Deus é Fiel

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terça-feira, 13 de março de 2018

Doutrina: João Batista, o maior dos que nasceram de mulher


João Batista, o maior dos que nasceram de mulher
Texto: Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas aquele que é o menor no Reino dos Céus é maior do que ele (Mt 11.11).
João Batista era um ser humano e por mais que ele tenha sido grande a sua posição era a de menor no Reino dos Céus. Logo, estas descrições são verdades que se devem compreender a respeito do precursor do Messias.
Concernente à vida do profeta João Batista alguns pontos deverão ser analisados com cautela, que de fato descrevem a grandeza não apenas de um homem, mas acima de tudo de um profeta comprometido com a mensagem do Reino dos Céus: primeiro, a síndrome; segundo, o conselho; e por terceiro, o compromisso com a verdade.
A Síndrome de João Batista
Síndrome é um conjunto de sinais ou sintomas que define a manifestação clínica de determinadas doenças.  Conjecturando percebe-se que João Batista enviou os seus discípulos ao Mestre para perguntar se de fato era ele mesmo o que havia de vir ou aquela geração deveria esperar outro? (Mt 11.3).
Portanto, a dúvida é visível na descrição do profeta quando expressou as seguintes palavras:
E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; e ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo (Mt 3.11).
O batismo com o Espírito Santo se difere do batismo com fogo. Logo, o batismo com o Espírito Santo corresponde com o revestimento do alto, porém, o batismo com fogo corresponde com juízo, ou seja, com a condenação.
Na Sua primeira vinda, Cristo batizou com o Espírito. Porém, quando vier novamente, Ele batizará com fogo.
O significado de fogo aqui é controverso, mas pode ser entendido como uma expressão do juízo proclamado por Deus antes (Mt 3.10) e depois (Mt 3.12). Uma comparação cuidadosa de três passagens semelhantes (Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33) revela que o batismo com fogo é mencionado somente quando o juízo aparece antes no contexto (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 20).
Portanto, a síndrome de João Batista é que ele esperava que Jesus condenasse aqueles que rejeitassem a mensagem do Reino, fato que só ocorrerá no período do juízo.
O conselho de João Batista
Os discípulos de João Batista perceberam que muitos iam ter com o Senhor Jesus, o que levou o profeta a expressar as seguintes palavras:
É necessário que ele cresça e que eu diminua (Jo 3.30).
Para o profeta Jesus deveria crescer em popularidade, enquanto ele tinha que diminuir. Os seis versículos posteriores apresentam três explicações que ratificam o motivo de que Jesus deveria crescer e João diminuir.
Primeiro motivo: a origem divina do Messias (Jo 3.31).
Segundo motivo: o ensinamento divino do Messias (Jo 3.32-34).
Terceiro motivo: a autoridade divina de Jesus (Jo 3.35,36).
Compromisso de João com a verdade
João tinha um compromisso com a verdade ao ponto de reprender a uma autoridade política incrédula utilizando os mesmos princípios regentes aos crentes, pois o profeta reprendeu Herodes que ao ir a Roma, seduziu Herodias, mulher de seu irmão e casou se com ela, categoricamente desfazendo dois matrimônios. Fato que conduziu João a reprender Herodes com as seguintes palavras: não te é lícito possuí-la (Mt 14.4).
A descrição do profeta descreve o seu compromisso com a verdade, tanto em proclama-la como em vivê-la.
Em fim, a vida do profeta João deverá ser inspiradora e motivacional para que os cristãos da atualidade possam vivenciar o Evangelho puro. Amando na prática a Palavra, não buscando a condenação do próximo, mas buscando o crescimento da popularidade do nome e da Pessoa de Cristo, pelo compromisso firmado com a verdade.
Referência:
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

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