500 anos da Reforma Protestante, Lutero se levantou e
eu?
No dia 31 de outubro de
2017 comemorará 500 anos em que Martinho Lutero definitivamente demonstrou
repúdio à venda de indulgência, ação realizada pela igreja que tinha como
justificativa o perdão dos pecados. Atitude em que menosprezava a obra vicária
de Jesus na cruz, assim como também outorgava à igreja poder que apenas pertence
ao Senhor Jesus, salvar os perdidos e libertar os cativos.
O presente estudo tem
como objetivo compreender biblicamente e sociologicamente a importância da
reforma para cada cristão em particular. De certa forma analisar o decorrer
histórico das igrejas da Ásia, assim como averiguar os pilares da Reforma, e
compreender o chamado privativo de Deus para com os teus.
Panorama
das Igrejas da Ásia
Para muitos
estudiosos as setes Igrejas da Ásia podem ser definidas historicamente em
períodos diferentes. Éfeso corresponde com a Igreja apostólica (30 a 100 d.C),
Esmirna com a Igreja perseguida (100 a 313 d.C), Pérgamo com a Igreja mundana,
estatal (313 a 590 d.C), Tiatira com a Igreja papal (590 a 1517 d.C), Sardes
com a Igreja da Reforma, morta (1517 a 1730 d.C), Filadélfia com a Igreja
missionária (1730 até o arrebatamento), e Laodicéia com a Igreja morna (1730
até a segunda fase da Segunda Vinda de Jesus).
Portanto, não pode
esquecer-se da interpretação literária concernente às setes Igrejas no que
corresponde ao período em que João recebeu a revelação apocalíptica. De fato,
não se pode esquecer também da aplicabilidade de cada Igreja no decorrer
histórico do cristianismo. Isto é, no período hodierno há características de
cada Igreja da Ásia presente no cristianismo.
Os
pilares e os princípios da Reforma
A verdadeira religião
estar baseada nas Escrituras Sagradas – Religião Bíblica, nada substitui a
autoridade da Bíblia. No período a leitura bíblica era proibida pela igreja,
porém Deus por meio dos reformadores outorgou ao povo o direito da leitura da
Bíblia, sendo que os reformadores afirmavam categoricamente que a Bíblia
continha as regras de fé e prática.
A religião deve ser
racional e inteligente – Religião Racional. Logo, toda superstição era
rejeitada, sendo que a Bíblia é fonte de entendimento e o conhecimento da
verdade proporciona libertação.
A religião é pessoal,
cada um pode se aproximar do Senhor – Religião Pessoal. Não há necessidade de
intermediário para adorar ao Senhor, o Senhor Jesus eliminou a separação que
existia entre o homem e Deus, pois o véu do templo se rasgou de alto a baixo,
permitindo a aproximação do indivíduo para com o Salvador.
A religião não pode e
nem dever ser formalista, mas deverá ser espiritual – Religião Espiritual.
A religião nacional
corresponde à ênfase outorgada pela igreja aos elementos culturais – Religião
Nacional. O valor outorgado a linguagem local para o culto em adoração a Deus.
É válido definir e
compreender os cinco princípios que se notabilizaram com a reforma protestante:
soli Deo Gloria (glória somente a Deus), sola fide (somente a fé), sola Gratia
(somente a graça), sola Chistus (somente Cristo), e sola scriptura (somente as
Escrituras).
Compreendendo
o chamado
Aos escolhidos Deus
outorgou missões nobres para serem executadas. Noé teve como missão executar a
tarefa de construir uma arca e apregoar a mensagem de arrependimento (Gn 6.
13-22). Jonas teve como missão executar a tarefa de pregar a mensagem de
arrependimento em Nínive (Jn 1.2). Moisés teve como missão guiar, proteger,
amar, em suma, liderar um povo numeroso no deserto (Êx 3.8). Davi teve como
missão firmar o reino israelita (1 Sm 16. 12,13). Elias teve como missão dentre
tantas, ungir a Eliseu como sucessor (1 Re 19.16). Os doze discípulos tiveram
como missão pregar o evangelho primeiro às ovelhas perdidas da casa de Israel,
a curar os enfermos, a limpar os leprosos, a ressuscitar os mortos e a expulsar
os demônios (Mt 10. 6-8).
Os benefícios por
servir a Cristo são para a vida presente e para a vida futura nos céus de
glória (Mt 19. 29).
Um dos propósitos do
chamado é poder exercer uma missão nobre que glorifique ao Senhor Jesus. E
dentre outras pode citar que o chamado de Deus tem como propósitos:
O aperfeiçoamento dos
santos (Ef 4.12).
E a edificação do
corpo de Cristo (Ef 4.12).
E por fim, os que são
chamados Deus outorga poder espiritual. Este poder não é para que o cristão
venha a ser superior aos outros e a se vangloriar, mas o poder é outorgado para
que vidas venham a ser abençoadas e libertas em Cristo Jesus (Mc 16.16-18).
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