Salvação -
o amor e a misericórdia de Deus
O objetivo geral da
presente lição é mostrar que a salvação é resultado do amor
misericordioso de Deus; e como objetivos específicos: apresentar o maravilhoso amor de Deus; explicar a
misericórdia de Deus no plano da salvação; e, analisar o amor, a bondade e a
compaixão na vida do salvo.
Deus por meio do amor
e da misericórdia tem outorgado perdão, proporcionando aos que crerem a
salvação. A presente lição tem como pontos centrais para contato: o amor de
Deus; Deus é misericordioso; e, o amor, bondade e compaixão na vida dos salvos.
O
maravilhoso amor de Deus
Primeiramente é
necessário saber que Deus é amor. Logo, percebe-se que Deus ama aqueles que o
reconhece, assim também como ama aqueles que o rejeita. A história de Oséias relata
o amor do marido à esposa situação que corresponde diretamente com a
demonstração de amor de Deus para com Israel. Amor incondicional. O único que
ama de maneira incondicional é Deus, explicação categoricamente definida na Sua
pessoa e no Seu nome, pois Deus é amor “Ele nunca deixará
de ser quem Ele é. Eis aí algo, que parece que Deus não pode fazer: Ele não
pode escolher não amar, pois isso fere sua essência” (POMERENING,
2017, p. 42,43).
Pomerening diferencia
a manifestação do amor de Deus da manifestação do amor dos homens, da seguinte
maneira:
O amor
de Deus manifesta-se terno e compassivo, muito acima do amor humano, que é
apenas responsivo (2017, p. 43).
O amor demonstrado
pelo ser humano é responsivo por indicar a condicionalidade. Porém, o amor de Deus tem como objetivo a
salvação dos pecadores mediante a propagação do Evangelho do Senhor Jesus, por
isso, o amor de Deus é terno e compassivo.
O evangelista João
escreve o versículo chave da Bíblia que relata a respeito do amor de Deus (Jo
3.16), texto que mostra o amor divino sendo terno e compassivo. Talvez não exista outro versículo na Bíblia que tenha sido
tão completamente explicado como este; quiçá não exista outro versículo que
possa ser tão pouco esclarecido. A maioria dos jovens pregadores faz sermões
tendo por base esse versículo; mas os pregadores de mais idade aprendem que o
seu sentido deve ser sentido e refletido, e não falado (ELLICOTT,
apud CHAMPLIN, 2002, p. 311).
Champlin assim
acrescenta a respeito do amor de Deus:
Deus,
sendo um ser inteligente, tem consciência da existência deste mundo e ama a
todos os homens que nele habitam. De alguma maneira, posto que indefinida,
exceto conforme entendemos as pessoas, Deus possui qualidades emocionais. O seu
amor é a mais alta forma de amor, a mais pura, ao ponto de ser chamado de amor,
conforme lemos no trecho de I João 4:8. Esse princípio de amor, que faz com que
Deus tenha o destino perfeito do homem, a sua felicidade e a sua utilidade perfeita
e cumprimento da existência, sempre perante os seus olhos, e que é a força
central motivadora de todas as suas ações para com os homens, também é
compartilhado pelo homem, para ser exercido em direção aos seus semelhantes (2002,
p. 311).
Deus
é misericordioso
A palavra misericórdia
do grego eleos permite compreender a compaixão de Deus para com aqueles que
sofrem por necessidades específicas, que se encontram em estado de angústia e
endividados sem soluções favoráveis de suas dívidas (POMERENING, 2017, p. 45). Percebe-se
que a misericórdia de Deus corresponde com o favor imerecido para com os
homens, pois estes seriam condenados, mas no prover do amor divino encarnado na
misericórdia permite que estes sejam justificados e santificados em Cristo.
A misericórdia divina
é demonstrada na ação de Deus em justificar os ninivitas e não em os condenar
como queria o profeta Jonas (Jn 4.2).
Jonas
tinha que entender que: quanto à pessoa de DEUS, Ele é um Pai bondoso,
misericordioso, paciente e grande em benignidade. Ele tanto castiga como
manifesta o seu grande amor, quando há verdadeiro arrependimento.
(...)
A lição
que Deus ensina para Jonas por meio desse ato é que se ele não fosse nada para
a sua existência, e declarava uma raiva por causa da sua perda, justificando
assim a sua ira, como é que Deus não poderia manifestar compaixão para com o
povo da cidade de Nínive?
Deus
tem paciência com os pecadores, é isso que aprendemos nesse acontecimento
envolvendo Jonas (GOMES, 2016, p.73).
Amor,
bondade e compaixão na vida do salvo
Há três dimensões
para compreender a ação do amor.
Dimensão vertical,
amor a Deus. O amor a Deus por parte do homem deve ser exclusivo (Mt 6.24),
alicerçado na gratidão (Lc 7.42), obediente (Jo 14.15) e comunicativo (BARCLAY,
2010, p. 74).
Dimensão horizontal,
amor ao próximo. O amor ao próximo é definitivamente fruto do Espírito.
Dimensão interior,
amor a si mesmo. O indivíduo só poderá amar a Deus se amar a si mesmo. Da mesma
forma o indivíduo só amará o próximo se a amar a si mesmo.
Porém, o amor é o
antídoto contra o pecado, pois quem ama não peca contra Deus e nem peca em
denegrir a imagem de Deus, isto é, o seu próximo. O amor conduz os cristãos à
obediência, pois quem ama a Deus obedece a Palavra de Deus. Sempre lembrando que
Deus é amor.
Referência:
BARCLAY, W. As
Obras da Carne e o Fruto do Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2010.
CHAMPLIN. R.N. O
Novo Testamento, interpretado versículo por versículo. Volume 2. São Paulo:
Hagnos, 2002.
GOMES, Osiel. As
obras da carne e o fruto do Espírito. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.
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