João Batista, o maior dos que nasceram de mulher
Texto: Em verdade vos
digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que
João Batista; mas aquele que é o menor no Reino dos Céus é maior do que ele (Mt 11.11).
João Batista era um
ser humano e por mais que ele tenha sido grande a sua posição era a de menor no
Reino dos Céus. Logo, estas descrições são verdades que se devem compreender a
respeito do precursor do Messias.
Concernente à vida do
profeta João Batista alguns pontos deverão ser analisados com cautela, que de
fato descrevem a grandeza não apenas de um homem, mas acima de tudo de um
profeta comprometido com a mensagem do Reino dos Céus: primeiro, a síndrome;
segundo, o conselho; e por terceiro, o compromisso com a verdade.
A Síndrome
de João Batista
Síndrome é um
conjunto de sinais ou sintomas que define a manifestação clínica de
determinadas doenças. Conjecturando
percebe-se que João Batista enviou os seus discípulos ao Mestre para perguntar
se de fato era ele mesmo o que havia de vir ou aquela geração deveria esperar
outro? (Mt 11.3).
Portanto, a dúvida é
visível na descrição do profeta quando expressou as seguintes palavras:
E
eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem
após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; e
ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo (Mt
3.11).
O batismo com o
Espírito Santo se difere do batismo com fogo. Logo, o batismo com o Espírito
Santo corresponde com o revestimento do alto, porém, o batismo com fogo
corresponde com juízo, ou seja, com a condenação.
Na Sua
primeira vinda, Cristo batizou com o Espírito. Porém, quando vier novamente,
Ele batizará com fogo.
O
significado de fogo aqui é controverso, mas pode ser entendido como uma
expressão do juízo proclamado por Deus antes (Mt 3.10) e depois (Mt 3.12). Uma
comparação cuidadosa de três passagens semelhantes (Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33)
revela que o batismo com fogo é mencionado somente quando o juízo aparece antes
no contexto (RADMACHER; ALLEN;
HOUSE, p. 20).
Portanto, a síndrome
de João Batista é que ele esperava que Jesus condenasse aqueles que rejeitassem
a mensagem do Reino, fato que só ocorrerá no período do juízo.
O
conselho de João Batista
Os discípulos de João
Batista perceberam que muitos iam ter com o Senhor Jesus, o que levou o profeta
a expressar as seguintes palavras:
É
necessário que ele cresça e que eu diminua (Jo
3.30).
Para o profeta Jesus
deveria crescer em popularidade, enquanto ele tinha que diminuir. Os seis
versículos posteriores apresentam três explicações que ratificam o motivo de
que Jesus deveria crescer e João diminuir.
Primeiro motivo: a
origem divina do Messias (Jo 3.31).
Segundo motivo: o
ensinamento divino do Messias (Jo 3.32-34).
Terceiro motivo: a
autoridade divina de Jesus (Jo 3.35,36).
Compromisso
de João com a verdade
João tinha um
compromisso com a verdade ao ponto de reprender a uma autoridade política
incrédula utilizando os mesmos princípios regentes aos crentes, pois o profeta
reprendeu Herodes que ao ir a Roma, seduziu Herodias, mulher de seu irmão e
casou se com ela, categoricamente desfazendo dois matrimônios. Fato que
conduziu João a reprender Herodes com as seguintes palavras: não te é lícito
possuí-la (Mt 14.4).
A descrição do
profeta descreve o seu compromisso com a verdade, tanto em proclama-la como em
vivê-la.
Em fim, a vida do
profeta João deverá ser inspiradora e motivacional para que os cristãos da
atualidade possam vivenciar o Evangelho puro. Amando na prática a Palavra, não
buscando a condenação do próximo, mas buscando o crescimento da popularidade do
nome e da Pessoa de Cristo, pelo compromisso firmado com a verdade.
Referência:
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo
comentário Bíblico Novo Testamento. Rio
de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
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