhece a paternidade divina e quando sente uma tristeza segundo Deus.
1- O reconhecimento da paternidade divina. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai (Rm 8.15).
2- A tristeza segundo Deus. Agora, no entanto, me alegro, não porque fostes contristados, mas porque o efeito da tristeza vos levou ao arrependimento. Porquanto, segundo a vontade de Deus é que fostes entristecidos, a fim de que não sofrêsseis prejuízo algum por nossa causa. A tristeza, conforme o Senhor, não produz remorso, mas sim uma qualidade de arrependimento que conduz à salvação; porém, a tristeza do mundo traz a morte (2 Co 7.9,10).
Portanto, a finalidade da correção é produzir paz e justiça (v.11). Pois, a aprendizagem que se tem do ato da correção até a produção da justiça e da paz é que há necessidade de esforço da parte do cristão para a conquista de resultados.
A correção que Deus impõe nos dá oportunidades cada vez mais novas para nos exercitarmos espiritualmente, e desta forma nos aproximarmos mais do objetivo de Deus para nós, de vida verdadeiramente justa e de paz interior (RICHARDS, p. 511).
II – CORREDORES BEM TRENADOS
1- Respeitam limites.
2- Mantêm a mente limpa.
3- Valorizam as coisas espirituais.
Comentário:
O presente tópico apresenta o seguinte objetivo específico: mostrar que precisamos ser corredores bem treinados. A palavra-chave para compreender este tópico será o termo, santificação, pois quando o cristão reconhece a necessidade de se santificar, é porque este reconhece as suas limitações. Atitude esta que proporciona a manutenção de uma mente limpa e a valorização das coisas espirituais.
III – A CORRIDA FINAL, EXORTAÇÕES FINAIS
1- Valorizar a liderança.
2- Valorizar a doutrina.
3- Valorizar a adoração.
Comentário:
O presente tópico tem como objetivo: saber que estamos na reta final da nossa corrida da fé. E para a concretização da vitória é necessário que valorize a liderança, a doutrina e a adoração.
Portanto, conforme a aprendizagem do parágrafo (Hb 13.7-17) os pastores deverão ser lembrados por terem ensinado aos membros da comunidade cristã uma mensagem cristocêntrica (vv.8,9), por terem conduzido os crentes à correta liturgia na adoração (vv.10,11,15), instruído a comunidade cristã ao objetivo da morte de Cristo no calvário (vv.12,13,14), e por terem exortado aos crentes a vivenciarem uma autêntica prática cristã (v.16).
Referência:
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 1. São Paulo: Hagnos, 2014.
GONÇALVES, José. A supremacia de Cristo: fé, esperança e ânimo na carta aos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

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