A Abrangência
Universal da Salvação
O objetivo geral da
presente lição é mostrar que a salvação em Jesus Cristo é de
abrangência universal; e como objetivos específicos: explicar o que é a obra expiatória de Cristo; discutir a
respeito do alcance da obra expiatória de Cristo; e, apontar que Cristo oferece
salvação a todos.
A obra de Cristo na cruz é completa e abrangente. De fato torna-se
completa, pois foi eficiente e eficaz, em que por uma única vez Jesus foi
entregue, o cordeiro substituto, outorgando salvação a todos os que creem. A obra
também é abrangente, pois abrange o tempo e as pessoas, o tempo, pois os que
viveram antes da cruz por meio das promessas estavam olhando para a
concretização e os que viveram após o cumprimento, são justificados ou
condenados pela ação meritória de Jesus na Cruz.
I – O QUE É A OBRA EXPIATÓRIA DE CRISTO
1. A necessidade de
expiação.
2. A abrangência do
pecado.
3. A expiação de
Cristo.
Comentário:
A morte de Jesus foi uma expiação pelos pecados da humanidade. Expiar o
pecado é cobri-lo, apaga-lo e perdoar o transgressor. A expiação tornou-se
necessária por causa da abrangência do pecado. Com a desobediência de um, todos
pecaram e se distanciaram de Deus, o que separa o ser humano de Deus são as
transgressões e o pecado tornou-se abrangente e pode ser definido em suas ações
por três palavras: pena, poder e presença.
A penalidade do pecado é removida mediante a justificação em Cristo
Jesus. A justificação é um aspecto da salvação, definida por ser um ato da graça
divina e permite que o indivíduo seja salvo dos pecados passados.
O poder do pecado é removido da vida do cristão mediante a santificação
progressiva. Santificação é o crescimento na graça, e se prolonga por toda a
vida, de fato corresponde com a salvação dos pecados presentes.
A presença do pecado será removida de uma vez por todas quando todos os
cristãos adentrarem no céu e com Cristo todos forem glorificados. Glorificação é
o desfrutar da graça, ocorrerá quando o cristão chegar ao céu e de fato
corresponde com a salvação de um mundo de pecado, e se estenderá por toda a
eternidade.
Portanto,
a expiação é a suprema expressão do amor do Pai para com a humanidade através de
Jesus (POMMERENING, 2017,
p. 62).
II – O ALCANCE DA OBRA EXPIATÓRIA DE CRISTO
1. A importância
humana.
2. Cristo ocupou o
lugar do pecador.
3. Alcance universal
da obra expiatória.
Comentário:
Após o pecado o ser humano passou a ser definido pelas palavras:
incapacidade e depravação. Incapacidade total, isto é, o homem por si mesmo não
consegue a salvação, já a depravação total descreve a entrega dos seres humanos
aos mais diversos tipos de delitos e de pecados.
O ser humano passou a ser visto e notabilizado pelos conflitos
existenciais e destes muitos transtornos se concretizaram e se perpetuam na
sociedade. Guerras, pobreza, violência, prostituição, adultério e outros tantos
males se tornaram visíveis pela consumação do pecado original e se caracterizam
em proporção por meio do pecado atual.
Porém, Cristo ocupou o lugar do pecador, o homem tornou-se se incapaz,
mas Jesus venceu o pecado e foi o substituto perfeito, sem mancha e sem mácula.
E quando recebemos a morte de Cristo como
nossa redenção, tornamo-nos aceitos nEle e amados do Pai (Ef 1.6); a justiça
dEle torna-nos justos (Rm 3.21); somos santificados pelo Espírito Santo, desenvolvemos
o caráter de Cristo e produzimos o fruto do Espírito (Gl 5.22-23). Temos o
perdão de Deus, a purificação do pecado (At 2.38;3.19) e ainda a esperança da
redenção completa, quando o que é corruptível revestir-se de incorruptibilidade
(1 Co 15.53-54) e a trombeta soar, quando mortos e vivos subirão para o
encontro com o Senhor nos ares (1 Ts 5.13-18) - (POMMERENING,
2017, p. 69).
III – CRISTO OFERECE SALVAÇÃO A TODO O MUNDO
1. Perdão, libertação
e cura.
2. A salvação é para
todo o mundo.
3. A responsabilidade
do cristão.
Comentário:
O resultado alcançado pelos cristãos é a reconciliação para com Deus, ou
seja, quem estava na condição de inimigo de Deus agora é amigo de Deus. Fato que
outorga aos cristãos a responsabilidade para com os que não foram ainda alcançados,
logo é dever de cada salvo pregar as boas novas em Cristo Jesus.
Portanto,
ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado (Mt 28.19,20).
Este
versículo geralmente é interpretado como se contivesse três mandamentos, ou
seja,: ir, batizar, fazer discípulos ou ensinar. Mas, na verdade, a Grande
Comissão gira em torno do mais imperativo deles: fazer discípulos. Fazer
discípulos envolve três passos: ir, batizar e ensinar, principalmente os dois
últimos. O batismo aponta para a decisão de crer em Cristo. Quando uma pessoa
cria em Cristo, ela deveria ser batizada; não há nenhum cristão no Novo
Testamento que não tivesse sido batizado (RADMACHER; ALLEN;
HOUSE, p.88).
No texto original o ide não aparecesse no imperativo. A explicação está
na missão de cada cristão em pregar o Evangelho. Cada crente prega o evangelho,
com palavras e sem palavras. E o mais importante a salientar é que os crentes
pregam o evangelho através do testemunho. Assim foi com a igreja primitiva que
através do testemunho de vida conseguiram levar muitos a Cristo. Portanto, o
imperativo aparece no fazer discípulos, isto é, ensinai. O crescimento da
igreja se dá na obediência à Palavra de Deus.
Referência:
ALLEN,
Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
POMMERENING, Claiton Ivan. A obra da Salvação, Jesus Cristo é o caminho a verdade e a vida.
Rio de Janeiro: CPAD, 2017.